Coreia do Norte enviou familiares de desertores para lutar na guerra da Ucrânia

Kim Jong-Un entre os generais

 

Seleção não se limita a soldados treinados e inclui também indivíduos disciplinados por infrações durante o serviço militar

Alguns dos milhares de soldados que a Coreia do Norte enviou para lutar na guerra da Rússia contra a Ucrânia são familiares de desertores e indivíduos considerados “problemáticos” pelo regime norte-coreano. A seleção desses soldados ocorreu principalmente dentro da Storm Corps, uma unidade de forças especiais, em outubro do ano passado, segundo uma fonte em Pyongyang. As informações são da rede Radio Free Asia (RFA).

O processo de escolha incluiu não apenas militares treinados, mas também aqueles que haviam sido disciplinados por infrações durante o serviço militar e pessoas oriundas de “contextos sociais complexos”. Esse termo se refere principalmente a familiares de desertores que fugiram para países como a Coreia do Sul ou a China.

Na Coreia do Norte, parentes de desertores enfrentam punições severas impostas pelo Estado, como vigilância intensa, realocação forçada para áreas remotas, prisão em campos de trabalho ou até execução pública, especialmente se o desertor tiver relevância política ou compartilhado informações consideradas sensíveis. Além disso, essas famílias são frequentemente marginalizadas socialmente, perdendo acesso à educação e a oportunidades de emprego.

A estimativa dos governos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos é que Pyongyang tenha enviado até 12 mil soldados para atuar na região russa de Kursk, parte dela recuperada por uma contraofensiva ucraniana. O governo ucraniano afirma que cerca de quatro mil desses soldados foram mortos ou feridos em combate.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estima que um contingente adicional de 20 mil a 25 mil norte-coreanos possa ser enviado para a Rússia. Nem a Rússia nem a Coreia do Norte reconheceram oficialmente a presença dessas tropas no campo de batalha.

Segundo a fonte, os corpos dos soldados norte-coreanos mortos começaram a ser enviados de Moscou para Pyongyang por trem a partir do fim de novembro do ano passado. No entanto, os funerais têm sido realizados de maneira secreta e o governo orienta as famílias enlutadas a não divulgar as mortes ou expressar qualquer tipo de luto.

Os esforços de Pyongyang para suprimir as informações sobre o envio de tropas, porém, não têm funcionado internamente. “As notícias sobre o envio de tropas para a Rússia estão se espalhando rapidamente entre os residentes norte-coreanos, apesar dos esforços do governo para controlar a narrativa”, afirmou a fonte, que destacou a insatisfação crescente no país.
Militarismo Mundial (Facebook)

 

Respostas de 3

  1. Meus amigos, não sou a favor de ditadores ou de regimes ditatoriais, mas convenhamos, não há evidências de um só soldado norte coreano morto na Ucrânia, ou vivo capturado, para demonstrar tais “fatos”.

    Independente das simpatias, sou a favor da verdade. Quando aparecer soldados norte coreanos capturados (vivos ou mortos) em combate na Ucrânia, vou dar credibilidade.

    1. Já apareceu , é só para dr usar sputnik News como fonte de Notícias. Aliás, este mundo anda doido: este cara é amigo do Putin, que é coleguinha do trump, que é amigo do Bolsonaro.

      1. Não tem nada lá. Não há uma só foto ou vídeo para comprovar.

        Não dá, só acredito vendo, ou a assunção destas informação pelos órgãos oficiais.

        Chega de fakenews.

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