A Marinha e o indiciamento de seu ex-comandante por golpe de Estado

Desde os 10 anos de idade no ambiente da Marinha, Garnier disse que a mudança na Defesa foi surpresa. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

 

Ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro, Almir Garnier será indiciado pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Guilherme Amado
O ex-comandante da Marinha Almir Garnier será indiciado pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado, conforme a coluna mostrou há duas semanas. O ministro da Defesa, José Múcio, considera que não haverá nenhuma reação pública sobre o fato, e muito menos negativa.

Segundo Múcio tem avaliado a interlocutores, a Marinha — bem como o Exército e a Aeronáutica — tem interesse em distinguir os legalistas daqueles que cometeram crimes.

Segundo a investigação da Polícia Federal, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier foi o único entre os três chefes militares a oferecer suas tropas para uma tentativa de golpe. O ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, é mencionado como integrante do grupo de oficiais de alta patente que teriam utilizado suas posições para “influenciar e incitar o apoio aos demais grupos de atuação”, aprovando ações e medidas que visavam à realização de um golpe de Estado.
METRÓPOLES

11 respostas

  1. Com o devido processo legal vai para a cadeia esse conspirador. Para mim, deveria ser criado o tipo legal de apologia ao golpe de estado, para extirpar todos que propagam ilegalidades.

  2. Planejamento de sequestro sem armas também não deveria ser crime! Autoria intelectual não pega nada. Motivação de crime também é delírio de juristas.

    kkkkkk

  3. A falta deve ser considerada tão mais grave quanto a proximidade do indivíduo com o topo da hierarquia. Ao menos, deveria ser assim.

    E tal gravidade implica uma punição que, dentro dos parâmetros de justiça, sirva de exemplo aos pares e subordinados.

    Há mais joio nesse trigo, mas que esse servindo de exemplo desencorage e cause vergonha naqueles que sofreram a má influência.

  4. Como se para abolir as instituições democráticas tivesse que ter acesso a armas. Sugiro verificar a conduta penal e ver se somente ocorre com acesso a armas. Para ressaltar que a propagação de ideias por incitação, por qualquer meio – é pior do que armas – e inúmeros golpes foram perpetrados assim, sem acesso a nenhuma arma. Só para dar um outro exemplo, existe a possibilidade de um golpe disposto na nossa Constituição, por simples infração política.

    1. Realmente não precisa. A atuação do judiciário, em especial do STF, já é um bom exemplo de como destruir a democracia e as instituições sem pegar em armas.

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