Tribunal só teve uma mulher como ministra em mais de 200 anos de história: sua atual presidente
Cézar Feitoza, Catia Seabra
Brasília – O presidente Lula (PT) avalia indicar uma mulher para a vaga no STM (Superior Tribunal Militar) que se abre com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, em abril. A corte só teve uma mulher em suas fileiras em mais de 200 anos de história.
Dois nomes são os principais na corrida pela indicação: as advogadas Verônica Sterman e Edilene Lôbo, que também é ministra substituta do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Verônica Sterman, 40, foi advogada da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e do ex-ministro Paulo Bernardo em casos da Lava Jato. Ela também defendeu o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) em processo na Justiça Eleitoral de São Paulo sobre doações ilegais para campanha política.
Com apoio de Gleisi e Alckmin, Sterman foi cotada para uma vaga do TRF-3 (Tribunal Regional Federal) no ano passado. Seu nome, forte na disputa, acabou preterido depois de apelos do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e de sindicalistas em favor do advogado Marcos Moreira de Carvalho.
Segundo relatos, a opção por Carvalho, em agosto de 2024, contrariou até mesmo a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, simpática à escolha de uma mulher para o cargo.
Mas, na ocasião, pesaram os argumentos de Marinho e do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges Júnior, em prol da nomeação de um aliado histórico. Moreira foi secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de São Bernardo do Campo de 2009 a 2016, na gestão Marinho.
Hoje, aliados do presidente apostam na indicação de Sterman como forma de reparação. Para outra ala, no entanto, esse não deveria ser o critério de seleção.
Nesse contexto, surge o nome de Edilene Lobo, 55, a primeira ministra substituta negra da história do TSE. Ela foi escolhida por Lula para o cargo em 2023, em vaga reservada para a advocacia, e tem mandato até agosto deste ano.
Ela possui um histórico de consultorias prestadas ao PT e, há cerca de 20 anos, advoga para o partido e parlamentares petistas.
Edilene entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) em nome do Partido dos Trabalhadores pela primeira vez em 2005. Tratava-se de um processo do PT de Minas Gerais contra o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) por acusações feitas pelo político na CPI dos Correios. A ação acabou sendo negada pelo Supremo.
Três ministros do STM ouvidos pela Folha reagiram com estranhamento à possível indicação de advogadas ligadas a petistas para o tribunal militar. Um deles disse que já vê avanço dos progressistas na corte e avaliou que o gênero dos cotados não deveria ser considerado para a escolha.
Candidatos homens em baixa
Por causa do apelo à indicação de uma mulher para o STM, dois homens apoiados por ministros do governo e do STF perderam força nos bastidores pela indicação.
José Levi Mello do Amaral Júnior, que foi ministro da AGU (Advocacia-Geral da União) no início do governo Bolsonaro, teve o nome cogitado para uma vaga no STM ainda durante a transição de governo.
Um de seus padrinhos era o ministro do STF Alexandre de Moraes. Ele foi consultado sobre a indicação e apoiou o plano, segundo o relato de duas pessoas a par da articulação.
Levi foi secretário-geral do TSE durante a gestão Moraes. Cursou o ensino médio no Colégio Militar de Porto Alegre, de 1991 a 1993, mas decidiu seguir carreira nas ciências jurídicas e sociais. Tem boa relação com oficiais-generais.
O ministro José Mucio (Defesa), por sua vez, defende a indicação do chefe das Relações Institucionais da pasta, Rafaelo Abritta.
Abritta é advogado da União de carreira desde 2001. Passou pela Casa Civil e pelo Ministério da Economia antes de assumir a função na Defesa. É descrito por pessoas próximas como discreto, com bom trânsito entre militares, políticos e magistrados.
Em 2015, atuou na defesa da ex-presidente Dilma Rousseff durante o julgamento das pedaladas fiscais, escolhido pela Advocacia-Geral da União para representar o governo no TCU (Tribunal de Contas da União).
FOLHA – Edição: Montedo.com
Respostas de 17
Sem mulher, sem homem, sem nada.
Avacalhaçao, daqui a pouco vai ta cheio de petistas, esquerdistas ou ptralhas. Reajam 🍉🍉🍉
Ué, o bozo nomeou um pastor, um terrivelmente evangélico e você ficou calado , não reclamou…para de mi-mi-mi.
Se quer reclamar, seja coerente e reclame também de bolsonaro na nomeação para o STF.
Entao o STM deve encher de petistas? Qual a fama de petistas? Reveja os seus valores, comparar com evangélico??? Vc é sem noção 😡😡😡
Ser so evangélico não afasta a corrupção.
Basta ver a corrupção dentro do MEC com evangélicos…esqueceu?
E lembre Se Que o Tarcísio, governador de SP era do governo pTista e virou a casaca, assim que bolsonaro venceu as eleições.
Da uma pesquisada na nomeação dele onde era…
E Wal Do Açaí, funcionária lotada no gabinete de bolsonaro em Brasília, paga com dinheiro público, que NUNCA saiu de Manbucaba, em Angra dos Reis, para cumprir expediente em Brasília.
Então o que ela fazia lá em Mambucaba, para receber esse salário.
Dica, é vizinha da casa que bolsonaro tem lá.
Melhor acabar logo com esse tribunal
Vai ta? Ou já tá? Thomas Paiva comandante esquerdista inimigo dos praças. Restante dos Generais da ativa e reserva todos coviniente com esse descaso e chacota com a forças armadas.
Ministro do STM achar estranho?! Deve ser piada, tem ministro ali que Nunca Passou nem na porta da faculdade de direito.
Aos poucos todos os órgãos estão sendo aparelhados.
Faz o l.
Onde estava você, quando bolsonaro nomeou o terrivelmente evangelico para o STF?
Para de mi-mi-mi, vc fez o B e se calou
Quais sao os seus valores? Apoiar ações do PT (Partido das Trevas) !!!
E vc?! Apoia o Bolsotrevas e os trevangélicos?!
Irrelevante quem será a nomeada.
Aliás,esse STM é irrelevante para o Judiciário.
O atual decano – ministro civil -, quando nomeado, era advogado do BACEN. A “experiência em direito militar” que tinha era como advogado do Banco Central !?!
Precisa mais desenhar sobre a insignificância desses nobres ministros e dessa instituição?
“A corte só teve uma mulher em suas fileiras em mais de 200 anos de história”
se houver desigualdade no acesso a cargos públicos, o problema não está na desigualdade em si, mas nos critérios e nas barreiras que impedem a igualdade de oportunidades. A solução, portanto, não deve ser simplesmente garantir cargos a determinados grupos, mas sim revisar os critérios e as condições de acesso para que todos possam competir de maneira justa.
Se os critérios de seleção forem verdadeiramente objetivos, transparentes e acessíveis, qualquer pessoa qualificada, independentemente de gênero ou classe social, terá as mesmas chances de alcançar altos cargos. O foco deve estar na correção de distorções históricas sem comprometer princípios como mérito e eficiência na administração pública.
Qual analfabeto teria mais moral que a petista de carteirinha, isso é fato.