“Prec” vira batalhão e brigada paraquedista do Exército ganha nova estrutura

Precursores paraquedistas painel

 

Os Precursores do Exército são elevados a Batalhão
Foi publicada no Boletim do Exército (BE) do dia 31 de janeiro, a portaria 2.419, de 29 de janeiro de 2025, que transforma a Companhia de Precursores Pára-quedista (Cia Prec Pqdt), a “Companhia Tenente Celso Nathan Guaraná de Barros”, em Batalhão de Precursores (B Prec Pqdt).

Os “PREC”, como são conhecidos na Força Terrestre, são uma tropa de elite cujo principal objetivo é se infiltrar em território inimigo, por qualquer meio (terrestre, aéreo ou aquático), para reconhecer, preparar e defender uma zona de lançamento para um assalto aeroterrestre e o estabelecimento de uma cabeça-de-ponte aérea.

A história dos “PREC” no Exército remonta a 1948, quando o então 1º tenente (Eng) Celso Nathan Guaraná de Barros foi enviado para Fort Benning, nos Estados Unidos da América, para realizar o Curso de “Pathfinder” do US Army, tornando-se o Precursor “Zero-Um” do EB e o principal elemento para a criação de um núcleo e doutrina paraquedista na Força Terrestre.

Já em 1951 foi criado o Pelotão de Precursores (Pel Prec) subordinado à Companhia de Comando da Escola de Pára-quedistas, evoluindo suas capacidades operacionais, como o salto noturno, e também sendo muito empregados em missões de salvamento e resgate nos locais mais remotos do país.

Em 1957, já com bastante experiência em missões e com uma doutrina já consolidada (e elogiada), seus militares formaram o principal núcleo de instrutores do primeiro curso de operações especiais do Exército, onde repassou toda sua experiência aos alunos e criando as bases para a sua doutrina, quando receberam o apelido de “Berço das Forças Especiais no Brasil”.

Em 01 de janeiro de 1969, teve sua designação alterada para Destacamento Precursor Pára-quedista (Dst Prec Pqdt) e, 01 de janeiro de 1988, foi transformado em Companhia.

Doutrinariamente, estas são as missões da unidade:

  • Reconhecer e operar zonas de lançamento (ZL) e zonas de pouso para helicópteros (ZPH), nas operações de assalto aeroterrestre da Brigada;
  • Reconhecer e operar ZPH em proveito de qualquer tropa helitransportada;
  • Prestar auxílio à navegação aérea durante as operações;
  • Lançar, desembarcar, reorganizar e controlar a trota e o material no desembocar a operação;
  • Após a conquista da conquista da cabeça-de-ponte aérea, conduzir patrulhas de reconhecimento e de combate;
  • Realizar levantamentos meteorológicos; e
  • Atuar com guia aéreo avançado, conduzindo o tiro ou bombardeio de aeronaves.

NOVA ESTRUTURA DA BRIGADA

Por conta da elevação dos “PREC” a batalhão, a estrutura da Brigada de Infantaria Pára-quedista (Bda Inf Pqd), com sede na cidade do Rio de Janeiro (RJ), foi reorganizada para a seguinte constituição:

  • Comando da Brigada de Infantaria Pára-quedista (Cmdo Bda Inf Pqdt);
  • Companhia de Comando da Brigada de Infantaria Pára-quedista (Cia Cmdo Bda Inf Pqdt);
  • 25º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (25º BI Pqdt);
  • 26º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (26º BI Pqdt);
  • 27º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (27º BI Pqdt);
  • Batalhão de Precursores Pára-quedista (B Prec Pqdt);
  • 8º Grupo de Artilharia de Campanha Pára-quedista (8º GAC Pqdt);
  • 20º Batalhão Logístico Pára-quedista (20º B Log Pqdt);
  • Batalhão de Dobragem e Manutenção de Pára-quedas e Suprimento pelo Ar (B DOMPSA);
  • Centro de Instrução Pára-quedista General Penha Brasil (CI Pqdt GPB);
  • 1º Esquadrão de Cavalaria Pára-quedista (1º Esqd Cav Pqdt);
  • 21ª Bateria de Artilharia Antiaérea Pára-quedista (21ª Bia AAAe Pqdt);
  • 1ª Companhia de Engenharia de Combate Pára-quedista (1ª Cia E Cmb Pqdt);
  • 20ª Companhia de Comunicações Pára-quedista (20ª Cia Com Pqdt);
  • 36º Pelotão de Polícia do Exército Pára-quedista (36 º Pel PE Pqdt);
  • Destacamento de Saúde Pára-quedista (Dst Sau Pqdt); e
  • Base Administrativa da Brigada de Infantaria Pára-quedista (Ba Adm Bda Inf Pqdt).

A reorganização foi determinada pela pela Portaria 2.420, de 29 Jan 25, também publicada no boletim de 31/1 e já em vigor.

Tecnologia&Defesa – Edição: Montedo.com

25 respostas

  1. Não dá mais pra ler o Blog do montedo de tanto comercial pulando na tela , eu saio do blog e vou pra outras fontes, o sociedademilitar.com.br tá a mesma coisa , só anuncio … e olha que leio o montedo desde 2010 mas ultimamente tá horrível com esse monte de anúncios impedindo a leitura

  2. Mais um batalhão, mais passagens de comando, mais um jantar das esposas do CMTs, mais formaturas e faxinas rolhas, mais serviços, mais escala de missão, mais reuniões, mais CTTEP (que não agregam em nada), mais um monte de coisa desnecessárias. Criar batalhões para ocupar Oficial sem função e dizer que já foi CMT.

    O que realmente é necessário fica de lado.

    1. Vc está Equivocado amigo. Não é “mais um” é uma Unidade de elite.

      Visite os QGs, até algumas unidades, vai ver gente se batendo sem ter o que fazer, a burocracia escancarada, normalmente para o Militar ter o que fazer, PTTC sem função, principalmente Coronéis, desleixo e postura desmilitarizada, entre outros.

      Vc não tem noção ( usando a palavra noção no seu significado literal) do que é uma unidade Prec, o valor operacional que ela acrescenta à Tropa pronta.

      Não fale o que não sabe…

  3. Passei 12 anos, servindo na Cia prec Pqdt, como auxilar de Prec, na época era cabo. tenho muito orgulho de ter servido esse periodo de 12 anos , na Cia prec, agora transformada em Batalhão Percursores, Foi ai que tive o previlégio de realizar varios saltos
    e missoês , Brasil afora ,tenho certeza, que o Batalhão Precursores prestará excelente serviço a Brigada pára-,Quedista. Sgt QE Gomes, Aux de Prec e Pqdt19.647. hoje me encontro reformado com 77 anos, com muita saúde e gratidão à Deus.pela missão comprida,. Precede Guia e Lidera

  4. Queria deixar Registrado aqui, meu curso de Aux de Prec/75, lembro do Sgt Raimundo, grande instrutor,e varios instrutores da época do meu curso, de ter realizado salto salto , como Cap Miné, hoje Cmt do Exército, fui promovido a Sgt QE em Dez de 90, em 1992 fui transferido para 0 20 B, Log Pqdt, fechando meu tempo em 96, á Deus minha Gratidão , pela minha saúde,e missão cumprida. e ainda fazendo ainda corridinhas pela manhã.

  5. Concurso da pf tá abrindo. Quem ficar nos primeiros 2.500 vao entrar pra agente.

    Salário depois de 10 anos igual de general. Inicial igual de capitao ( fora as diárias de 400 reais ).

    A hora é essa.

  6. Como tem idiota, despeitado criticando os Prec, mas só pelo prazer de criticar; sem nenhum fundamento.
    E ainda vai responder e, óbvio, vou ignorar.

  7. O Exército Brasileiro na contramão da modernidade

    Na última semana o Comandante do Exército, General Tomás Miguel Miné Ribeiro de Paiva, ordenou que a Companhia de Precursores Paraquedistas fosse transformada em Batalhão Precursor.

    Em sua ordem, Miné de Paiva afirma que a transformação “é decorrente do aumento das demandas operacionais da Bda Inf Pqdt, do Comando Militar do Leste (CML) e de outros Comandos Militares de Área (C Mil A) por uma tropa que tenha as capacidades próprias do especialista precursor, atuando em situações de guerra e não-guerra, dentro e fora do Território Nacional, em todo o espectro dos conflitos e nas operações de convergência.”

    Mas vejamos, quais são essas capacidades próprias do especialista precursor?

    No ano de 2018 o Exército publicou o “MANUAL TÉCNICO DO PRECURSOR PARAQUEDISTA”. Em seu item 1.6 aparece um portfólio de 22 capacidades. Ao procurar em outros manuais do Exército Brasileiro, dessas 22 capacidades outras 16 se repetem em manuais de diferentes naturezas, restando como “capacidades próprias do especialista precursor” apenas 6 capacidades, todas elas exclusivas da atividade paraquedista.

    Segundo a coluna apurou com militares, existe um anseio grande por parte dos precursores em serem considerados integrantes das Operações Especiais do Exército Brasileiro. As capacidades das Operações Especiais, de acordo com a grade de manuais do Exército, não aparecem em outros documentos do Exército, sendo estas sim próprias dos integrantes das Operações Especiais.

    Alguns militares mais antigos, da reserva e da ativa, costumam dizer que há uma rixa entre as Forças Especiais, conhecidas como Kids Pretos e recentemente envolvidas na suposta tentativa de golpe de estado, e os precursores paraquedistas. Isso decorre do fato da evolução das Forças Especiais do Exército Brasileiro, que em 50 anos cresceram vertiginosamente aumentando o número de quartéis e integrantes e com generais em diversas funções do exército, enquanto os precursores paraquedistas continuaram sendo apenas uma companhia da tradicional brigada paraquedista.

    Com o advento de novas tecnologias nas aeronaves, a atividade de precursor paraquedista começou a ser extinta em diversos países pelo mundo. Nos Estados Unidos, a última unidade foi extinta em 2017 e os cursos fecharam as portas em 2020. Não há mais necessidade dessa especialidade no campo de batalha moderno de acordo com a forma como foi concebida. O mesmo ocorreu no Reino Unido.

    Entretanto, de maneira surpreendente, o Exército Brasileiro, na contramão da evolução da arte da guerra amplia seus quartéis de precursores. Após criarem uma Companhia no Estado de São Paulo, agora transformaram a companhia de precursores paraquedistas da Brigada de Infantaria Paraquedistas, sediada no Rio de Janeiro, em Batalhão de Precursores.

    Não por acaso, a última comissão do atual Comandante do Exército, o General Tomás Miné, foi comandar o Exército de São Paulo. Igualmente, a criação do novo Batalhão ocorre em meio à reestruturação das Operações Especiais, fruto de uma diretriz emitida, coincidentemente, após a pressão de órgãos da mídia e partidos políticos para extinção das Forças Especiais. O General Tomás Miné tentou entrar nas Operações Especiais quando era mais jovem. Após a frustrada tentativa seguiu para o plano b que foi ser Precursor. O mesmo ocorreu com seu filho e com seu genro.

    Além desses fatos, a criação do novo quartel vai de encontro ao plano de racionalização do Exército que prevê a extinção de 10% do efetivo. Ao invés de reduzir quartéis, o Comando do Exército em desacordo com as tratativas políticas, aumenta seus soldados, sobrecarregando ainda mais a carga tributária e previdenciária que a sociedade tem que bancar os militares.

  8. Interesante essa nossa L R M . fico aqui pensando,em Agosto de 69, fui promovido a Cabo, e recebia, 525,00 Cruzeiro de vencimentos, mais que 5 salario minimo, hoje como 2 Sgt reformado e Pqdt,não recebo nem 5 salarios minimo liquidos, algo mudou, porque mudou? onde esta nosso chefes Militares, que deixaram acontecer isso. como o Militares de carreira, como vão ter estimulo, assim nas nas Fôrças Armadas, hoje, com esses vencimentos defasados,. Qualquer soldado policial Estadual, recebe mais que um 3 Sgt, quando termino o curso de Sgt na eSA, não adianta criar batalhão, colocar mulheres para servir, se nada muda em termos de vencimentos, cadê os autos Estudos, que não veja isso. triste não

  9. O EB e as FAs não priorizam os seus militares.
    Parece que criação de OM e compra de material é muito mais importante.
    Acredito que eles não tem interesse nenhum em melhorar a vida dos soldados.
    Em 1990 um 3sg recebia em torno de 14 salarios minimos, cabo 7,5 e soldado/ marinheiro em torno de 3,5.
    Hoje, esqueceram que militar paga conta e que a inflaçao levou tudo.

  10. E o salário dos caras como ficam? Por acaso chegar no shopping e bradar precede guia e lidera vai pagar a conta? Acorda EB, somos o pior salário do executivo!!!! Partiu papirar

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