Lula recebe Múcio e comandantes após reunião sobre corte de gastos

General Tomás e demais comandantes em cerimônia do Dia do Exército: continência ao presidente Lula Ricardo Stuckert/ Presidência da República

O presidente assinou a promoção de oficiais generais das três Forças e, oficialmente, não tratou sobre o corte de gastos na Defesa. Múcio e comandantes estiveram com Haddad mais cedo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta quarta-feira (13/11) com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes das três Forças Armadas em meio à pressão para incluir benefícios dos militares no pacote de cortes de gastos.

Segundo fontes da Defesa e e do Planalto ouvidas pelo Correio, o encontro não tratou do tema. Oficialmente, foi uma solenidade para assinar a promoção dos oficiais generais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, que ocorre todos os anos.

A cerimônia é considerada uma das mais importantes pela cúpula militar, por tratar da promoção de oficiais de carreira. Estiveram presentes os comandantes do Exército, general Tomás Paiva; da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno.

Os três trataram sobre o corte de gastos mais cedo, em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado de Múcio. O governo federal quer incluir as Forças Armadas nos cortes, com redução de benefícios para parentes de militares e mudanças na previdência da carreira.

Previdência militar é deficitária
Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) publicado em junho, o deficit na previdência militar é 16 vezes maior do que o deficit do INSS. Um militar causa em média, ao ano, rombo de R$ 159 mil, enquanto um aposentado ou pensionista, de R$ 9,4 mil.

Estender a tesoura para a ala militar foi uma forma encontrada pelo governo para mitigar o impacto dos cortes em políticas sociais e, consequentemente, na popularidade de Lula. Porém, o petista quer negociar com os militares para evitar um mal-estar. Ele iniciou seu mandato em tensão com a caserna, especialmente após os ataques de 8 de janeiro e evidências de participação de oficiais em uma tentativa de golpe de Estado.

CORREIO BRAZILIENSE

15 respostas

  1. Se existe um déficit está nas pensões que dependem dos descontos. Já o pagamento dos militares inativos é de fundo orçamentário e não previdenciário.

  2. Em matéria de despesas com pessoal há muito o que cortar:
    – intercâmbios no exterior.
    – pensão por morte Fícta.
    – redução ou extinção de temporários (oficiais e praças)
    – redução de efetivo de oficiais generais e superiores.
    – extinção e fusão de organizações militares e comandos.

    Já pode começar por aí.

  3. Não é pra comparar com o INSS, mas sim com outros poderes Legislativo e Judiciário, além de outras carreiras, como Receita Federal, PRF, PF, CGU…

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