Forças Armadas registram 162 militares detidos por crimes sob a Justiça comum e militar, além de transgressões disciplinares
Daniela Santos, Maria Eduarda Portela
As Forças Armadas abrigam, em suas estruturas, um total de 162 presos por crimes sob competência da Justiça comum e militar, além de pequenas transgressões. O perfil desses encarcerados é, majoritamente, de homens, jovens e de baixa patente — os chamados praças.
O Metrópoles questionou, via Lei de Acesso à Informação, as três Forças sobre as características dos seus presos militares. Do total, 15 presos são oficiais — militares de alta patente, como capitães, tenentes, generais. No entanto, a maioria das prisões é referente aos chamados praças, ou seja, servidores com pouco poder dentro das Forças Armadas. São exemplos desse grupo os soldados, cabos, sargentos e marinheiros.
Entenda
- As Forças Armadas possuem 162 militares detidos por crimes sob a Justiça comum e militar, além de transgressões disciplinares.
- Todos os presos são homens, e a maioria jovens e de baixa patente, como soldados, cabos e sargentos.
- Dos presos, são 127 do Exército, 27 da Marinha e 8 da Aeronáutica.
Em relação às idades, a Marinha e a Aeronáutica somam 17 presos com idade inferior aos 40 anos. O Exército não enviou as informações detalhadas sobre as idades de cada preso, mas informou que elas variam entre 19 e 68. O mais velho é um capitão da Aeronáutica, de 72 anos.
Para a advogada e pesquisadora Débora Nachmanowicz de Lima, o índice reflete o perfil geral dos militares das Forças Armadas, formado majoritariamente por homens e praças, além da natureza das atividades que cada grupo desempenha.
“Eles [praças] estão mais no dia-a-dia, no monitoramento, nas viaturas, além de serem a maior parte da Força. Eles estão mais suscetíveis a cometerem crimes militares ou não, e transgressões”, pontua a especialista.
“Não que os oficiais não estejam nas ruas. Podem ter oficiais de baixa patente nas ruas, coordenando missões, etc. Só que, de certa forma, existe um protecionismo no julgamento da Justiça militar sobre esses oficiais e as maiores patentes. De fato, serão muito poucos aqueles que vão presos”, complementa.
METRÓPOLES
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“Eles [praças] estão mais no dia-a-dia, no monitoramento, nas viaturas, além de serem a maior parte da Força. Eles estão mais suscetíveis a cometerem crimes militares ou não, e transgressões”, pontua a especialista”…
Muitas das vezes, o corporativismo impedem das denúncias contra oficiais, sairem dos muros dos quartéis.
Esses of São os mesmos q são votados nas eleições e viram nossos representantes ! Impressionante a cabeça do pracinha
e qual é o perfil dos ladrões do dinheiro publico que foi descoberto pela lava jato, e o perfil dos governantes que desviaram os recursos recebidos para combater a COVID?
mais ou menos igual ao vendedor de joias, entende ?!
AH coitado!
descobriram que praça não tem o msm tratamento, falta descobrir que ganham mal tbm
“Gurizada” puxando uma cadeia, esse é o Brasil ….
Quando cumprirem a pena todas serão soltos.
O cajado no lombo do praça sempre bateu mais forte.
todos que participaram eram capazes, não havia nenhum analfabeto, fizeram porque quiseram. Essa é a verdade que ninguém quer contar. Arriscaram a sua carreira, a segurança das suas vidas e famílias por puro idealismo de direita.
Classificá-los, agora, como pobres coitados (estavam sendo escravizados?), de baixa idade (o que é uma mentira) e que eram de baixa patente ou praças, é corporativismo na veia. Nada a ver os atos praticados, é pura desculpa para defender sem ter os argumentos.
Se hoje os magistrados e legisladores estão constestando (e cortando) os nossos poucos direitos, que ainda justificam ser militar, é muito por consequência desses fora da lei golpistas.
Lugar de esquerdista é na prisão e vc parece ser um deles