Estudantes de Colégio Militar são premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática

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Cinco jovens receberam medalha de ouro na edição da OBMEP

 

Bernardo Marchiori*
Juiz de Fora (MG) – Cinco estudantes foram premiados com a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (Obmep) de 2024. Benjamim Alves Lerbach, Davi Reis Rego, Eduardo Aguiar Oliveira, Enzo de Araujo Pinto e Humberto Henrique de Amorim – todos do Colégio Militar de Juiz de Fora – alcançaram o primeiro lugar em seus respectivos níveis.

No nível 1, Eduardo Aguiar Oliveira, de 13 anos, cursou o 7º ano do ensino fundamental em 2024. Ele conta que é apaixonado por Matemática desde novo. “Esse interesse me levou a me dedicar bastante, principalmente na preparação para a Obmep. Estudei resolvendo exercícios do banco de questões da competição e revisando provas de anos anteriores.”

Quando viu o resultado, Eduardo relata ter ficado muito feliz, já que o esforço valeu a pena. Em 2022, o estudante já havia conquistado a medalha de ouro nacional na 17ª Obmep. Agora, seu grande sonho é fazer a graduação no programa “IMPA Tech”, no Rio de Janeiro: “um curso incrível de Matemática e tecnologia”.

 

Também no primeiro nível, Davi Reis Rego, 13 anos, do 7º ano em 2024, ainda não decidiu o que irá fazer no futuro. Mesmo assim, sempre se interessou por números e contas. Sua preparação para a prova que lhe rendeu medalha de ouro iniciou no ano anterior, quando fez, pela primeira vez, a segunda fase da Obmep.

“Comecei a planejar meus estudos pesquisando sobre a prova e como estudar. Pratiquei minha escrita e meu raciocínio lógico fazendo quase todas as edições anteriores. Naquele ano, ganhei a medalha de prata, então pude fazer o Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), que me ajudou demais. Fiquei muito feliz por ter alcançado o objetivo e ter meu nome no ranking da Olimpíada.”

Já no nível 2, Enzo de Araújo Pinto, de 15 anos, cursou o 9⁰ ano em 2024. Além da conquista deste ano, o jovem acumula medalhas em diversas competições: Olimpíada de Português (OP), Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e ONC (Olimpíada Nacional de Ciências).

Além disso, conta que na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acertou 43 questões das 45 de Matemática. “Treino desde pequeno, estudo todos os dias e faço vários concursos só para treinar. A minha intenção é fazer o Curso de Astronomia no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).”

Benjamim Alves Lerbach, 15 anos, cursou o 8⁰ ano em 2024 e conta que, desde pequeno, nos colégios em que estudou, sempre tirou notas boas em Matemática. “Desde a minha primeira Obmep, faço provas anteriores e também de outros concursos dentro do meu nível, para treinar. Fazer o Programa de Iniciação Científica Jr. ajuda bastante no desenvolvimento”, afirma.

Segundo ele, a prova estava um pouco mais difícil que o habitual, mas dentro do nível ao qual se preparou. “Estou feliz porque, na minha primeira tentativa, conquistei medalha de bronze, na segunda, a prata e, agora, finalmente, o ouro. Além disso, me classifiquei entre os cinco melhores das escolas públicas. Quero seguir na área de Matemática Computacional ou Robótica.”

O quinto premiado, no nível 3, foi Humberto Henrique de Amorim, de 17 anos, que se formou no ensino médio em 2024. Diferente dos colegas, relata que nem sempre gostou de Matemática. “No fundamental 1, lembro que gostava muito de História. Porém, no 7º ano, tive a oportunidade de fazer o Programa de Iniciação Científica Jr. Desde então, comecei a gostar e me interesso bastante em entender as demonstrações e os porquês de cada situação. Acho que ajuda bastante no aprendizado.”

Agora, no momento de dar prosseguimento à vida acadêmica, Humberto sonha em cursar Ciência da Computação e morar fora do país. “Acho o máximo ter conquistado a medalha de ouro. Na última vez que fiz, ganhei menção honrosa. Lembro de ter ficado bastante triste com o meu resultado. Felizmente, com o desse ano, tenho a oportunidade de me inscrever no IMPA Tech e participar da cerimônia nacional”, comemora.

‘Me sinto orgulhosa’
A coordenadora regional do PIC em Juiz de Fora e professora do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Beatriz Motta, explica que o programa atende os alunos medalhistas do ano anterior. Ele é dividido em encontros – conduzidos por alunos de graduação em Matemática -, cada um com uma programação de exercícios temáticos em alguma área de matemática (lógica, contagem, probabilidade, geometria, funções e outras).

“O objetivo é que eles desenvolvam não só o conhecimento matemático, mas também a autonomia e a escrita matemática. Em Juiz de Fora, os encontros acontecem na UFJF. Assim, funciona também como uma oportunidade de os alunos, ainda nos ensinos fundamental e médio, experimentarem o ambiente e conhecerem mais sobre a universidade.”

Beatriz coordena o PIC regionalmente há mais de dez anos. Ela destaca que todo ano é uma felicidade grande ver o crescimento dos alunos durante os ciclos do programa. “É uma felicidade maior ainda ver alunos voltando no ano seguinte após conquistarem mais uma medalha. Me sinto orgulhosa de ver que a formação oferecida complementa tanto o conhecimento deles em Matemática. Sem falar na importância da bolsa que os alunos das escolas publicas recebem ao participarem do programa. É um apoio para eles e fruto do esforço deles”, ressalta.

Níveis da Obmep
A Olimpíada Brasileira de Matemática é dividida em três níveis. O primeiro é destinado a alunos do 6º e 7º anos do ensino fundamental; já o segundo, aos do 8º e 9º anos, também do fundamental; por fim, o terceiro contempla os estudantes do ensino médio.
*sob supervisão da editora Fabíola Costa

TRIBUNADEMINAS – Edição: Montedo.com

4 respostas

  1. Do outro artigo:
    “Petista que passar controle dos colégios militares para o ministério da Educação
    Após ser derrotada pela terceira vez na disputa pela prefeitura de Porto Alegre, a histriônica deputada Maria do Rosário (PT/RS) retoma sua incansável busca por holofotes.
    A transferência da gestão das instituições de ensino militar das Forças Armadas para o Ministério da Educação (MEC), busca alinhar essas escolas às diretrizes educacionais democráticas estabelecidas pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Tal medida responde às preocupações sobre a compatibilidade das práticas militarizadas com os princípios republicanos, os direitos humanos e os valores democráticos.”

    TUDO BALELA:

    PURA INVEJA DADA TAL INCOMPETÊNCIA
    Essa mesma pessoa, não sei qual o grau de ensino que possui, mas grau cultural ZERO.
    E se acha top para dar pitaco daquilo que não conhece “compatibilidade das práticas militarizadas com os princípios republicanos, os direitos humanos e os valores democráticos.”
    só isso demonstra falta de conhecimento e ideologia estóica e ditatorial.

    1. Complementando:
      Será que sob a tutela do mec esses mesmos alunos teriam atingido tal desempenho?
      O mec teria algum comparativo de greves, desempenho, aproveitamento e assiduidade.

      1. Sabe quanto custa um colegio militar e quanto custa um público, ne?

        Sabe que os filhos de civis ali são admitidos por concurso, só a nata, enquanto os públicos pegam aqueles alunos que não querem nada com nada?

        1. Colégio público; quando estudei, e sempre estudei em colégio público na época em que se estudava matemática, Física, PORTUGUÊS, história, Geografia, frances, ingles, OSPB, EMeC, filosofia e Educação física (desenvolvimento físico e desportivo).
          Depois comçaram os professores despreparados, meta de índice mínimo de reprovação, Ideologização, UNE politizada com força de sindicato, consequência foram aprovados os analfabetos funcionais, como aquele que soma 3+7=11.
          Os colégios Militares, que mantem uma grade única em todo País, exatamente para que quando o militar que não escolhe quado é movimentado seus dependentes tenham vaga assegurada sem prejuízo do ano letivo.

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