Braga Netto contrata ex-advogado de Zé Dirceu e muda estratégia de defesa

General Braga Netto foi preso no Rio de Janeiro.
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

 

Preso no Rio desde o último sábado (14), sob a acusação de tentar obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, o general Braga Netto mudou de advogado.

 

Segundo o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, a família do general destituiu o advogado Luis Prata e contratou José Luis Oliveira Lima, um dos criminalistas mais respeitados do Brasil.

Oliveira Lima foi advogado de defesa de José Dirceu no mensalão. Ele também advogou para o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, alvo de acusações de assédio sexual e fez a delação do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro na Operação Lava-Jato.

Nova estratégia
O novo advogado já delineou a nova estratégia de defesa no inquérito onde o general foi indiciado por trama golpista, acusado de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Sem delação
Em entrevista a jornalista Malu Gaspar, de O Globo, Oliveira afirmou que não planeja partir para a delação premiada.

Segundo interlocutores da família do general, ele acredita poder reverter a prisão com sua versão sobre os dois principais episódios que complicaram sua situação.

Foi só uma foto
Sobre o primeiro deles, uma reunião em seu apartamento em Brasília em novembro de 2022 com um grupo de oficiais das Forças Especiais do Exército, os chamados kids pretos – que, segundo a PF, tinha como objetivo executar um plano de golpe de Estado –, Braga Netto diz que foi apenas um encontro para tirar uma foto com o coronel Raphael Oliveira.

O oficial foi um dos participantes de uma operação chamada de Copa 2022, em que militares se distribuíram por Brasília em locais por onde passava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, como parte de um plano que incluiria até o sequestro do magistrado e o assassinato dp então presidente eleito Lula e o vice eleito, Geraldo Alckmin.

A história da foto com Braga Netto, aliás, é corroborada pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, em sua delação premiada.

Caixa de vinho e general Cid
Para o general, porém, aí termina a credibilidade de Cid. O tenente-coronel afirmou em seu último depoimento à PF, em 5 de dezembro, que Braga Netto entregou dinheiro para financiar os golpistas em uma caixa de vinho. Disse, ainda, que o candidato a vice na chapa de Bolsonaro à reeleição procurou seu pai, o também general Mauro Lourena Cid, para tentar saber o que ele havia dito na delação – o que para a PF representou uma tentativa de obstruir a Justiça.

Em sua argumentação, Braga Netto dirá que Cid falou o que falou sob pressão, e que não é possível que em nenhum dos depoimentos anteriores ele tenha se lembrado desses fatos.

Com O Globo

5 respostas

  1. Lá se vai o dinheiro que tiraram dos veteranos e pensionistas, enfiaram no bolso através de uma falsa meritocracia. Aqui se faz aqui se pagam. Ainda que os homens não consigam fazer justiça, perante o senhor nada vai passar despercebido.

  2. É, aqui se faz, aqui se paga. Sabia que não podia fazer o que fez, mas assumiu o risco e embarcou nessa lambança. Cresceu o olho no poder. Agora será massacrado pelo poder que tentou usurpar juntamente com o arruaceiro do Planalto!

  3. Com esse advogado o STF libera ele rapidinho. Advogado deve ser chapa dos ministros. Para libertar o Zé Dirceu, sabe o caminho. Acertou em Cheio na troca.

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