Mariana Tokarnia*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O mediador internacional do conflito na Síria, Lakhdar Brahimi, avalia o envio de uma força de manutenção de paz ao país, informou o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal força da oposição ao regime vigente.
“Um das ideias ponderadas, no quadro da iniciativa política, é o envio de forças de manutenção de paz, mas a questão está em fase de estudo”, disse Ahmad Ramadan, chefe do Gabinete de Informação do CNS, em Doha, no Catar.
Lakhdar Brahimi foi escolhido pela ONU e pela Liga Árabe e está em visita a vários países da região em busca de negociações. Ele se reuniu no fim de semana com representantes do CNS na Turquia e chegou hoje (15) a Bagdá, no Iraque.
“Quer se trate de uma força árabe ou da ONU, o essencial é pôr fim aos massacres”, disse em entrevista coletiva o primeiro-ministro do Qatar, Hamad Ben Jassam Al Thani. Ele acrescentou que é preciso esperar os resultados das conversas de Brahimi com as autoridades sírias para considerar “medidas concretas”.
Simultaneamente, representantes do CNS começaram a se reunir em Doha para debater a situação política e o problema dos refugiados na Síria.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Agência Brasil/montedo.com
3 respostas
Acho que não lograrão êxito nessa empreitada. Quem acompanha os acontecimentos no cenário internacional, sabe muito bem que a situação da Síria é muito mais complicada. Sem o aval da Rússia ( que fornece arma para a Síria) e da China, a ONU sequer pode sonhar em enviar tropas para lá. Sem a participação direta desses dois países, essa tragédia síria não se resolverá.
Quero ver voluntário pagar embuste de Rayban na Síria, como fazem com o povo faméilco do Haiti. Lá o pau quebra de verdade !!!!!
Um pouco da história da Forças de Paz:
Primeira Força de Emergência das Nações Unidas – ( UNEF-1 )
A primeira experiência histórica das Forças Armadas Brasileiras em missão de paz da ONU, foi o envio do “Batalhão Suez”, um Batalhão de Infantaria de aproximadamente 600 homens ao Egito (de janeiro de 1957 a julho de 1967) integrando a Força de Emergência das Nações Unidas I (FENU I), organizada com a finalidade de separar forças egípcias e israelenses. Contribuiu, no período, com efetivo acumulado de aproximadamente 6.300 homens, durante os mais de dez anos da missão. O Brasil exerceu o Comando operacional da UNEF-1 de janeiro a agosto de 1964 (General Carlos Paiva Chaves) de janeiro de 1965 a janeiro de 1966 (General Sizeno Sarmento).
Primeira Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola – (UNAVEM I)de 89 a 91;
Segunda Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola – (UNAVEM II, de 91 a 95;
Operação das Nações Unidas em Moçambique – (ONUMOZ)de 93 a 94;
Terceira Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola – (UNAVEM III), De agosto de 1995 a julho de 1997, o Brasil contribuiu com um batalhão de infantaria (800 homens), uma companhia de engenharia (200 homens), dois postos saúde avançados (40 médicos e assistentes) e aproximadamente 40 oficiais do Estado-Maior para o terceiro mandato da Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola.
Durante todo o período da missão, o Brasil também contribuiu com um média de 14 observadores militares e 11 observadores policiais. O Brasil chegou a ser o maior contribuinte de tropas para a UNAVEM III, que durante quase dois anos foi a maior operação de paz das Nações Unidas.
Missão de Auxílio à Remoção de Minas na América Central – (MARMINCA);
UNAMET e INTERFET – Timor Leste “United Nations Assistency Mission East Timor” e “Internacional Force in East Timor”
Desde 2004, a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti, chamada de Minustah (sigla em francês), atua na reconstrução do Haiti, que sofria com conflitos armados. A missão tem mais de 9.000 integrantes, a maioria militares.
No Haiti, o Brasil assumiu, pela primeira vez, o comando de uma operação da ONU. Há 1.266 militares brasileiros no país que foi devastado por um violento terremoto. A ONU (Organização das Nações Unidas) definiu o objetivo da missão, que é “reestabelecer a segurança e a estabilidade, promover o processo político, fortalecer as instituições governamentais, assim como promover e proteger os direitos humanos.”
A participação do Brasil em missões de paz caracteriza-se como um instrumento muito útil da política externa. Além de representar o cumprimento com suas obrigações em nível mundial na matéria, contribui para estreitar as relações com países de particular interesse para política externa brasileira.
É importante enfatizar que o Brasil pode se orgulhar de sua participação nas operações internacionais, pois projeta, favoravelmente, a sua imagem, colhendo significativos dividendos internos e externos, ratificando sua posição de importante ator no cenário mundial e conquistando o espaço que lhe é devido no âmbito das relações exteriores.
E nessas e em tantas outras Missões que deixei de citar o "pau quebrou de verdade" em diversas ocasiões e nem por isso os Militares Brasileiros deixaram de cumprir a sua Missão. E embora estejamos continuamente desvalorizados pelos governos que tentam de todas as formas nos desmotivar com baixos salários e investimentos mirrados em equipamentos e tecnologia, nunca se deve duvidar do profissionalismo do militar brasileiro, seja pertencente à Força Terrestre, Aérea ou Marinha do Brasil.
Não se "paga embuste" quando a situação, por mais que pareça "sob controle" se configura dentro do escantilhão da realidade…pode perguntar aos militares (PQD) que pacificaram o morro do Alemão no Rio se ficaram pagando embuste de óculos Ray Ban?
Lá "meu cumpadi" o "pau quebrou" de verdade também.