Braga Netto aderiu a tentativa de golpe para não “voltar à planície”

 (Crédito: Adriano Machado)

A convicção da cúpula militar sobre o motivo de Braga Netto abraçar a tentativa de golpe
Bela Megale
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta Walter Braga Netto como a liderança da tentativa de golpe de Estado com Jair Bolsonaro. Integrantes da cúpula militar têm convicção de que a principal motivação do general para se envolver no plano de ruptura democrática não foi ideológica, mas sim pragmática.

É consenso entre membros do Alto Comando que Braga Netto não queria deixar de fazer parte do núcleo duro do poder e “voltar para planície”. Entre os integrantes da cúpula das Forças Armadas não há dúvidas de que o general da reserva agiu para evitar a posse de Lula e promover a ruptura institucional.

Integrantes de alta patente chegaram a atuar nos bastidores para defender generais, como Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, mas lavaram as mãos sobre Braga Netto. A justificativa é que foi o general que, antes de qualquer mobilização, abandonou a Força, ao determinar o ataque a seus pares que se recusavam a aderir ao plano golpista.

Desde o governo Bolsonaro, o comportamento subserviente que o general adotou em relação ao então presidente, quando se tornou seu ministro, causou incômodo e decepção em parte do Alto Comando. Braga Netto se tornou o nome de maior confiança de Bolsonaro que, mesmo sem o general ter o poder de atrair votos, o escolheu como candidato ao seu posto de vice.

Preso desde dezembro por obstrução de Justiça no âmbito da investigação do golpe, o militar apresentou, na última sexta-feira (7), a sua defesa ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na peça, os advogados afirmam que a peça do Ministério Público é um “filme ruim e sem sentido” e criticam o acordo de delação premiada firmado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Braga Netto foi denunciado pela PGR pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça contra patrimônio, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa. As penas máximas somadas podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
O GLOBO

6 respostas

  1. Quem não escuta cuidado, acaba ouvindo coitado!
    Águia não voa com urubu ou com corvo!
    Foi se deslumbrar com o poder, agora será consumido pelo poder.
    E o mais importante de tudo é a lição que ficou: INOCENTE É O HOMEM QUE CONFIA EM OUTRO HOMEM!

  2. Tudo isso porque não quiseram escutar o Analistas de Cibersegurança do Exercito que confirmou que não teve fraude nenhuma. Ao contrário disso, preferiram escutar os Olavistas bitolados… preferiram escutar o filho Carlos fanatizado.
    Agora que aguente as Consequências.
    Parabéns aos Cmt do EB e FAB da época que não entraram nessa sanha golpista.

  3. “Pragmática”?

    Assim é dizer que um general de “4 estrelas” age não pela pátria, mas por interesses financeiros e patrimoniais.

    É isso mesmo?

    Passei a vida toda no quartel ouvindo que eles se motivam por questões nobres e desinteressadas. Tudo em prol do país.

    Mentiram pra mim?

    Mas, mentir também não era coisa que eles fizessem.

    Já não entendi nada…

    P.S.: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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