Vôo de comandante da Marinha nos dia 24 e 28 de dezembro tinha seis passageiros, mas Força não quis informar os nomes
Lucas Marchesini
A Controladoria-Geral da União (CGU) mandou a Marinha revelar a lista de passageiros que acompanharam o comandante Almir Garnier no avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que o levou para passar o Natal na sua cidade de origem, o Rio de Janeiro.
Garnier voou para o Rio de Janeiro em 24 de dezembro e retornou a Brasília no dia 28 de dezembro. Até a reportagem ser publicada, constava somente “despachos internos” como compromisso no dia 28 de dezembro, data do retorno, na agenda oficial de Garnier.
O decreto que regulamenta o uso desses aviões mantidos com dinheiro público, assinado por Jair Bolsonaro no início de 2020, aponta que no caso de viagens a serviço é necessário registrar em agenda oficial o compromisso público da autoridade.
Antes de publicar a reportagem, a coluna procurou a Marinha em três ocasiões diferentes, mas não teve resposta. Diante disso, fez um pedido de Lei de Acesso à Informação solicitando a lista de passageiros em 3 de janeiro deste ano.
A Marinha negou o pedido em três instâncias diferentes. A última etapa é o próprio comandante da Força. Na recusa, como justificativa, disse que o sigilo ao nome dos passageiros do voo, bancado com dinheiro público, visava “preservar a imagem e a honra dos tripulantes”.
O recurso, depois disso, é julgado pela CGU, que decidiu que a Marinha deveria informar o nome dos passageiros e deu dez dias de prazo para que as informações fossem fornecidas.
Na sua decisão, a CGU pontuou que “as informações solicitadas são de interesse público, e que o transporte de pessoas em voo das Forças Armadas necessariamente envolve recursos públicos”.
Guilherme Amado (METRÓPOLES)/montedo.com
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8 respostas
Tem angú nessa farofa, o
Ministro da CGU é o Cap Wagner de Campos Rosário, vejamos o desenrolar deste caso. Pode ser uma jogada para calar a imprensa.
” preservar a imagem” putz essa nem recruta acredita.
Ninguém pode tudo, existem regras. Porque só praças tem que cumprir ?
Se estiver errado, pau nele e que sirva de exemplo.
Entra e sai governo e a FAB continua como Uber de luxo. Infelizmente isso não vai terminar e o contribuinte vai pagar para passeios de “autoridades” e familiares, amigos etc.
O “Eu posso” está no DNA do brasileiro, do Soldado da PM que está na esquina ao General. EM TODAS as esferas do poder em todos os poderes, nas FA, nas seitas pentecostais.
O brasileiro talvez não se revolte com isso porque espera que um dia seja a vez dele, simples assim.
Lord
Folha: Rosa Weber nega pedido de Aras para arquivar inquérito sobre Bolsonaro e Covaxin.
Ricardo Montedo,
Fico a imaginar o seu Almir Garnier “ligando” para o Cmt da FAB.
– e aí Gigante, Blz!
– não tô a fim de passar o Natal em Brasília não…
– desenrola aí uma ‘aeronavizinha’ pra mim, “meu peixe”!
– responde o brigadeiro de festas infantis, “Demorô”!!! Só isso…
– Parti pru meu Rio de Janeiro, “irado” (seu Almir Garnier).
Desse jeito, sem mais, nem menos.
“Meu peixe”!
Há Há Há Há Há Há Há Há Há Há Há Há Há