MS: família atravessa o país para resgatar mulher mantida em cárcere há 10 anos por militar do Exército

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Sob ameaças, militar da reserva proibiu a mulher de manter contato com a família

Thatiana Melo, Lívia Bezerra
Campo Grande – Uma mulher de 35 anos e que era mantida em cárcere privado por um militar do Exército aposentado, de 53 anos, foi resgatada em Anastácio, cidade distante 134 quilômetros de Campo Grande. O resgate aconteceu no fim de novembro, mas o caso veio à tona somente nesta segunda-feira (30) após os familiares da vítima viajarem cerca de 2 mil quilômetros em uma força-tarefa montada pela polícia.

Segundo informações obtidas pela reportagem do Jornal Midiamax, a vítima é casada com o militar há 17 anos e ambos moravam no estado do Amazonas. O casal possui uma filha de 8 anos e um menino de 6, que nunca tinham conhecido nem mesmo a avó materna.

Em determinado momento, o militar foi transferido para o município de Aquidauana e o casal se mudou para a cidade sul-mato-grossense. Residente em Aquidauana, a vítima passou a ser mantida em cárcere.

Anos sem ver familiares
Desde que chegou, o militar do Exército lotado em Mato Grosso do Sul proibiu a mulher de manter contato com a família, fazendo ameaças. De acordo com a investigação, ela chegou a ficou uma semana sem tomar banho e era constantemente dopada por remédios.

A família da mulher descobriu o endereço do casal e alguns parentes viajaram do Amazonas até Aquidauana para tentar levá-la embora. Contudo, o militar não deixou que a esposa levasse os filhos. Por isso, ela optou por permanecer no local. Apesar da vítima ter optado por ficar na residência, os familiares temiam pela vida dela.

Ainda conforme informações obtidas pelo Jornal Midiamax, o militar causava medo na mulher. Ele alegava que caso ela procurasse a polícia, as autoridades iriam tirar os filhos dela, visto que ele era militar e a esposa ‘não era nada’.

Posteriormente, o militar – em posse de um motorhome – saiu da cidade com a mulher e os filhos, indo para a região da Bolívia, onde deixou os familiares da vítima sem notícias por cerca de quatro meses. Porém, a mulher conseguiu avisar a mãe que estava bem.

Tempos depois, o casal se mudou para Anastácio, cidade onde a mulher continuou vivenciando o pesadelo. Lá, a mulher não podia sair de casa e sequer falar com seus familiares pelo celular. O aparelho era supervisionado pelo militar.

Colega de trabalho salvou a vida da mulher
Logo, um parente da vítima que reside no Amazonas comentou com uma colega de trabalho sobre a situação que a mulher vivia. Durante a conversa, o familiar relatou que precisava ajudar a mulher, momento em que a colega lhe disse que Mato Grosso do Sul possui o Promuse (Programa Mulher Segura). O programa realiza o monitoramento e proteção das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Assim, a vítima poderia sair do cárcere com ajuda do programa. Então, os dois entraram em contato com os responsáveis do programa na Capital sul-mato-grossense, que direcionaram para o 7° BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Aquidauana.

Foi aí que iniciou-se uma força-tarefa para resgatar a vítima e foi descoberta a casa onde a ela morava com o militar e os filhos. Com isso, as equipes do CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher) do município e do Batalhão da PM foram até imóvel.

Ao chegar na casa, as equipes chamaram pela vítima, mas foi percebido que ela não queria atendê-los, possivelmente por ter medo da polícia. Em seguida, um dos integrantes da equipe informou à vítima que a mãe dela é quem teria mandado os policiais irem até lá.

Diante disso, a mulher foi até o portão da residência, momento em que os policiais notaram que a mesma estava tremendo e aparentemente sob efeito de remédios. Na casa, foi percebido uma situação insalubre.

Ao se aproximar da equipe, uma das militares disse que a mãe da vítima queria que ela fosse embora e iria mandar meios para sua locomoção. Neste momento, a filha de 8 anos da mulher pediu que a mãe aceitasse. Porém, o militar havia saído com o filho caçula, então o menor não estava em casa.

Em seguida, a militar afirmou que, de alguma forma, poderia conseguir encontrar o filho da vítima com o militar para que pudesse deixá-lo com a mulher. Contudo, ela ficou relutante e optou por não ir embora.

Com isso, a militar conversou com a genitora da vítima e orientou que ela fosse até Anastácio. Então, as equipes ficaram cerca de um mês em contato com os familiares, que decidiram viajar até Mato Grosso do Sul. A viagem custou cerca de R$ 17 mil reais devido a longa distância entre os estados.

Assim, a mãe e o irmão da mulher saíram do interior do estado do Amazonas e viajaram cerca de 2.100 quilômetros até Anastácio, com apoio do Promuse e CRAM. Ao chegar no município, os familiares foram até a residência da vítima com ajuda da polícia, onde o militar aposentado deixou que a esposa fosse embora, mas afirmou que não deixaria que ela levasse o filho de 6 anos.

Diante da recusa, a militar explicou que, mesmo ele sendo pai e não ter registro de boletim de ocorrência em seu desfavor, a mãe tem o direito de viajar e levar os filhos. Então, o militar cedeu e a vítima foi resgatada do cárcere, sendo encaminhada para a delegacia.

Na delegacia, foi registrado boletim de ocorrência e uma medida protetiva foi solicitada pela mulher. Logo, a medida foi deferida pelo Poder Judiciário. Em seguida, a vítima e seus familiares precisou ficar uma semana em um hotel devido ao alto custo das passagens, até que finalmente viajassem para o Amazonas.

Durante o resgate da mulher, foi observado pelas autoridades policiais que o motorhome do militar estava lotado de mantimentos e roupas, apontando suspeitas de que ele estaria prestes a sair da cidade novamente com a esposa e os filhos. Leia mais.
midiamax

 

27 respostas

    1. Otário…. militar tbm paga impostos.
      . A gente fez concurso e fomos aprovados com a idade de 16 anos. Faça as contas, se é que consegues, e veja quantos anos foram trabalhados pela lei e vamos para Reserva
      e ainda continuaremos a pagar o (INSS)

      1. Parem as máquinas!!! temos aqui o único brasileiro que começou a trabalhar (vamos chamar brincar de escoteiro de trabalhar) aos 16 anos. Merece muito se aposentar ganhando salário integral aos 50 anos. Força, guerreiro!

      1. Bozo que permaneceu pouco tempo no Exército, considerado indigno para a Força, vazou alçado para a política, onde menos se trabalha neste país. Deputado por 28 Anos, apresentou 2 projetos.

        1. Esse pelo menos trabalhou enquanto esteve no Exército, pior o molusco que cortou o dedo para se aposentar, ficou um mandato de Deputado, dois de presidente, não trabalha desde 1979 e ficou rico dando palestras, apesar de só possuir a oitava série, resumindo é um gênio.

    2. Agora o único problema neste país é a idade que o militar se aposenta.

      Já pesquisou sobre as “tetas” do judiciário?

      E as “tetas” dos nobres parlamentares federais (deputados e senadores)?

    3. E a casta privilegiada do Judiciário e dos Políticos por todo o Brasil? Quem banca? Será que eles Também juram defender a Pátria com o Sacrifício da Própria vida?

  1. A “vitima” casouśe com o militar aos 18 anos de idade, novinha, e ele com 36. Certamente não sabia que o militar poderia ser transferido para outras localidades. Enquanto residia em sua terra natal estava tudo bem? O suposto cárcere aconteceu depois que mudaram de cidade e a suposta “vitima” foi viver com seu marido longe de sua família? Queria saber também como uma viagem dessas de 2100 km custou tão caro? Esse suposto resgate com apoio de órgãos públicos não caracteriza abandono de lar sob a tutela do Estado?

    1. Abandono de lar?
      Meu camarada o seu conhecimento jurídico é mínimo.
      “Por fim, deve ficar claro que a antiga ideia de abandono de lar, como um fantasma para a mulher que sai de casa por medo de violência doméstica, é um mito urbano que não existe. Esse bicho papão não tem mais qualquer efeito na realidade atual. O que há, na realidade, é a questão da usucapião familiar como garantia de direitos daquele que sofreu o abandono contra o cônjuge ou companheiro que partiu voluntariamente (ou seja, não para se proteger de violência!) e que não mais se interessou pelo bem estar emocional ou financeiro de sua família. “

    2. Eu quando passei para a reserva fui ser consultor do Sebrae/AM. Para chegar em alguns municípios era preciso pegar dois aviões. De Manaus até Eirunepé uma viagem de 3:40 minutos com passagem em torno de 2000, e outro trecho de mais 500 reais.

  2. Aos fatos! O que esse militar tinha na cabeça para causar tanto mal e essa pobre mulher? Precisa de apoio Psicólogo essas Famílias militares que vai e vem do Amazonas, tenho visto muita gente doente, Depressivas por deixar seus familiares e ter dificuldade de adaptação na região Amazônica. No quesito Assistência social o EB aidna engatinha, apesar da imensa demanda que existe devido as Características da profissão que exige mudança de norte a sul. Algo tem de ser feito no sentido de APOIAR A FAMILAI MILTIAR além dos 0,16 centavos cuja simbologia nos diz muita coisa!!!!

      1. Isso aqui não é um texto Jornalístico seu burro! Estamos Escrevendo em um blog informal sem colocar a minha marca meu camarada intelectual de Fóruns….

    1. A verdade é a seguinte, o militar chega nessa regiões, muitas delas paupérrimas, sendo
      visto como sendo “rico”, num primeiro momento conquista a novinha gatinha e casa, é transferido e a leva para uma nova realidade onde ela não se adapta, aí começa o infortúnio, no caso dele não vivi o dia a dia para julgar o que aconteceu, no presente momento vejo a história contada apenas por um dos lados, entretanto, no final das contas ele perdeu tudo, e ainda está arriscado a segurar um processo, certamente vai pagar uma pensão alimentícia de 30 por cento no mínimo, enquanto isso, a vítima retorna ao seu local de origem com a pensão, Concluindo o devido processo legal comprovado os fatos ferro nele, caso contrário, será absolvido mais continuará com a Pensão Alimentícia e a reputação na lama, melhor era ter ficado solteiro.

      1. O fato de “matar” uma novinha por 20 anos já valeu a pensão para o resto da vida! Agora o negocio é pedir a reserva e trabalhar de pedreiro para complementar a renda kkkk

  3. Tomando por base alguns comentários que militares se aposentam com 53 anos. Muitos civis não sabem que existem guarnições especiais onde o militar “ganha” 8 meses a cada dois anos servindo nesses locais. Entre idas e vindas militar ficou 12 anos no nortao e acrescentou 4 anos tempo de serviço.
    Civil fica doido mas pede para fazer um concurso e depois ir morar no meio do Amazonas pra ver se quer ???

  4. Fake news, sei do caso, a venda da casa dele nem citaram, $$ que a esposa quer não conta? Ela é pastora, vivia na igreja , até célula de oração tinha, que cárcere privado nada, viajava todo feriado. Uma pena julgarem o camarada assim, sem saberem a verdade.

  5. Cárcere privado? em abril de 2024 ela estava na casa do pai dela em Manaus!!! Em julho viajando nas praias do nordeste! Meus deus, contem toda a história, o camarada em questão nunca fez nada disso! e concordo com o Tenente Coronel Ponderador, ela faz parte da igreja quadrangular, vida social normal.

  6. Cárcere é crime hediondo, se fosse verdade o camarada já ficava na grade automático, tem caroço nesse angu, não acreditem na primeira coisa que falam, e outra 10 anos de cárcere sendo que eles moram lá a 7 anos? Alguma coisa errada não esta certa!

  7. Mentira meus nobres, não houve cárcere privado. O que houve foi uma tentativa de denegrir a imagem dele, e conseguir $$$, já comprovado.
    Hoje no Brasil é fácil inventar um crime ou notícia, não existe nenhuma denúncia contra o Subtenente, os fatos foram narrados somente por um lado da história (conforme lhes convém).
    E Agora, quero ver quando começar a chover processo contra quem escreveu essa ESTÓRIA e reparação de danos, e ainda existe pessoas que são contra quando se fala em regulação de internet, como se recuperar de uma fake news desse tamanho???

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