Inquérito do golpe: depoimentos de novos militares intrigam Mauro Cid

Mauro Cid deixa sua casa, em Brasília, para prestar depoimento ao STF — Foto: Cristiano Mariz

 

Cid não entende por que general e quatro coronéis só foram ouvidos agora, no momento em que a PF diz estar concluindo a investigação

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou a colegas de Exército que ficou intrigado com o depoimento à Polícia Federal nesta semana de um general e quatro coronéis no inquérito que investiga a tentativa de golpe.

Segundo militares próximos a Cid, desde que a notícia dos depoimentos veio à tona, ele buscou seu advogado e colegas da caserna para entender por que o general e os quatro coronéis só foram ouvidos agora, no momento em que a PF diz estar concluindo a investigação.

Nas conversas, de acordo com os relatos, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse não acreditar na versão de que o nome dos militares teriam aparecido em novas mensagens encontradas em arquivos recuperados pela PF de aparelhos eletrônicos de Cid.

O tenente-coronel mandou notícias a esses aliados, segundo os mesmos relatos, mostrando que a Polícia Federal tem, desde a época da operação Lava Jato, software isaraelense que permite acessar conteúdos apagados ou na nuvem de celulares e computadores.

Cid, vale lembrar, fechou acordo de delação premiada com a PF e falou sobre a tentativa de golpe. O acordo já foi homologado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O militar espera agora seu julgamento pelo Supremo, que decidirá o tamanho de sua pena.

Quem prestou depoimento à PF
O general da ativa que prestou depoimento à PF foi Nilton Rodrigues, atual comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, na Amazônia. Na época dos fatos, ele era assistente do general Freire Gomes, que comandou o Exército em 2022, último ano do governo Bolsonaro.

À época, conforme a coluna noticiou na quinta-feira (7/11), Nilton Rodrigues ainda era tenente-coronel. Ele só foi promovido a general de Exército em 31 de março de 2023, em ato assinado pelo presidente Lula e pelo atual ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

Já os coroneis ouvidos foram: Anderson de Moura, Fabrício de Bastos, da ativa, e Carlos Giovani Pasini, da reserva. Anderson e Carlos foram indiciados pela PF na semana passada por participar da elaboração de uma carta que pressionava as Forças Armadas a adeir a um golpe após a eleição de Lula em 2022.

Um quarto coronel, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, que também é da ativa, também foi chamado a prestar depoimento à Polícia Federal nesta semana. A investigação contra o militar, contudo, está suspensa após ele conseguir uma liminar judicial nesse sentido.
METRÓPOLES

6 respostas

  1. É simples novos fatos que tentou omitir diante da delação premiada para proteger um Ex presidente que simplesmente o jogou no lixo e ainda se propõe a defender o ex presidente Jair Messias Bolsonaro que todo mundo sabe na hora k é aquele cagão que a gente conhece na vida militar e quem não conhece nenhum?. Não fui eu que falei,não fui eu que dei a ordem? Foi da cabeça do praça etc…..quem nunca viu um desses?. Só fazer uma comparação com um ex presidente Jair Messias Bolsonaro o falso Messias.

  2. Claro que entende perfeitamente, só quer justificar o injustificável por vergonha ou, para se eximir de algo. Já fez isso antes e voltou para Prisão.

    Vai trabalhar na poupex, gboex, Cabidex como civil, nem nos clubes de oficiais
    ( entidade particular) poderá Vampirar.

  3. Intrigado fico eu com a conduta de um Quase ex militar, até então com muitos meritos na caserna, FE, virar Falsário, camelo de joias Pertencentes ao povo brasileiro, Partícipe de Golpe de Estado, oficial do Exército com uma bola de ferro presa ao tornozelo por uma corrente de imoralidade e crimes, vir a ficar “intrigado”.

    Por onde anda a Indígena, Arauto dos valores de seu povo e castrenses, propaganda do bolsonarismo ?

    Onde anda o oficial da Marinha ( R2 ) cantado em prosa e verso como exemplo na área da educação? entre outros…

    Será a tática de Stalin? apagar das fotos determinadas pessoas…

  4. Esse general não teria como ser “de” Exército com esse tempo de interstício. No máximo, um general “do” Exército.

    Os nomes só surgiram agora porque se aparecessem antes, combinariam os depoimentos.

    Tic, tac, tic, tac…

    Em breve teremos kids preSos

  5. “Inquérito do golpe: depoimentos de novos militares intrigam Mauro Cid
    Cid não entende por que general e quatro coronéis só foram ouvidos agora, no momento em que a PF diz estar concluindo a investigação”
    Houve um erro de avaliação aí:
    A “defesa da democrácia” avaliou que CID seria um elo fraco , preso, retirado da lista de promoção e mantido isolado inclusive de familiares; “nada”. Então aparecem chances de delação premiada e outras vantagens para que dissesse o que eles queriam, mas ninguém sabe o que foi dito (sigiloso)
    Como último recurso os casca grossa e um promovido a general (no atual gov) “O general da ativa que prestou depoimento à PF foi Nilton Rodrigues, atual comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, na Amazônia. Na época dos fatos, ele era assistente do general Freire Gomes, que comandou o Exército em 2022, último ano do governo Bolsonaro.
    À época, conforme a coluna noticiou na quinta-feira (7/11), Nilton Rodrigues ainda era tenente-coronel. Ele só foi promovido a general de Exército em 31 de março de 2023, em ato assinado pelo presidente Lula e pelo atual ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.”
    Alguma esperança?
    Quanto tempo de investigação?
    Quantas folhas tem o inquèrito? será igual o IPM 709?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo