Emergência em Alagoas: Exército e Marinha são acionados ante risco do desabamento de mina

Vista aérea do Bebedouro, um dos bairros atingidos pelo desastre ambiental em área da Braskem em Maceió - Jonathan Lins-1º.mar.23/Folhapress

Prefeito de Maceió aciona Exército e Marinha contra possível desabamento de mina da Braskem
População é orientada a sair do local; empresa diz que parou atividades

O prefeito de Maceió (AL), João Henrique Caldas (PL), o JHC, acionou o Ministério Público Federal, a Marinha e o Exército para formar um gabinete de crise contra a possibilidade de colapso de uma mina da Braskem. A Defesa Civil da capital alagoana alertou na quarta-feira o risco iminente de colapso no local.

O objetivo do gabinete é o de adotar medidas para diminuir eventuais danos ambientais e proteger as pessoas em caso de confirmação do desabamento.

De acordo com a Defesa Civil, o monitoramento da região foi aumentado porque foram registrados cinco abalos sísmicos neste mês. Nesta quarta, foi identificado o risco de colapso da Mina 18 da Braskem, localizada no bairro de Mutange.

Uma das áreas afetadas pelos tremores de terra nos últimos dias é próxima de um quartel do Exército em Maceió.

A situação fez a prefeitura decretar estado de emergência por 180 dias. A empresa diz que parou as atividades no local.

O caso tem ligação com o afundamento do solo que atinge cinco bairros da capital de Alagoas. O problema começou em março de 2018, e até hoje não foi solucionado. O Serviço Geológico do Brasil, órgão do governo federal, concluiu que as atividades de mineração da empresa em uma área de falha geológica causaram o problema.

Desde então, mais de 60 mil famílias dos bairros Pinheiro, Mutante, Bebedouro, Bom Parto e Farol foram realocadas para outros pontos da cidade.

FOLHA

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