RJ: capitão do Exército é preso por racismo após chamar jovem de ‘macaca’

racismo

[F. S. N.]  foi solto após audiência de custódia e vai cumprir medidas cautelares
Thalita Queiroz
thalita.queiroz@odia.com.br
Rio – Um capitão do Exército foi preso em flagrante, por volta das 17h deste domingo (3), após empurrar e chamar a gerente de uma loja especializada em açaí de “macaca”, na Praia de Itaipuaçu, na Região Metropolitana do Rio. Segundo a ocorrência, [F. S. N.], de 55 anos,  saiu de um bar na Avenida Zumbi dos Palmares, esquina com a Avenida Beira Mar, entrou no estabelecimento onde a vítima de 24 anos estava trabalhando e exigiu que a mesma retirasse um carro que bloqueava a saída do veículo dele.
A gerente, então, disse que não tinha a chave do carro e não sabia quem era o dono, mas que após atender um cliente poderia ajudá-lo. De acordo com duas testemunhas que estavam sentadas no estabelecimento, [F. S. N.], demonstrando irritação e nervosismo, deu dois empurrões na jovem e a chamou de “macaca”. Assustada, a vítima começou a chorar e foi protegida pelos clientes.
O dono da loja, um cabo da Polícia Militar que estava de folga, acionou a polícia. Segundo a PM, policiais do 12º BPM (Niterói) foram acionados para uma ocorrência de injúria racial. O capitão foi preso pelos agentes pelo crime de preconceito de raça ou cor.
Os envolvidos prestaram depoimento na 82ª DP (Maricá) e o caso foi registrado na 76ª DP, onde funciona a central de flagrantes de Niterói.

Militar foi solto um dia depois e vai cumprir medidas cautelares
[F. S. N.] foi encaminhado para a 76ª DP, onde passou a noite. Em audiência de custódia, nesta segunda-feira (4), a juíza Priscilla Macuco Ferreira entendeu que cabia a imposição de medidas cautelares e concedeu a liberdade ao militar.
Ele está proibido de se aproximar ou frequentar o estabelecimento onde a vítima trabalha até o fim do processo. Além disso, o investigado deverá comparecer mensalmente na Vara Criminal de Maricá e não poderá fazer contato com a gerente da loja, nem com as testemunhas.

O Dia – Edição: Montedo.com

8 respostas

  1. Temos que dar prioridade.

    Antigamente lá no quartel diziam que o QAO era chamado anteriormente de QOA quadro de oficiais da administração.
    Sou também a favor.
    Dia do QAO.

  2. Certíssimo o PM, estava de folga em seu trabalho complementar, ao invés de dar voz de prisão, presenciou o ato, chamou a guarnição e se pôs como testemunha. Fato lamentável, pois ninguém tem superioridade de raça, aliás todos somos da raça humana, mesmo que alguns oficiais, poucos ao meu ver e vivência, acharem o contrário.

  3. Certimho o PM que não deixou a impunidade tomar conta do país e não fez como a maioria que só presta para filmar ladainha…ligou ao 190 e prendeu o autor da njuria… graças ao PM, mais uma vez a justiça está sendo feita, digo graças a PM e os profissionais que estavam trabalhando… ninguém é superior que ninguém …tudo é uma questão de direitos e prerrogativas. Quem acredita que a PM não pode prender o capitão… que leve o chefe para casa ..

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