Pazuello diz à PF não poder provar que Bolsonaro o avisou sobre Covaxin

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, durante uma cerimônia de hasteamento de bandeira em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília Adriano Machado/Reuters

Presidente Jair Bolsonaro é acusado de prevaricar ao saber de esquema de corrupção na compra de imunizantes e não ter denunciado

Renato Souza
Em depoimento à Polícia Federal na tarde desta quinta-feira (29/7), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que não tem como provar que o presidente Jair Bolsonaro o avisou sobre supostas fraudes na compra da vacina indiana Covaxin. No entanto, Pazuello afirmou que o chefe do comunicou verbalmente sobre o caso.
Bolsonaro é acusado de cometer o crime de prevaricação ao ser informado sobre irregularidades nos contratos e de não levar a informação até as autoridades competentes. Pazuello disse que também não pode provar que acionou o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, para apurar o caso.
A oitiva do ex-ministro ocorreu no âmbito do inquérito que investiga Jair Bolsonaro. O militar chegou na sede da Policia Federal, em Brasília, por volta das 9h45, e entrou pela garagem, sem falar com a imprensa. Além dele, também foram ouvidos o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde
Luis Ricardo alega que sofreu pressões para aprovar a entrada da vacina indiana no território nacional. Ele diz ter informado o caso a Bolsonaro em março deste ano, no Palácio da Alvorada. O deputado Luis Miranda também estava no encontro e diz que o chefe do Executivo nada fez para averiguar as denúncias. No depoimento, o parlamentar disse que na época informou um delegado da PF sobre as suspeitas, e que o fato foi levado ao Ministério Público.
CORREIO BRAZILIENSE/montedo.com

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