Forças Armadas pressionam para que idade mínima seja adotada apenas para novos militares

militares de pijama

 

Fazenda resiste e quer que regra de 55 anos seja aplicada a todos os integrantes de Exército, Marinha e FAB a partir de 2032

 

As Forças Armadas ainda tentam negociar com a área econômica do governo para que a idade mínima de 55 anos para a passagem à reserva, incluída no pacote de medidas de ajustes fiscais, seja adotada apenas para militares que entrarem na carreira a partir de 2025.

Como compensação, querem que todos os integrantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB) atualmente na ativa contribuam para o corte de gastos pagando o “pedágio” de 9% a mais sobre o tempo de serviço, conforme a regra vigente na carreira.

O projeto com as novas regras para os militares ainda não foi enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso. O tema segue em discussão, mas o Ministério da Fazenda quer concluir o texto ainda nesta semana. Segundo a CNN apurou, a equipe econômica não demonstra disposição a recuar no acordado até aqui.

A última proposta elaborada pelo Ministério da Fazenda, segundo apurou a CNN, estabelece que, a partir de 2032, todos os militares passem a ir para a reserva — como é chamada a aposentadoria nas Forças Armadas — com 55 anos.

Com isso, terão sete anos, a partir de 2025, de regra de transição, pagando 9% sobre o período que falta para completar o tempo de serviço. Ou seja, terão um período extra antes de deixarem a ativa.

Nos bastidores, integrantes das Forças afirmam que modelo proposto de 55 anos para ir à reserva terá impacto direto no fluxo de carreira, impedindo promoções de praças e oficiais, e consequentemente envelhecendo postos de comando.

Além disso, consideram que o prazo de sete anos para a adoção da regra para quem já está na ativa é pequeno para reacomodar a carreira. E falam que estipular o ano de 2032 para exigir a idade mínima cria “injustiça” entre militares nos mais diversos postos.

Os militares citam ainda que a carreira já paga um ‘pedágio’ de 17% referente à reforma da previdência de 2019, quando o tempo de serviço para integrantes das Forças passarem para a reserva passou de 30 para 35 anos. Ao fazer uma nova mudança, os militares passarão a trabalhar mais 9% do tempo que já tem aplicado o “pedágio”, que começou a ser aplicado em 2020.

O que as Forças pretendem é que esse novo “pedágio” seja adotado por todos os militares que já estão na ativa, mas sem um marco temporal para passarem para a idade mínima. Com isso, os 55 anos só seriam exigidos para quem ingressar neste momento no Exército, na Marinha e na Força Aérea Brasileira.

Em uma reunião no Palácio do Alvorada no último sábado (30), os comandantes das Forças Armadas detalharam ao presidente Lula o impacto na carreira. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também participou da conversa.

Segundo a CNN apurou, na reunião, os comandantes do Exército, general Tomás Paiva; da Marinha, almirante Marcos Olsen; e da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Marcelo Damasceno, explicaram ao presidente Lula o impacto da adoção da idade mínima para carreira militar.

A avaliação entre integrantes das Forças é que é mais fácil sensibilizar a ala política do governo para flexibilizar o tempo de transição para adotar os 55 anos da idade mínima do que os técnicos da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
CNN BRASIL – Edição: Montedo.com

24 respostas

  1. Tem que começar a valer já.

    49/50 anos é muito cedo pra ir pra reserva e ficar trabalhando de uber.

    Os servidores civis não tiveram escolha na reforma da previdência. Aumentaram a idade, o tempo de contribuição, o pedágio e as alíquotas previdenciárias.

    1. Exato. A verdade é que muitos continuam além do tempo apenas para ganhar adicional de permanência e ainda aposentam e retornam como PTTC recebendo 30% a mais e trabalhando menos. O argumento não é que o cara está muito velho e não aguenta mais? Então como tem tanto PTTC? Hipocrisia.

          1. Isso! Vamos colocar os Cabos e Soldados no lugar dos QAO e QEMA são funções que não necessitam de formação ou qualquer nível de conhecimento especializado. Ficam gastando dinheiro com à toa e os conhecedores sabem que bastariam um Cb e um Sd para…

  2. Muitos militares realmente se acham seres superiores, né? Os civis nem 7 anos tiveram para se adaptar, ainda querem uma transição de 35 anos hahahaha. Só pode ser piada. Sou militar, mas não sou canalha. Nós temos muitos privilégios, sim. Não é só juiz, promotor e político que possuem privilégios. É que o ser humano tem dificuldade de enxergar as próprias falhas e adora apontar o dedo para os outros. O que esse pessoal não enxerga é que esses privilégios custam a imagem das FFAA e isso dificulta ainda mais qualquer melhoria salarial na carreira, porque sempre vão usar esses privilégios como pretexto. Olhe a situação das filhas pensionistas. Até hoje parasitam 60% dos gastos com pensões e servem de argumento contra qualquer reinvidicação de melhoria na carreira, mesmo isso já tendo acabado em 2001. Mas, fizeram uma regra de transição eterna, “só vale para quem entrar a partir de agora”. Não se enganem, não há vantagem na manutenção de alguns privilégios. Precisamos recuperar a credibilidade das FFAA, senão esqueçam aumentos de salário, porque não temos a força do judiciário ou do legislativo para negociar, só resta o respeito mesmo e isso estamos perdendo muito rápido.

  3. Dane-se os demais praças bando de reclamões.
    Eu já sou possuidor do CHQAO (73%) e já estou quase saindo 2º Ten QAO.
    Se lasquem pica-fumos!

  4. Triste ver os comentários dizendo que militares tem que se ferrar mesmo. Cheio de civis frustrados. Se era tão fácil assim ser militar e com tantos privilégios, porque assim não o fizeram? Hoje que a população brasileira é formada por idiotas úteis, que não estudaram e não gostam de trabalhar, com QI médio de 83, é fácil falar que militar é cheio de mordomias. Em vez de melhorar a educação e promover melhores condições a todos, vamos arrebentar aqueles que por esforço galgaram coisas que a sociedade atual chama de “mordomias”. Ratos! Não vão sossegar até que todos estejam rastejando em dejetos e dependendo de bolsa família! É isso que querem, ver todo mundo burro! Estudem!!! Empreendam!!! Melhorem de vida, busquem seus aperfeiçoamentos e deixem em paz os militares! O Brasil começou afundar quando sucesso e dedicação passaram ser ofensas! Civis e militares são distintos e ponto final. Não gostou, estude. Não consegue? Então cale a boca! Na Russia e Ucrânia civis estão apanhando na rua para serem forçados a servir com “mordomias”.

    1. Eu critiquei, mas sou militar. Sou oficial com altos estudos inclusive. Eu crítico por coerência moral. Porque eu tenho que ser coerente em relação aos meus princípios e justo com a sociedade. Somos privilegiados, sim. O que vocês não enxergam é que isso destrói nossa imagem em relação à sociedade. Depois não entendem porque não temos aumento salarial. Como barganhar um aumento salarial com tantos privilégios e com esse rombo previdenciário?

      1. Não precisamos de imagem, precisamos de dinheiro para atender as nossas necessidades básicas e de nossas familias, tenha empatia e pense que só você ganha (73%), os demais nem direito a isso tiveram, um dia você também estará na reserva e vão cassar sua integralidade e outras coisas que lhe colocarão próximo a miséria, depois de uma vida dedicada a pátria com sacrifício da própria vida se necessário, isto não tem preço, Se o pais não tem condições de manter as forças armadas, que acabe com elas e ponto final. Tenha empatia altos estudos e se coloque no lugar dos outros, alta inteligencia emocional!!!

      2. É só dar baixa, Nobre Oficial! Há muitos ofícios neste imenso Brasil que não ofenderão vossa ilustre consciência. Se é imoral, como diz, abdique-se e seja feliz!

  5. Se Lules é teu pastor, capim não te faltarás.
    Jumentis: 13.13
    Pare de escrever bobagem. O que escreveu não se aplica a 98% dos militares. Serve apenas para alguns oficiais QEMA. Se és militar deve ser um QE bem recalcado. Eu sou do Quadros Especial.

  6. Os governadores estão pressionando muito o governo federal para o fim da paridade e integralidade para os militares. Isso certamente acontecerá nos próximos cinco anos.

    As PCs, a PF, a PRF, as polícias legislativas e os agentes de segurança dos tribunais já não as têm.

    Os Estados não suportam manter a paridade e a integralidade para as PMs, mas não têm força para legislar pelo seu fim. As PMs são muito, muito fortes politicamente.

    A legislação pelo fim da paridade e integralidade para os militares tem que vir por legislação federal. E assim será. Pode firmar o corpo que seus dias estão contados.

    1. Até parece que as pm’s vão aceitar perder esse direito !Como vc mesmo disse são muito fortes ,possuem bancadas poderosas !Se militares federais aceitarem ,vão sozinhos nessa ,pois as pm’s não vão fazer companhia ,o lobby é grande !

  7. Basta fazer o concurso!! Venha usufruir destes tais “BENEFÍCIOS”
    Esse Blog ficou uma titica hein!!! Um monte de paisano que sabe de porcaria nenhuma sobre a caserna, quer opinar kkkkkkkkkkkkkk

  8. Mudem para 55 anos.
    Ficarei 12 anos de subtenente, isso sim é privilégio!
    12 anos sem promoção, sem aumento, único privilégio é não tirar serviço de escala, se até lá isso não mudar.

  9. É patético ver uns militares aí com crise de consciência dizendo que somos “privilegiados”. Já mamaram tudo o que podiam e agora querem que os mais novos se lasquem.

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