Ministro da Defesa, José Múcio agraciou com Medalha da Vitória sargento que tentou reaver joias de Bolsonaro apreendidas pela Receita
Igor Gadelha
Ministro da Defesa de Lula, José Múcio concedeu medalha ao primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva. Trata-se do militar que foi destacado por Jair Bolsonaro para tentar reaver as joias dadas pela Arábia Saudita ao ex-presidente e que acabaram apreendidas pela Receita Federal.
O nome de Jairo foi incluído numa lista de 196 militares e personalidades civis agraciadas por Múcio com a chamada “Medalha da Vitória”. Segundo o ministério, a honraria é concedida àqueles que contribuíram para “difusão dos feitos dos ex-combatentes durante a Segunda Guerra Mundial”.
No governo Bolsonaro, o sargento trabalhou na Ajudância de Ordens do então presidente. Após a posse de Lula, o militar foi designado para ficar “à disposição” do Ministério da Defesa. Em portaria do dia 15 de março, no entanto, a pasta devolveu Jairo para a Marinha, como noticiou a coluna.
Segundo auxiliares de José Múcio, embora estivesse à disposição, Jairo nunca chegou a trabalhar de fato na pasta. No período em que ficou lotado no Ministério da Defesa, o militar teria ficado fora fazendo um curso, não especificado pelas fontes da pasta.
Defesa vai revogar
Procurado pela coluna, o Ministério da Defesa informou que revogará a portaria que trata da lista de agraciados com a Medalha da Vitória, “por conter indicações propostas por autoridades não relacionadas no artigo 7º do regulamento da Medalha da Vitória”.
Sob reserva, fontes da pasta informaram que a indicação do nome do Jairo para receber a medRalha havia sido feita pela Presidência da República ainda durante o governo Bolsonaro. O artigo 7º do regulamento, no entanto, não prevê o presidente no rol de autoridades que podem sugerir indicados.
METRÓPOLES/montedo.com
6 respostas
Agora entendi! Foi indicado pelo Presidente que não podia indicar, que foi agraciado por jóias que não poderia receber, tentadas retirar pelo agraciado que não poderia ser agraciado …
As medalhas deveriam ser concedidas somente em participação efetiva na guerra, no caso de militares.
Essas condecorações seriam resumidas em apenas duas na guerra, medalha por bravura militar e medalha por ferimento, mesmo assim após passar por uma comissão.
Medalhas…motivo de tanto orgulho no passado e tão vilipendiada nos últimos tempos. Uma vez perguntei para um Tenente coronel qual era o motivo da medalha do pacificador no peito…não soube explicar…outra ocasião vi um Cabo no hospital militar com duas fileiras de medalhas, elogiei e perguntei sobre elas, o Cabo respondeu que todas representavam um mérito, falou sobre cada uma delas, o que me impressionou muito naquela época. Fidelidade também é um mérito, mesmo assim depende do discernimento do fiel.
Bom comentário.
Medalha, só para ação de guerra.
De resto, é coisa de escoteiro
Medalha? Brincadeira! A única condecoração que deveria receber seria 10 dias no Bailéu ou no “Azul”.
Por que não negaram a medalha na época devida? Hein? Hã? Ah, entendi, vão dançando conforme a banda toca. Sabe o que eu penso disso, a mais pura falta de coragem moral, algo que cobram dos praças.