Governo coloca militares como responsáveis pelo deficit, diz Mourão

Poder Entrevista com o Vice-Presidente Hamiltom Mourão com o repórter Nicholas Shores. | Sérgio Lima/Poder360 18.out.2022

 

Senador critica cortes previstos para integrantes das Forças Armadas e afirma acreditar que medidas resultarão em “economia falsa”

 

Naomi Matsui
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou na 4ª feira (4.dez.2024) acreditar que os cortes que miram os militares resultarão em uma economia menor do que os R$ 2 bilhões previstos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ele cita como exemplo os cortes sobre a “morte ficta”, quando os familiares de militares expulsos continuam recebendo os benefícios.

“O governo quis fazer um pacote de economia, mas que é uma economia falsa. […] A discussão da ‘morte ficta’ não chega a 100 pessoas que recebem esse recurso. A tão propalada economia de R$ 2 bilhões, na minha visão, não vai ocorrer”, afirmou ao Poder360.

O projeto com cortes para os militares ainda não chegou ao Congresso. Mourão, que é general da reserva, já adianta que votará contra.

O senador afirma ainda que o governo tem culpado os militares pelo rombo nas contas públicas.

“[O governo] está querendo colocar os militares como responsáveis pelo deficit quando o deficit é a gastança que o governo vem empreendendo desde o primeiro momento em que começou. É só olhar que a dívida pública estava em 72% do PIB e hoje está em 79%”, disse.

IMPACTO PARA MILITARES
No sábado (30.nov), Lula se reuniu com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e com os comandantes das Forças Armadas para tratar sobre o tema.

A equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad, quer mudar as regras do salário mínimo, de benefícios sociais e da aposentadoria dos militares para poupar R$ 327 bilhões até 2030. Os militares querem detalhes do governo de como as alterações serão implementadas.

Leia abaixo como o governo quer cortar gastos em relação ao grupo:

  • Previdência – será fixada a idade mínima em 55 anos. Hoje, não há o piso, só tempo de serviço (35 anos para quem entrou depois da aprovação da Lei nº 13.954, de 2019);
  • “morte ficta” – vai acabar. Ocorre hoje quando militares são considerados inaptos para o serviço e são expulsos. São considerados mortos, mas seus familiares mantêm os benefícios, recebendo o salário;
    contribuição para o plano de saúde – serão equalizados os valores cobrados de todos os integrantes das Forças Armadas. Hoje, há quem pague até 3,5% sobre o salário. Mas esse percentual é menor em vários casos;
  • transferência de pensão – será extinta. Embora essa transferência tenha acabado em 2001, quem já havia contribuído anteriormente seguiu mantendo o benefício. Para militar que contribuiu, quando há caso de morte, a pensão fica para a viúva. Se a viúva morrer, as filhas recebem. Se uma filha morrer, a outra fica com a parte integral. É isso que se pretende acabar agora.

Leia mais.
PODER 360 – Edição: Montedo.com

7 respostas

  1. Esse senhor idoso teve tudo na mão para melhorar a situação dos militares mas, passou só viajando e fazendo campanha política, agora vem tentar se colocar como um defensor dos militares.
    Depois de Senador pelo falido( em todos os sentidos) estado do Rio Grande do Sul, vai para o STM, depois poupex e pra terminar, uma boquinha de pttc no clube Militar. Depois quem empobrece o país é o terceiro que saiu ontem da Escola.

  2. Mourão, com seus penduricalhos, poderia declinar quanto ganha, para que vermos se está falando a verdade. Está é com medo de perder alguma regalia. Ainda mais que mama nas tetas do governo em duas frentes.

  3. Esses senhores que tinham o dever de zelar pela tropa fizeram de tudo pra aprovar uma lei em benefício deles. Além disso, desceram as partes mais baixa causando um prejuízo moral sem precedentes a tropa.

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