Congresso deve discutir reformas institucionais para evitar “fugas para frente”, diz decano do STF
Diógenes Freire Feitosa
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu a articulação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para determinar que militares somente poderão concorrer a cargos públicos eletivos se abandonarem a carreira militar.
“O governo deveria dialogar com o Congresso para definir isto. A participação de policiais militares na atividade política eleitoral se tornou um grave problema. Alguém quer… descobriu-se com popularidade para ser candidato? Deixe a farda e vá embora, como já ocorre com juízes e promotores. Muitas vezes, vão para as eleições e voltam para a Polícia já com um viés, muito provavelmente, desviado, enviesado”, afirmou o ministro em entrevista concedida à CNN Brasil, nesta quinta-feira (13).
“São questões que talvez nós devêssemos discutir e há tempo para discutir para chegarmos com um país um pouco diferente em 2026. Esse debate precisa ser organizado por todos os representantes”, completou.
De acordo com o ministro, se a norma já estivesse em vigor no país, os acontecimentos do dia 8 de janeiro não teriam ocorrido.
No mês passado, durante participação na cerimônia que rememorou os dois anos dos atos do 8 de janeiro, em Brasília, Gilmar Mendes defendeu a inelegibilidade de servidores públicos que deixam seus cargos para ingressar na política.
Entre os cargos citados pelo ministro estão militares, juízes, promotores, delegados e policiais. Na visão do ministro, a atuação desses servidores não deve ser instrumentalizada para fins políticos.
Em novembro do ano passado, Gilmar Mendes disse que considera “extremamente grave” a participação de militares de alta patente das Forças Armadas na suposta tentativa de golpe de Estado que foi alvo de uma operação da Polícia Federal pela manhã.
Também no ano passado, em entrevista à CNN Brasil, o ministro criticou a indicação de militares da ativa para ocuparem cargos no governo e defendeu que o Congresso deve discutir “reformas institucionais” para se evitar o que ele chamou de “fugas para frente”.
GAZETA DO POVO – Edição: Montedo.com
Respostas de 11
Na minha opinião isso É muito fácil de resolver, crie uma data base como qualquer categoria da iniciativa privada tem com a garantia de pelo menos a reposição da inflação para essas categorias que o Sr Gilmar Mendes definiu como perigosas para a democracia do Brasil, caso retorne a sua função anterior com “viés enviesado”, e garanto que o interesse em ingressar na carreira política diminuirá bastante, hoje estamos nas mãos da boa vontade do governante de plantão. As polícias, e os servidores civis dos demais poderes ainda podem fazer greve, nós nem isso.
Se ministro do STF quer legislar, deixe a toga e vire político.
Boa!!!
o cara faz política o tempo todo e quer dar lição de moral. Esse não pode falar nada que é um juiz que vive falando fora dos autos.
Se juiz quer dar opnião fora dos autos, deixe a toga!
“A FARDA NÃO ABAFA O CIDADÃO NO PEITO DO SOLDADO” – MARECHAL OSÓRIO
Se colocarem os PM no bojo tá tudo certo, mas nem citam as forças de segurança, pois ali o buraco é mais embaixo.
Perfeito, caso os militares federais quiserem ser candidato que ” deixem a farda”, já os militares estaduais, apenas de forem ELEITOS, inclusive continuaram de farda e sendo MILITARES,pois uma vez militar sempre militar…até porque nas notícias as mídias citam…ex PM…ou quem foi PM …em notícias na negativas, então porque não usar o mesmo termo para os fatos positivos…tem o deputado sgt Rodrigues da PM de Minas Gerais, faHur do Paraná, entre tantos outros…
Todo mundo tira sarro com a cara de milicos frouxos.
Devia ser assim: se juiz quer ser ministro do STF, faça concurso.
Bem como ministro do sTF que queira legislar, abandone a toga e se candidate. Simples assim.