Navio-hospital da Marinha deve atender 22 mil ribeirinhos no Acre.

Equipe oferece testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites.
Atendimentos ocorrem no Juruá pelo 15º ano consecutivo.
Navio hospitalar vai oferecer exames rápidos durante atendimento no interior do Acre  (Foto: Vanísia Nery/ G1)
Navio hospitalar vai oferecer exames rápidos durante atendimento no interior do Acre (Foto: Vanísia Nery/ G1)
Vanísia Nery, do G1 AC
O Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) Doutor Montenegro, da Marinha do Brasil, atracou no porto de Cruzeiro do Sul (AC), no início deste mês. A embarcação, responsável por oferecer serviços de saúde médico e odontológico, deve atender mais de 22 mil moradores às margens do Rio Juruá neste ano. Desde 2001, a missão é realizada na região, e pelo 15º ano atende ribeirinhos de localidades de difícil acesso.
O navio saiu de Manaus (AM) no dia 12 de janeiro. A previsão de retorno é para o dia 6 de abril. Até lá, a embarcação deve percorrer os municípios de Marechal Thaumaturgo, onde iniciam as ações, seguindo para Porto Walter, Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul, onde encerram os atendimentos.
“Estamos planejando subir o rio esta semana, mas isso também vai depender da vazante, tem que ter água suficiente para chegar até Marechal Thaumaturgo. Por outro lado, o rio não pode estar tão elevado para conseguir passar a embarcação por baixo da ponte do Rio Juruá”, explicou o comandante do navio, capitão de corveta André Teixeira.
Desde a saída de Manaus até Cruzeiro do Sul, já foram atendidas 14 localidades do Amazonas, com 6.670 procedimentos médicos e odontológicos em mais de 1.400 ribeirinhos.
O navio conta com uma tropa de 73 militares, tendo uma equipe de 20 profissionais de saúde, entre médicos, farmacêuticos e enfermeiros. Neste ano, a inovação são os testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite. Ao longo da viagem, os profissionais identificaram um paciente com sífilis, que fez o tratamento com medicamentos que também são distribuídos após as consultas.
Navio reforça atendimento principalmente a ribeirinhos no Acre  (Foto: Vanísia Nery/ G1)
Navio reforça atendimento principalmente a ribeirinhos no Acre (Foto: Vanísia Nery/ G1)
“São testes muito rápidos, que dão o resultado em poucos minutos. Nós já tivemos um caso de sífilis positivo, os médicos entraram com a intervenção de antibióticos e com certeza salvaram a vida dessa pessoa”, ressaltou.
O comandante alerta que os atendimentos são priorizados para os ribeirinhos, que na maioria das vezes não tem condições ao longo do ano de procurar os serviços de saúde.
“A prioridade é o atendimento aos ribeirinhos sempre. Nós tentamos fazer um trabalho preventivo. Fazemos palestras preventivas também. Essa parte preventiva é a maior ajuda para os ribeirinhos, pois ajuda-os a cuidar da sua saúde”, destacou. (R. A.)
G1/montedo.com

5 respostas

  1. fantastico este serviço do corpo de saude das forças armadas que leva saude a locais onde não existe medicos, profissionais dentistas, farmaceuticos e enfermeiros.
    É uma pena que dentro das forças estes profissionais não sejam valorizados e tratados são como meros militares combatentes… Comparados somente por patentes e sendo obrigados a servir o Rquero de tirar serviço de oficial de dia, sindicancias, exames de pagamento entre outros não podendo fazer o serviço de saude da forma que se deve.

  2. Sou reformado da Marinha do Brasil e gostaria de saber porque a grande mídia não divulga estas coisas ?? Viva a Marinha que mesmo sucateada ainda faz maravilhas !

  3. Essas ações com as comunidades isoladas, principalmente da região amazônica, devem ser sempre incrementadas e com mais frequência pois os estrangeiros estão por lá e, com o poder do dinheiro, garimpam a simpatia das populações locais, diante da qualidade péssima dispensada pelos governos municipais e estaduais.O que deve-se recusar é a utilização das forças armadas pelos poderes municipais e estaduais que fogem de suas responsabilidades.

  4. A qualidade no tratamento dispensado aos ribeirinhos, assim com aos índios, pelas autoridades estaduais e municipais, é contrastante com a qualidade dada pela forças armadas e até por entidades estrangeiras.Tive a oportunidade de passar por um destacamento onde há militares da FAB que mantinham um posto médico para atendimento aos indígenas, junto com uma entidade de padres.Os remédios deveriam ser fornecidos pela FUNAI. Sempre faltando de tudo. Quando havia esse tipo de operação era que a coisa melhorava. A FUNAI aparecia de tempos em tempos, isso quando aparecia, e levava dentista. Quando eles iam embora, era uma multidão de índio com sorriso 1001 ou ZERO. Não havia uma campanha para tratamento como acontece com as F.A. Arrancavam até dente bom. Dava pena, pois em outras localidades onde havia grupos estrangeiros os "sorrisos" eram bons.

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