Interlocutores de Lula relatam que Janja já deu respostas ríspidas a Múcio, em cenas constrangedoras
BRASÍLIA – Quando Luiz Inácio Lula da Silva apresentou a socióloga Rosângela Silva, a Janja, como sua namorada ao deixar a prisão na tarde de 8 de novembro de 2019, em Curitiba, antigos companheiros do PT avaliaram que o “animal político” renovava ali o ânimo do partido para a corrida ao Palácio do Planalto. Mais de três anos depois, porém, a agora primeira-dama é vista como problema para um governo com entraves na articulação política. E a crítica vem justamente de velhos amigos do presidente, ministros e líderes de partidos.
Senadores e deputados petistas dizem que Janja se colocou como um poder entre o gabinete presidencial, a base aliada e ministros. Ainda na transição, ela tentou ser nomeada para um cargo no Planalto. Assessores avisaram Lula, no entanto, que isso era “nepotismo”. Sem função formal, a primeira-dama se instalou num gabinete de 25 metros quadrados bem ao lado da sala do presidente, no terceiro andar, e dali em diante tem aumentado seu espaço no governo.
Após a invasão às sedes dos três Poderes e a tentativa de golpe pelos bolsonaristas, no dia 8 de janeiro, Janja fez críticas ao titular da Defesa, José Múcio Monteiro, em reunião com a presença de outros ministros. Ela o acusou de não “proteger” o presidente como deveria.
No dia dos atos golpistas, Múcio chegou a propor que Lula baixasse um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para conter o vandalismo. O presidente estava em Araraquara e, ao ouvir a sugestão de Múcio, feita por telefone, Janja reagiu: “GLO não! GLO é golpe! É golpe”.
Interlocutores de Lula relatam que Janja já deu respostas ríspidas a Múcio, em cenas descritas como constrangedoras. Recentemente, contudo, a primeira-dama teria começado a se aproximar dele.
Petistas que atuaram como ponte entre Lula e a caserna reclamaram várias vezes que Janja contribuía para manter o clima de tensão entre o governo e as Forças Armadas. A primeira-dama teve participação decisiva para que o presidente criasse uma secretaria para cuidar da segurança dele e da família. O órgão é chefiado pelo secretário Alexsander Castro de Oliveira, delegado da Polícia Federal, chefe da segurança do petista na campanha.
Antes, a função era do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), formada por militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. No próximo dia 30, Lula terá de decidir se torna a secretaria permanente ou se devolve sua segurança pessoal para o GSI.
Extraído da matéria do ESTADÃO Janja tem poder de veto no governo e interfere em áreas como economia, Defesa e publicidade
10 respostas
Nos praças prejudicados com a lei 13954/19 por bolsobosta consideramos MD um boneco de manobra nas Mãos dos generais golpistas.
QE não é carreira
Excelente, o pessoal da lacuna deve procurar essa Sra então, já que tem pulso firme, rsrsrsrs.
anja é apenas um Rasputin de saias que se aproximou de Lula em busca de poder.
E a louca por jóias 💎💎💎💎💎? Disse assim: Para tudo ele diz “Pintou um Clima”, kkkkkkkkk. Agora sim, clima de turbulência, que saudade deve estar da imunidade parlamentar, quando falava sem pensar, peitando autoridades com currículo invejável, vou citar apenas o Diretor da Anvisa, que seu marido comparado a ele se torna um anão intelectual.
Vc acertou nas moscas meu caro anônimo de 23/06/2023 às 13:02.
Pena que a maioria não ver isso, aliás, nem sabe quem foi Rasputin para fazer tal analogia. Não duvido que janja seja a próxima ministra da Defesa, visto que o que temos no cenário político atual é o que bem descreve o livro, A Volta dos Idiotas. Aos beócios que deem leve “espiadinha” no livro.
Quem te disse que as pessoas aque aqui comentam são mais débeis que V.Sa?
Meu nobre Master in,
Não me referi aos sapientíssimos que aqui comentam – e isto inclui V.Sa, e sim fiz uma generalização , pois os que aqui interagem conhecem tudo, e confesso que dos que por aqui “sentam o dedo” no teclado sou um analfa de pai e mãe. Paz e bem, nobre Master in!
Está corretíssimo, aproximou-se do investigado por corrupção em busca de poder, eleger-se nas próximas eleições.
Essa mulher provavelmente será candidata à algum cargo.