O ex-namorado da vítima é acusado da morte da oficial por asfixia
Rio – A 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro promove, as 15h20 desta segunda-feira a audiência de instrução e julgamento do caso de feminicídio da capitão médica do Exército Rosângela da Silva Santos do Nascimento, morta em março de 2023.
A sessão será presidida pela Juíza Lucia Mothé Glioche. No banco dos réus estará Elton Hilton Herculano de Lima, ex-namorado da vítima, acusado de tê-la assassinado por esganadura.
O crime
Na noite de 9 de março de 2023, Rosângela foi encontrada morta em seu apartamento no Cachambi, zona norte do Rio.
Inicialmente tratado como suicídio, após as primeiras investigações o caso passou a ser tratado como feminicídio. Após a análise das imagens de câmeras de segurança e a perícia no corpo da médica, a polícia concluiu que ela foi morta por intoxicação e asfixia.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), o corpo de Rosângela apresentava marcas roxas no pescoço e no tórax, compatíveis com sinais de esganadura.
Além disso, foram encontrados indícios de intoxicação no organismo da vítima: o exame toxicológico apontou o uso de duas substâncias — benzodiazepínico e opióide — que, associadas, levaram a depressão respiratória.
Câmeras registraram movimentação
Imagens de câmeras se segurança do prédio onde ele estavam registraram a dinâmica do crime.
Nas imagens, Rosângela chega ao apartamento que ela morava, às 16 horas, do dia 9 de março. Ela aparece indo para o elevador e segue para onde morava. Depois, por volta das 22 horas, Elton surge com uma sacola, com um lanche em mãos.
Segundo a investigação, Elton teria colocado doses altas de tranquilizante na comida. Ele teria entregue o lanche para a médica, e depois de dopa-la, segundo a Polícia Civil, estrangulou a vítima.
Naquele mesmo dia, minutos depois, as imagens mostram movimentação de socorristas. Eles chegaram a conversar com o suspeito. Em seguida, PMs aparecem e acompanham os socorristas.
Apartamento revirado
Aos policiais, os socorristas contaram que encontraram o corpo de Rosângela no apartamento, estirado, coberto por um lençol. Depois a câmera mostra o corpo dela sendo retirado do apartamento e sendo colocado no elevador. Em seguida, levado para o Instituto Médico Legal (IML) do Rio.Mas antes de corpo ter sido retirado, o irmão de Rosângela esteve no apartamento. Ele contou que o local estava todo revirado.
A conclusão da polícia foi de que Elton matou Rosângela para ter acesso a bens dela.
Após a morte da médica do Exército, a família da vítima descobriu que o suspeito foi até um cartório, acompanhado de duas testemunhas, e deu entrada em uma união estável unilateral pós morte. Em seguida, o homem foi até o Exército e deu entrada no pedido de pensão por morte.
Prisão
Em setembro deste ano, Elton foi denunciado pelo Ministério Público do Rio e teve a prisão decretada pela Justiça. Ele foi preso no dia 13 do mesmo mês e permanece no sistema prisional desde então.
Defesa mantém versão de suicídio
A defesa do Elton afirma que não há provas do crime de feminicídio. Segundo os advogados, o que aconteceu foi realmente suicídio, uma vez que Rosângela fazia uso abusivo de medicamentos.
Uma resposta
Eu fico encantado com a policia, quando matam um deles eles revidam. Sabemos que esse individuo nao ficará preso.
Talvez façam uma formatura ou deem o nome de uma sala de cap rosangela.
Sao individuos infantilizados e medrosos. Falam de guerra mas tem medo de arma. É tudo uma mentira.