PEC dos militares: Defesa vê falta de empenho do governo por norma para frear politização da caserna

Patentes nas urnas aumentaram em 2022 - Gui Prímola/Arte Metrópoles

Texto que prevê ida para a reserva de integrantes das Forças Armadas que optarem por entrar na política empaca e não deve entrar em vigor para 2026
Jeniffer Gularte
Brasília – Um ano e sete meses após o Palácio do Planalto sugerir ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe a participação de militares da ativa nas eleições, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) veem como baixa a chance de a medida valer para a disputa de 2026. A avaliação é que, com a mobilização para esvaziar o projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, falta empenho dos articuladores políticos do governo para aprová-la.

Ministério das Mulheres: Escolhida por Lula para substituir Cida Gonçalves diz que tomará posse nesta segunda-feira
Armas em gabinete na Câmara: Deputado do PT pede busca e apreensão contra bolsonarista que exibiu fuzil e pistola
O texto prevê a transferência para a reserva de integrantes das Forças Armadas que optarem por entrar na política, uma medida considerada importante pelo governo para proteger as tropas da politização. Pelas regras eleitorais, contudo, a mudança na regra teria que ter sua votação concluída e ser promulgada até um ano antes da próxima eleição, ou seja, até 4 de outubro, para valer em 2026.

Em meio a pressão da oposição por anistiar quem participou dos atos golpistas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, a PEC, elaborada no Ministério da Defesa, é vista por uma ala do governo como um antídoto contra possíveis novas ofensivas ao afastar militares da política.

Em uma estratégia para uma tramitação célere, a PEC foi proposta pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Se fosse enviada diretamente pelo Palácio do Planalto, teria que ser analisado primeiro pela Câmara. O texto chegou a ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um mês após ser apresentado, em novembro de 2023, mas desde então não avançou mais.

Na visão de defensores do texto, o governo deveria ter uma postura mais proativa em defesa da PEC, para fazer frente à pressão da oposição pelo PL da Anistia. Apesar de o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, ter se movimentado nos últimos meses para convencer senadores a votarem o texto no plenário do Senado, o tema não tem sido tratado como prioridade na pasta comanda por Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e nem pelo senador Jaques Wagner.

Em março de 2024, Wagner afirmou ao blog da jornalista Bela Megale, do GLOBO, que a PEC dos militares era a “trigésima prioridade” do governo, em indicativo claro, à época, de falta de empenho seu por sua tramitação.

Pouco mais de um ano depois, aliados do senador afirmam que o cenário não mudou e que o texto não está na ordem do dia. A prioridade do Planalto no momento é focar na aprovação da proposta que prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, iniciativa que pode render dividendos eleitorais para Lula em 2026.

Entre os entraves para o texto avançar está a avaliação de que a PEC pode acabar por inflamar novamente militares contra o governo petista. Além disso, embora seja focada nas Forças Armadas, aliados de Múcio afirmam que o debate foi prejudicado pela possibilidade de a medida ser estendida a policiais militares, cujos representantes no Congresso Nacional são contrários à restrição.

Também há críticas à escolha do relator do texto, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), com argumento de que a complexidade da matéria demandaria um parlamentar com mais experiência e trânsito político. O parlamentar não comentou.

A falta de engajamento do governo para destravar a PEC tem causado incômodo no Ministério da Defesa. Quando decidiu permanecer na Esplanada, Múcio ouviu de Lula o pedido para ficar mais um tempo e a promessa de que seria dada prioridade ao texto.

O ministro quer deixar a PEC como legado de sua gestão e chegou a procurar Gleisi para tratar do assunto assim que a ministra assumiu o comando da pasta responsável pela articulação do Planalto, no começo de março. Também esteve com Wagner e com o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

A letargia em destravar a PEC, no entanto, provocou abatimento entre integrantes da equipe, que têm afirmado, reservadamente, que o lema do grupo no ministério é “Ainda Estou Aqui”, em referência ao filme de Walter Salles, premiado pelo Oscar como melhor filme internacional neste ano.
O GLOBO – Edição: Montedo.com

Respostas de 15

  1. Até quando irão criar textos e projetos que não servem para nada, por exemplo, mete caso muitos dos militares que já estão não estão mais na ativa a décadas, exemplo Ex Capitão Bolsonaro, Ex – Capitão Derrote, Ex – Capitão Assunção, ex Sgt Fahur, ex Sgt Rodrigues, Subtenente não sei lá o que …o governo tem que criar leis para frear a Politização das drogas e Cracolândia deste país …e não a ” Politização democrática” daqueles que são contra ex presidiário.

  2. Enquanto isso:
    Os Subtenente, Sargentos, Cabos, Taifeiros e Soldados, estão literalmente na M.

    Para piorar, foi concedido uma miséria de 4,5% nos soldos que estavam a 6 anos sem reajuste.

    *HISTORICO DAS PERDAS DOS MILITARES DAS FFAA (INPC)*
    A inflação entre reajuste de 01/03/2012 e o reajuste de 01/09/2016 foi de 39,44%. Abatendo o reajuste médio de 25% (2016) em 04 (quatro) suaves parcelinhas que terminaram em 2019, perdemos *14,44%.*

    *Perdas causadas de 01/09/2016 à 28/02/2025 são 50,345%*

    *===> Soma das perdas: 14,44% + 50,34% = 64,78%*

    *Fonte*:
    https://www.debit.com.br/tabelas/indicadores-economicos.php

  3. Jovem não façam concurso ESA e ESPCEX tudo ilusão. Um Cap Cmt Cia vai fazer o concurso para Cap PM 21 mil inicial. Saiam fora tudo ilusão, breve, brados, isto não enche barriga. Vem aqui para Manaus com esposa e filhos, vai passar necessidades. Ser militar é ilusão. 1987 um terceiro sargento recebia 17 salários Mínimos e tinha moral. O caminhão da melância no trevo da entrada da cidade colocou um manequim fardado, vendo melância….o ponto que chegamos. Pais não incentivem seus filhos, espadim e blá blá tudo ilusão. o que vale é grana e família alimentada.

  4. Alguém sabe por onde anda o ex Sargento Feliciano? Que brigou pela gente, fez greve e rapel e depois pediu pra ir embora? Lembro que ele se candidatou e tudo, porém não ganhou. Infelizmente, os bons não ficam no EB, apenas os necessitados! Ninguém gosta dessa porra! Essa é a verdade.

    1. Ele lutou pelos praças porém faltou apoio. Querem ser QAO e tem medo de se queimarem. QAO não é Oficial o nome já diz AUXILIAR. Tem um QG que QAO não pode ser do grupo de zap zap dos Oficiais e nem participar de reuniões. Agora temporário pode. Cmt do Pel PE temporário e vai para as reuniões.

  5. “ sR. montedo . voltou me bloquear TRAÍRA “

    politização nos quarteis . Julgam que os militares são imbecis.

    O roubo de mais de R$ 90 bilhões do governo comunista corrupto, comandante supremo das forças armadas. não tem PEC , Só silencio, vai bloquear.

    espera Montedo . o empo vem ,mudanças também . A VERDADE SE IMPÕE. a Mentira ,traição, covardia covardia se destrói por conta própria.

    1. Kkkk se o governo fosse comunista cada um que criticasse aqui já estava preso, todo mundo já tinha perdido o direito de propriedade, toda a economia tinha virado estatal e todos os partidos diferentes do comunista já tinha sido fechados.

  6. “ o sAPO NA PANELA “

    É assim mesmo que o método da alienação comunista vai agindo : coloca o sapo na panela e acende …….. quando o sapo sentir a realidade já está ……..

  7. “ pREOCUPAÇÃO DOS MILITARES DENTRO E FORA DOS QUARTEIS “

    O Blog do Montedo e outras mídias reportaram a reunião dos comandantes militares com o comandante supremo para tratar assuntos da pertinência militar . ressaltaram o insumo combustível ( não lembro mais qual é a classe deste insumo ) . é este o problema dos militares ?

    A questão foi muito repercutida nas mídias. a questão focada passada para o entendimento do contribuinte ( povo brasileiro ),que sustenta todo a estrutura do governo. ( executivo, legislativo, judiciário ) . o problema dos militares é só o insumo combustível.

    fica camuflado que o buraco é mais maior ( expressão da Amazônia ) .,reservo não enumerar ……. ( considerando que os militares sabem ( especialmente as praças e suas pensionistas ) .

    é falta de dinheiro do governo comunista no poder . entendi . só não tendo o roubo ,segundo últimos levantamentos nas mídias que o assalto é calculado no momento em R$ 90 bilhões . dá para entender esse governo democrático. mas o tal ministro da defesa está preocupada com a politização dos militares etc …. . ainda bem que estou do lado de fora do quartel na condição de insumo descartado ( inapropriado para uso )

  8. Complicado, agora que alguns militares mostram que possuem cérebro e não iriam apoiar corruptos e ex-presidiário, a represália irá atacar a todos, não é atoa que o crime organizado, aliados a alguns imbecis foram a ” ONU” pedir a extinção das polícias militares, agora a água está batendo na bunda até dos que não davam mídia …

  9. “ eM TEMPO : Dá para garantir ,considerando falta de dinheiro “ não vai faltar dinheiro para pagar o parco soldo ,com os 4,5 % . informaram que o orçamento previsto só atendem despesas obrigatórias . não me culpem , mONTEDO NÃO ME BLOQUEIA ,não quero causar auê nos militares dentro e fora e também nas pensionistas . não sou BOLSONARISTA ,NÃO ME JOGUEM NA VALA ,POR FAVOR .

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *