Apresentação inicia questionando a ideia de que “Forças Armadas não se envolvem em política” e que “lugar de militar é no quartel”
Alexandre Borges
Durante a Operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal apreendeu, na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília, uma apresentação de slides atribuída ao general Walter Braga Netto.
O material, encontrado em um computador na sala dos assessores do general, aborda a “evolução do relacionamento civil-militar no Brasil” e defende o “poder de pressão política” das Forças Armadas para “participar ativamente das decisões nacionais” e “ampliar o poder de influência na Esplanada”.
Intitulada “Palestra nos Clubes Militares – 29 JUN V2.pptx”, a apresentação de 67 páginas inicia-se questionando a ideia de que “Forças Armadas não se envolvem em política” e que “lugar de militar é no quartel”. Um dos slides afirma: “Seguindo o pensamento liberal, os militares foram afastados do centro de poder e das decisões de Estado. Com isso, perdemos paulatinamente a capacidade de influenciar!!”.
O documento também critica o Poder Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF), mencionando a soltura de Luiz Inácio Lula da Silva em 2019 e a “articulação contra o voto impresso e auditável” como exemplos de um suposto “ativismo” judicial.
Os metadados do arquivo indicam que ele foi criado pelo assessor Carlos Antonio Lopes de Araujo e que a última modificação foi realizada pelo coronel da reserva Marcelo Lopes de Azevedo. A descoberta desse material ocorre em meio a investigações sobre a participação de militares em articulações políticas recentes.
Relatórios da Polícia Federal indicam que Braga Netto teria pressionado comandantes do Exército e da Aeronáutica para aderirem a planos de golpe de Estado após as eleições.
A apreensão desses slides lança luz sobre as estratégias de setores militares para ampliar sua influência política, suscitando debates sobre o papel das Forças Armadas no cenário político brasileiro.
O Antagonista – Edição: Montedo.com
8 respostas
Imagina vc que paga um valor altíssimo de condomínio para ter Segurança, com porteiros e seguranças armados, chegar em casa e descobrir que os Porteiros é seguranças, pago por vc, decidiram Que, a partir daquela Data, eles iriam ditar as regras do condomínio e decidir como tudo seria Administrado, inclusive o valor do condomínio, e se eles quisessem poderiam entrar a qualquer momento no nosso apto para verificar se estava tudo conforme eles gostam. Entendeu ou precisa desenhar, para os Milicus analfabetus.
Gosto dessa analogia e a uso para mostrar aos civis como e porque ocorre os gastos com os militares.
O serviço de segurança de condomínio residencial se correlaciona com o serviço segurança prestado pelas FFAA a nação, assim como o pagamento do condomínio se relaciona com a despesa da nação com os seguranças (militares).
Essa analogia permite um fácil entendimento porque demonstra que os gastos com as FFAA são despesas de segurança e nada tem a ver com previdência, como ocorre com os civis.
Somos despesas, sim, como as de condomínio residencial. Não temos de contribuir com parte da nossa remuneração (pelo serviço prestado), pois continuamos potencialmente preparados para assumir o serviço, ao contrário dos civis. A estrutura funcional é voltada para a guerra.
Vejo assim, se o condomínio residencial não quiser ter segurança, não contrata esse serviço. O mesmo se pode dizer do Brasil, se os brasileiros não quiserem a segurança das FFAA, acabem como elas. Porém, enquanto existirem, a estrutura de funcionamento é assim. Militares entrando na reserva e civis, após contribuir com parte do seu salário, para sua aposentadoria.
Boa, gostei dessa. Será que os generais conseguem explicar assim, para o poder civil, o que é um Exército?
Ohhhh! Que terrível! A PF, interventora politica cumprindo ordens monocráticas pela omissão do Congresso Nacional, descobriu material que discute o artigo 142, até onde nos omitimos, até onde podemos ir… voltar às origens tribais e começar de novo… é isso! Precisamos ver como é começar de novo?
Olha o nível intelectual do milicus analfabetus.
“Querendo ampliar o Poder”. Poder e mais grana, insaciável! O inelegível jogou a batata quente para seus correligionários! Algo totalmente previsível. Ele foi um mau militar, os senhores esqueceram desse detalhe.
Braga Netto PATRIOTA
ACE: MELANCIAS
Como ampliar o poder se as FFAA sempre são e serão ” governo”? Agora c algum lider não age, bem aí… é outra história ou esta de agora…