Reuniões do Alto Comando do Exército em meio à tentativa de golpe ainda são um ponto nebuloso

RACE 304

 

Reuniões não são gravadas, não têm atas e não se entra com celular

 

Lauro Jardim
As 884 páginas do inquérito que investigou o golpe são fartas em revelações. Mas há um ponto ainda nebuloso em relação aos militares e às articulações golpistas: o que os 16 generais de quatro estrelas do Alto Comando do Exército discutiram sobre o tema em suas reuniões no segundo semestre de 2022, quando a articulação pró-virada de mesa escalou?

Já se sabe, de acordo com o que um dos conspiradores disse à época, que no colegiado “cinco não querem, três querem muito e os outros zona de conforto”.

Até que ponto, porém, o assunto foi debatido nessas reuniões que não são gravadas, não têm atas, nas quais não se entra com celular e onde, de acordo com um ex-participante, “o pau quebra quando tem que quebrar”? Que posição cada um tomou ou foi tomando ao longo daqueles meses?

Afinal, participavam das reuniões tanto o golpista Estevam Theophilo, hoje preso, como o comandante Freire Gomes, que, em depoimento disse a Jair Bolsonaro que o prenderia se ele tentasse um golpe.

Novas investigações podem trazer luz a essa interrogação.
O GLOBO – Edição: Montedo.com

12 respostas

  1. É simples deduzir.

    Muitos oportunistas, que não condenaram nem aderiram às tratativas.

    Simplesmente aguardaram o desenrolar dos acontecimentos: se o “golpe” desse certo se apresentariam de pronto como adesistas e loucos por cargos na alta Administração.

    Como chafurdou, se dizem agora que sempre foram legalistas.

    Sei…

  2. Se esses serviçais da Polícia Federal trabalhassem estariam investigando a Canja com seus 35 milhões de dinheiro público gastos em festinha particular.
    Polícial Federal já entra ganhando 15 mil, salário de milico oficial em final de carreira.

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