Exército amplia número de adidos no exterior

Transmissão da Aditância do Exército Brasileiro junto aos Estados Unidos da América (AdiEx EUA), do General de Divisão Ulisses de Mesquita Gomes para o General de Brigada Everton Pacheco da Silva. (jul 2023)

Países com representantes da força terrestre vão passar dos atuais 56 para 64

Daniel Rittner, Jussara Soares

Brasília – Diante de um cenário geopolítico cada vez mais hostil, que inclui o maior volume de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial, o Exército Brasileiro ampliará sua rede de adidos no exterior.

Tendo a Ásia como um dos principais focos de expansão, o número de representantes da força terrestre passará dos atuais 56 para 64 países.

Desse total, hoje existem adidos próprios do Exército atuando junto às embaixadas e missões brasileiras em 30 nações.

Eles ainda estão acreditados oficialmente, ou seja, têm sua atribuição estendida para outros 14 países — onde não são residentes, mas representam a força terrestre.

Na reformulação em andamento, o Exército passará a ter adidos próprios em 33 localidades e acreditados em outras 22.

Nos demais países, a representação se dará por meio de adidos da Aeronáutica ou da Marinha, que “emprestam” seus serviços ao Exército — o contrário também ocorre. Ou em sistema de rodízio entre as três forças. É o chamado adido “tudão”, como se costuma chamar na comunidade diplomática.

As expansões vão sair por meio de decreto presidencial e já constam da nova edição das Diretrizes para as Atividades do Exército Brasileiro na Área Internacional (Daebai).

O trabalho para a elaboração das diretrizes foi conduzido pela 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército (EME).

A lista dos países é mantida em reserva, mas a CNN apurou que alguns países da Ásia passarão a ter adidos do Exército. O continente é visto pela força terrestre como uma região sensível, de disputa geopolítica, com aumento de tensões e ameaças.

De acordo com o Instituto de Pesquisa para a Paz de Oslo, havia 59 conflitos armados ativos no mundo em 2023 — o maior número desde 1946.

A presença dos adidos, no entanto, não busca apenas mapear riscos bélicos ou geopolíticos.

Eles também podem ter, como função, o estabelecimento ou o aprofundamento de diálogo com governos e empresas locais para a compra e venda de produtos de defesa, cooperação militar, organização de atividades conjuntas.

CNN BRASIL

12 respostas

  1. “Geopolítica” coisa nenhuma.

    Mais sinecuras para premiar alguns militares áulicos que levarão suas famílias para passear e fazer turismo no exterior.

    Simples assim.

  2. Já começa o gasto muito antes, na indicação. O indicado e família fazem inspeção de saúde para missão no exterior e se tiver qualquer problema de saúde é resolvido antes da viagem, por exemplo, odonto faz tudo na frente de todo mundo. Ganha diárias (dólares), além dos vencimentos normais, não paga nada enquanto estiver por lá – luz, água, etc – apenas comida, cheio de auxiliares – Praças altamente serviçais – os quais ficam por vezes por duas audiências. Ou seja, verdadeira fazenda prêmio. Que venham falar que se trata de inveja.

  3. Em tempos de crise e de alta tecnologia criar Adidos É mais uma forma de embutir melhorias salariais aos salários dos oficiais, ou estou enganado?

  4. Enquanto isso os soldados são liberados porque não tem alimentação nos quartéis.
    “Exercito que falta pão, até recruta tem razão”.
    Sentimos vergonha e raiva ao mesmo tempo porque não falta dinheiro, falta vergonha.
    Meio expediente porque não tem café, gasolina, etc. A população precisa saber, até porque é ela que paga a conta.
    “tou certo ou tou errado”

  5. Expectativa do praça da tropa: habilitar idioma e concorrer ao processo seletivo de aux adido. Realidade: quem vai é o peixe que serve com o adido em Brasília.

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