Presidente do STM defende Forças Armadas mais inclusivas e igualitárias; Maria Elizabeth Rocha defende empoderamento feminino e inclusão nas Forças Armadas.
Empossada há pouco mais de um mês como a primeira mulher a presidir o Superior Tribunal Militar (STM), a ministra Maria Elizabeth Rocha tem usado a posição para defender bandeiras de equidade, inclusão e empoderamento feminino.
Convidada do CB.Poder — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília —, desta terça-feira (16/4), a ministra conversou com as jornalistas Adriana Bernardes e Mariana Niederauer e reforçou a importância de políticas públicas afirmativas para corrigir desigualdades históricas no país. Maria Elizabeth ainda criticou a falta de representatividade de mulheres, negros e pessoas LGBTQIA+ em espaços de poder.
“Minha pauta é, sobretudo, o empoderamento feminino. É inconcebível seres humanos serem hierarquizados socialmente em razão de orientação sexual, de gênero e de etnia”, afirmou. Ao destacar que trouxe para a equipe dela pessoas de diferentes origens, identidades e vivências, Rocha ressaltou o compromisso de dar o exemplo dentro da própria estrutura do tribunal.
Entre as iniciativas que já começaram a ser colocadas em prática está o Observatório da Equidade, idealizado pela presidente para fomentar práticas antidiscriminatórias e ampliar a escuta de grupos tradicionalmente excluídos. “Recebi coletivos de mulheres trans, negras e 35 lideranças indígenas neste primeiro mês. A interface do Estado com as comunidades tradicionais sempre são as forças armadas, então é importante o diálogo”, explicou.
Rocha também revelou que o STM se prepara para levar às escolas e academias militares ações de letramento racial e de gênero. O objetivo é contribuir para a formação de jovens mais conscientes e respeitosos. “A intolerância, muitas vezes, não é a aceitação; você não precisa aceitar, mas você tem a obrigação, inclusive constitucional, de respeitar”, frisou.
Com a recente indicação de Verônica Sterman ao STM, feita pelo presidente Lula, o número de mulheres no colegiado dobrou (de uma para duas ministras); um avanço simbólico, mas ainda insuficiente. “As dificuldades começam quando as indicações são políticas. Nossos corredores são mais estreitos do que os dos nossos colegas homens”, pontuou a presidente, ao defender a adoção de ações afirmativas para garantir maior equidade nos espaços de decisão.
Para ela, as mulheres seguem enfrentando barreiras estruturais, mesmo com leis já em vigor, como a de igualdade salarial entre gêneros. “Os donos do poder, os homens héteros, brancos e de classe média, não abrem mão dos seus espaços de ocupação. É importante que haja políticas públicas que promovam a equidade e sirvam de exemplo também para o setor privado”, declarou.
Confira a íntegra da entrevista
CORREIO BRASILIENSE – Edição: Montedo.com
Respostas de 15
Acredito que as mulheres já venceram as barreiras estruturais a muitas décadas, isso através da competência e capacidade, digo isso porque as que não vivem de mimimi, independente de cor, conquistaram seu lugar e continuaram conquistando.
“Os donos do poder, os homens héteros, brancos e de classe média” apenas são porque pessoas como a estocadora de vento não se valorizou quando teve oportunidade, e ela, assim como muitas já ocuparam espaços e lugares que deveriam ser ocupadas por pessoas inteligentes, independente da cor ou sexo.
Prova de que a justiça militar em tempo de paz não tem necessidade nenhuma.
Quer dizer que o STM agora tem a atribuição de se imiscuir no currículo das escolas militares?
Brasil mesmo não é para amadores…
Eu sempre falo isso.
Justiça Militar é um orgão do Poder Judiciário com uma atribuição bem restrita, julgar crimes militares (apenas isso, nada mais).
Algumas pessoas permitem que essa instituição dê pitaco nas FFAA, Poder Executivo. Nada mais incoerente. Temos nossos próprios chefes, instituições e políticas internas. O problema é que o cidadão não enxerga que eles não tem nada a ver conosco… alguns de nós não enxergam.
Pronto!
O inimigo já foi identificado pela presidente do STM: homem branco, hétero e de classe média.
Ou seja, para promover a “inclusão” e a “igualdade” vamos discriminar e excluir os homens brancos, héteros e de classe média.
Interessante que o marido dela é homem branco, de classe média alta e deve ser hétero. Detalhe: é o general que fazia o churrasco do Lula no primeiro mandato dele e assim, entre uma picanha argentina e um pão de alho, conseguiu mostrar ao Lula a competência da esposa para ser nomeada ao STM.
Só tenho uma coisa a dizer STM não é lugar de militância e muito menos de bandeira ideológica, a única causa da existência do STM é para julgar crimes militares.
Minha mulher nunca dependeu de cor para ter empoderamento ou direitos, e o único gênero que não pode faltar para os brasileiros é os gêneros alimentícios na mesa do pobre, o resto na minha nobre opinião é baboseira de quem defende ex presidiário.
O STM é um tribunal que julga apenas crimes militares definidos em lei.
A ministra deveria ter feito concurso público para juiz federal, com concorrência 100x maior, ai sim poderia levantar suas bandeiras (ou nem assim, já que existem restrições na lei orgânica da magistratura).
Essa justiça cara, ineficiente e ociosa deve ser extinta urgentemente. Além de tudo uma justiça leiga, onde seu órgão de cúpula em maioria nem formado em direito é.
Eles tem muito tempo livre pois não há processos. Por isso, essas entrevistas para falar de temas que dizem respeito à sociedade e as forças armadas, não à Justiça militar.
Se ao menos julgasse rapidamente a meia duzia de processos anuais, já estaria fazendo muito
STF fazendo escola: ministra falando muito.
Desejável que tenha Mais Discrição, menos entrevistas, mais manifestação nos autos.
Se não está de acordo, pode se candidatar ano que vem e, se eleita, apresentar projetos para essas pautas.
precisamos era aumentar pra 50% as cotas para negros pelos anos de apatheid
mais de 100 anos que nao tem nada de mudaanças
cotas 50% ja! em todo serviço publico e faculdades
Boa noite senhor.
Discordo veementemente.
Sou branco pobre que na infância trabalhava muito somente para comer!
Como ficam os negros, pardos, indígenas e outros abastados?
Serão beneficiados eternamente em nome de uma dívida da sociedade?
Eu não tenho nenhuma dívida social pois nunca tive benefício algum.
Proponho a criação de uma “cota” com alguma pitada de critério econômico desde que também tenha mérito.
As cotas atuais já estão estabelecidas para concursos públicos em 30% o que caracteriza uma injustiça muitas vezes.
Até quando toleraremos esse discurso vitimista?
Nunca houve isso no brasil.
Você está na africa do sul?
Nunca houve qualquer política de segregação racial nesse país.
Você não é menos que um branco. Você deve ocorrer em igualdade de condições.
Essa senhora é mais das autoridades judiciárias que tem como maior princípio do ordenamento jurídico brasileiro o “princípio da relativização pela conveniência”! Já temos ideia da conveniência dela.
O inimigo já foi identificado pela presidente do STM: homem branco, hétero e de classe média.
O que podemos esperar dessa advogada progressista promovida a juíza por indicação política do Partido dos Trabalhadores?
Onde estão os atributos mínimos de um magistrado estabelecidos na Lei Orgânica da Magistratura (LOMAN)?
Neste país a “corrupção da virtude” é generalizada e institucionalizada!
A importância do poder judiciário é incontestável. Não existe civilidade sem um poder judiciário isento que aplique a lei e promova a justiça.
O Brasil possui essa instituição?
Todos sabem que essa senhora têm projeto de poder pessoal que é a indicação para o STF.
A pergunta que fica: quais instituições e autoridades da cúpula da república que efetivamente estão a serviço do interesse público?
País onde até o passado é incerto!
Não tem que ter pauta nenhuma tem apenas que aplicar a lei nos casos concretos que chegarem até o STM e ponto. Oh mania de querer dar pitaco no assunto dos outros e não fazer o seu!!!
Feminista, sabe como é né?
Ganha muito para lacrar.