Por que Cid mantinha comandante a par de planos de golpe

O tenente-coronel Mauro Cid (à esq.) e o ex-comandante do Exército e general da reserva Marco Antônio Freire Gomes — Foto: Fotos de Pedro França/Agência Senado e Cristiano Mariz/O Globo

Tenente-coronel Mauro Cid, que prestou longo depoimento à PF na segunda-feira, disse por que o comandante do Exército queria saber de tudo

Mauro Cid, o tenente-coronel que atuou como braço direito de Jair Bolsonaro nos seus quatro anos de mandato, explicou em depoimento à Polícia Federal o porquê de manter o comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes a par das negociações por uma minuta de golpe de Estado.

Segundo informações do jornal O Globo, o general mostrava preocupação com o tema e pedia atualizações constantes ao braço-direito de Jair Bolsonaro. Freire Gomes — escolhido em março de 2022 pelo então presidente— queria, segundo Mauro Cid, entender quem estava inflamando Jair Bolsonaro a tomar essa decisão, assim como o humor de Jair Bolsonaro para estas ideias.

A comunicação entre Cid e Freire Gomes já havia sido captada em um áudio enviado em dezembro de 2022 pelo tenente-coronel ao general. No áudio, transcrito pela PF, ele dizia ao comandante que “Hoje o que ele [Bolsonaro] fez de manhã? Ele enxugou o decreto, né? Aqueles considerandos [sic] que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais, é… Resumido, não é?”

Depoimento
Cid esclareceu todos os pontos abordados pelos agentes durante depoimento prestado ontem à noite na sede da PF em Brasília. Durante a oitiva, que durou aproximadamente nove horas, o ex-ajudante de ordens esclareceu aos policiais pontos considerados obscuros em seus depoimentos anteriores.

Mauro Cid deixou a sede da PF por volta das 12h15 desta terça-feira. A oitiva começou aproximadamente às 15h. Durante o depoimento, os agentes questionaram Mauro Cid sobre a reunião ministerial em que se discutiu a suposta minuta do golpe, sobre a participação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres na elaboração do documento e a respeito da participação ou não do ex-comandante do Exército Freire Gomes.

Em depoimento, Freire Gomes disse que se opôs às tratativas golpistas encabeçadas por tenentes e tenentes-coronéis. Ele também implicou o ex-presidente na suposta trama golpista.
O Antagonista

3 respostas

  1. Conversinha para “boi dormir”.

    O pior é que essa narrativa está “colando” e com direito até de posar de “heroi”.

    Estava a par dos acontecimentos e não denunciou ninguém e nem prendeu quem estava sob sua autoridade.

    Apenas esperou que as coisas se resolvessem por si mesmas, tranquilo em berço esplêndido.

    Só mesmo nesta “Republiqueta”…

  2. Cid parece um Zelig, que se transforma conforme a situação para ser “aceito” , “bajulando” os Chefes, tanto os contra o golpe como os a favor e até mesmo a Polícia..

  3. Logo vão tentar colar que o cidão era um agente duplo a serviço do comandante do EB para sondar os planos golpistas e salvar a república

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