Ministro da Defesa tem se queixado de que precisa cuidar da saúde; mudança pode ser incluída em reforma ministerial mais ampla
Geralda Doca
Brasília – Dois anos após ser escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Ministério da Defesa, José Múcio Monteiro sinalizou a intenção de deixar o governo. Sua indicação ao cargo, ainda durante o período de transição, teve como objetivo buscar uma pacificação com os militares. Ao ser indagado se pretende sair, Múcio brinca e diz que “depende do presidente”.
Segundo auxiliares próximos, contudo, o ministro tem se queixado de que precisa cuidar da saúde. Com 76 anos, tem sido cobrado pela família a se cuidar mais.
Em conversas reservadas, o ministro tem dito que o presidente precisa encontrar alguém com perfil “paciente” para substituí-lo no posto. Um dos nomes cotados, segundo mostrou o jornal Folha de S.Paulo, é o do vice-presidente, Geraldo Alckmin, que hoje acumula o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço. A ideia é que ele troque de pasta.
A avaliação de interlocutores do ministro da Defesa é que o cargo precisa ter um nome de peso, uma vez que necessita ter o respeito das tropas. Ao assumir o cargo, Múcio precisou contornar desconfianças mútuas diante da suspeita de envolvimento de militares em tentativa de golpe. Com o avanço das investigações e a prisão de oficiais das Forças Armadas, o ministro costuma repetir que as práticas ilícitas foram cometidas por indivíduos, numa tentativa de blindar a instituição da vinculação com atos antidemocráticos.
O governo e os militares convivem bem no momento, mas não são amigos, costuma dizer Múcio de forma reservada.
A mudança na Defesa pode ser incluída na reforma ministerial que Lula avalia fazer no início da segunda metade do seu mandato. As trocas devem envolver também a Secretaria de Comunicação Social, comandada pelo ministro Paulo Pimenta. O presidente já declarou estar insatisfeito com a área em seu governo.
Mal-estar após propaganda Marinha
Uma das últimas surpresas negativas foi o vídeo divulgado pela Marinha em comemoração ao Dia do Marinheiro. A peça gerou desconforto por colocar em campos opostos civis e militares, numa crítica indireta à inclusão das Forças no pacote fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Posteriormente, o vídeo foi removido dos perfis oficiais da Marinha.
Após o episódio, o governo orientou que campanhas publicitárias produzidas pelas Forças Armadas deverão passar pelo aval do Ministério da Defesa antes de serem divulgadas. A medida é mais um movimento da gestão de Lula para tentar evitar politização das tropas.
O GLOBO – Edição: Montedo.com
12 respostas
Se o Alckmin for o substituto não é a primeira vez que isso acontece sobre a gestão desse Senhor. Durante o seu primeiro mandato de 2004 a 2006 o Vice Presidente José Alencar acumulou também esse cargo, isso demonstra a completa insignificância de importância que este governo dá aos militares, é um ministério com “m” minúsculo tão insignificante para ele dentre os mais de trinta existentes em seu governo, que não exige dedicação integral de quem o ocupa, e ainda vejo gente aqui achando que ele é o “cara”.
Próximo ministro vai ser o Jean Wyllys
Possíveis voluntários: Alckmin, Rodrigo Pacheco, Lewandowski e por fim Dilma Rousseff.
Vão sentir saudades dele quando o Alckmin assumir…
O barco tá afundando e o cara já percebeu. Abandonar o navio, isto não é um exercicio
Dilma a melhor opção.
Pela “importância” dada a esse ministério coloca o “picolé de chuchu” mesmo.
quem acha que tá ruim, sempre pode piorar!
É isso pode abrir vaga para o comandante daniel?
Agora que está totalmente reabilitado pelo stf.
Iiiii????
Pronto. Parece que vai colocar um QE agora
Senhores, com exceção da Engenharia que contrói e traz desenvolvimento para o País, as outras armas estão apenas de enfeite, salvo raras situações (infantaria que ajuda na distribuição de água no nordeste e alguns pontos de patrulhamento na fronteira). Então um vice assumir a pasta, é na medida da importância, uma pedida certa. Confessem, não damos retorno algum ao País, salvo as exceções acima mencionadas.
Alexandre de morais pra ministro da defesa