Petista quer imolar a preparação das Forças Armadas a fim de apagar a inação diante do fogo no País
Marcelo Godoy
Por que um líder político não pode propor ideias originais? Essa pergunta deve ter passado pela cabeça do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. Uns podem dizer que a experiência de passar mais de dez anos na Presidência da República autorizaria qualquer um a buscar soluções para problemas pungentes, como a crise do fogo que ameaça não só as florestas, mas a vida de todos, inclusive a dos confortavelmente instalados em suas salas de jantar nas metrópoles do Sudeste do País.
Foi a partir desse pressuposto que Lula resolveu dar sua contribuição à Defesa Nacional. No dia 17, em reunião no Planalto com os chefes dos demais Poderes, o petista revelou o que propôs em uma longa conversa ao ministro José Múcio (Defesa) e ao general Tomás Paiva, comandante do Exército.
“A sugestão que eu dei para ele é que, daqui para frente, todos os 70 mil recrutas que são convocados para as Forças Armadas todo ano, e a gente não tem guerra, portanto, não precisa preparar ninguém para a guerra, porque a gente não vai querer guerra, que essa meninada seja preparada para enfrentar a questão climática.” (Lula)
Eis a solução. Lula esquece o mundo em que vive, que a Ucrânia também não queria a guerra. Conflagrações ameaçam escalar como não se via desde a Guerra Fria, com a rivalidade estratégica entre EUA e China, o imperialismo russo e as ações de Israel no Oriente Médio. Tudo isso pode parecer distante à maioria das pessoas, assim como para Lula.
O petista parece viver sem prestar atenção à história, apesar de esta se compor dos dramas infinitos de cada pessoa. Lula devia ler a advertência do historiador Marc Ferro. “É possível se fazer um seguro contra o fogo ou contra o roubo, mas não há como se proteger da história.”
No Brasil, o petista quer transformar soldados em bombeiros. E quem dissuadirá as ameaças à nossa soberania? Soldados com pistolas d’água?
Caso não queira ler Ferro, Lula tem uma opção. Pode se dirigir ao Teatro Municipal de São Paulo e acompanhar, na próxima sexta-feira, a estreia da nova montagem da ópera Nabucco, de Verdi. Se em três mandatos não aprendeu a importância da Defesa, talvez, assistindo ao espetáculo tome ciência da tragédia que pode acompanhar um chefe incauto, como Zedequias. Lula veria o drama de Zacarias, o sumo sacerdote dos hebreus, aquele que pergunta, atônito, como os guerreiros babilônios de Nabucodonosor entraram no Templo. Disfarçados, oras.
No Brasil, o petista quer transformar soldados em bombeiros. E quem dissuadirá as ameaças à nossa soberania? Soldados com pistolas d’água? Em vez de Zacarias da ópera, Lula corre o risco de se tornar outro Zacarias, o ingênuo sorridente do quarteto Os Trapalhões… Enquanto o Brasil arde em chamas, só falta saber quem é o Dedé, o Didi e o Mussum no Planalto.
16 respostas
Uma bêbado descontrolado…somente assim teria explicação para alguém propor uma coisa dessas…
Temos milhares de bombeiros em todo país que devem e podem der utilizados.
As fFAA podem dar apoio lógico e para isso devem ser melhor Equipadas, faltaram Helicópteros no combate às enxentes no sul!
Mais MAFS que são utilizados nos KC390 da FAB!
Parece um texto feito por uma criança birrenta. A realidade e o mundo não são binários só para serem fáceis de entender.
Especializar uma mão de obra para emergências climáticas de grande extensão territorial não apaga a especialização de guerra.
Em sua casa, um eletricista nunca iria se recusar a sanar um vazamento urgente de água, só porque não tem especialização.
Por favor, um pouco de bom senso, o erário já paga profissionais disciplinados com um estrutura organizacional sólida, bastando apenas especialização nas ações de emergências climáticas. Por que não?
A “divisão do trabalho” foi criada justamente pela impossibilidade de um único indivíduo ou organização fazer correto e bem feito muitas coisas diferentes.
FA são especializadas para a guerra. Ou se treina para a guerra ou se treina para outra coisa. As duas ao mesmo tempo não dá.
Por isso que pela “divisão do trabalho” criaram as organizações de “defesa civil” e “Corpo de Bombeiros” para se especializarem em combater incêndios e socorrer a população em caso de calamidades provocadas pelas “mudanças climáticas”.
Usemos a razão e deixemos de “passar pano” para acéfalos que disseminam imbecilidades.
Passemos a aprender de imediato a separar a “tietagem” da “racionalidade”, sob o risco de irmos todos de mãos dadas em direção ao penhasco.
Esse cara ( Lula ) é lunático mesmo.
E quem dissuadirá as ameaças à nossa soberania? Oras… ninguém! Um pais sendo saqueado, sem um Plano Diretor, ninguém sabe onde quer chegar mas todo mundo quer mandar, especialmente onde há dinheiro e riquezas, sendo implodido e esse pessoal vem falar em soberania quando o cupim está dentro, devorando tudo.
Idéia de gênio que vive com a cabeça vazia dentro do ar condicionado. Resta ver que os mandatários locais só têm vocação para arrecadar dinheiro em tributos, fazer obras de casca renovando todos os anos obras em praças e pinturas de prédios além de um arsenal de funcionários, CCs, CLTs e máquinas que não resolvem os problemas estruturais. Para fiscalizar quem está trabalhando e produzindo riquezas, empregos e serviços eles servem.
Excelente texto, com uma pitada de irreverência e sarcasmo no final, a pergunta é cirúrgica, no entanto, Dedé, Didi e Mussum não estão nem aí para o que acontece do lado de fora do buraco onde mantém as cabeças enterradas, como avestruzes.
Se até o ESTADAO criticou a fala….
Só posso concordar com eles!!!
Se escrever o que penso….
O Exército, As mudanças climáticas e um cenário de ameaças globais
O cenário geopolítico mundial está em constante mudança, com tensões crescentes entre grandes potências e conflitos regionais que afetam a segurança global. A rivalidade estratégica entre EUA e China, a guerra na Ucrânia e as ações militares de Israel no Oriente Médio são apenas alguns exemplos de como o mundo está cada vez mais volátil. Embora o Brasil esteja geograficamente distante desses conflitos, sua posição estratégica e seus recursos naturais o tornam um ator importante, especialmente na América do Sul. Além disso, o país enfrenta desafios internos que exigem uma postura ativa de suas Forças Armadas, com destaque para o Exército Brasileiro, para se preparar não apenas para ameaças externas, mas também para os efeitos das mudanças climáticas.
As mudanças climáticas já são uma realidade global e seus impactos são sentidos em diversas áreas, incluindo a segurança. No Brasil, os efeitos podem ser ainda mais dramáticos, com aumento da frequência de eventos extremos, como enchentes, secas prolongadas e desastres naturais. Regiões como a Amazônia e o Pantanal, que já sofrem com o desmatamento e incêndios, podem se tornar áreas ainda mais vulneráveis, exigindo uma presença mais ativa das Forças Armadas para auxiliar na prevenção e no combate as crises ambientais.
O Exército Brasileiro já tem um papel relevante na preservação da Amazônia, atuando em operações de combate ao desmatamento ilegal, garimpo, assistência as populações ribeirinhas, ao tráfico de drogas além da segurança nas fronteiras, mas essa atuação precisa ser adaptada e intensificada às novas demandas. Para enfrentar as mudanças climáticas, o Exército deve desenvolver capacidades de resposta rápida a desastres naturais, implementar programas de resiliência ambiental em áreas estratégicas e colaborar com instituições científicas para monitorar e mitigar os efeitos dessas mudanças.
Além das questões climáticas, o Exército Brasileiro necessita estar preparado para lidar com um cenário de crescente instabilidade geopolítica. O Brasil, embora tradicionalmente mantenha uma postura de neutralidade e não intervenção em conflitos internacionais, não pode se permitir ignorar as tensões globais. A guerra na Ucrânia mostrou que conflitos regionais podem rapidamente escalar e ter consequências em larga escala, afetando o comércio, a segurança alimentar e as cadeias de suprimentos, dos quais o Brasil é dependente.
Diante disso, o Exército Brasileiro precisa estar equipado não apenas para proteger o território nacional, mas também para garantir que o país mantenha sua capacidade de resposta em um mundo em que o isolamento é cada vez menos viável. Para isso, é crucial investir em modernização tecnológica, treinamentos em cyberdefesa, e fortalecer parcerias internacionais com outros países latino-americanos e com potências globais. O Brasil possui uma posição de liderança regional, pois protagoniza cooperação em segurança e defesa para enfrentar ameaças comuns, como o tráfico de armas e drogas, além de questões ambientais que afetam todo o continente.
O grande desafio do Exército Brasileiro será equilibrar a defesa da soberania nacional com a necessidade de enfrentar os efeitos das mudanças climáticas de maneira sustentável. O Brasil possui recursos naturais imensos, como a Amazônia, que é vital para a regulação climática global. Portanto, o papel das Forças Armadas está para além da proteção das fronteiras físicas; elas precisam atuar como guardiãs do patrimônio natural do país.
Isso significa que o Exército necessita de investimento para que consiga desenvolver e incorporar práticas sustentáveis em suas operações, reduzir sua pegada ambiental e desenvolver tecnologias verdes que possam ser aplicadas tanto em tempos de paz quanto em momentos de crise. As mudanças climáticas e os conflitos geopolíticos não são problemas isolados, e a capacidade do Brasil de responder a ambos de maneira integrada será crucial para garantir a segurança nacional no longo prazo.
O Brasil enfrenta desafios significativos tanto no âmbito das mudanças climáticas quanto no cenário geopolítico global. As Forças Armadas, especialmente o Exército Brasileiro, têm um papel imperiosos nesse contexto, não apenas na defesa da soberania nacional, mas também na mitigação dos impactos climáticos e na preparação para as novas ameaças que surgem em um mundo em constante movimento. Para isso, é necessário um planejamento estratégico com investimento adequado, que inclua modernização, sustentabilidade e uma visão proativa frente as demandas no cenário internacional. Apenas assim o Brasil estará preparado para enfrentar as crises que se prenunciam, protegendo tanto seu território quanto seu próprio futuro.
Se Fosse ideia de um Militar, mau Militar, certamente de General ao Soldado estariam dizendo:
Que visão! Que Patriotismo! Isso que faltava…preparar as Tropas, especializar, formar, pagar…afinal, como é sabido por alguns, na guerra também há incêndios e, não se pode dissociar a defesa da Pátria e a defesa da sociedade, optando por um ou outro.
Aposentados, Incautos e Sem Vergonhas em geral, além de Aproveitadores políticos e Aspirantes a uma teta Nos legislativos, iriam para frente dos Quartéis, incentivados pela Paúra servil dos Comandantes, gritar, se ajoelhar, rezar e aplaudir a maravilhosa ideia.
Então, o certo ou errado depende do torcedor no Fla-Flu dos Ruminantes, simples assim.
Quando o inimigo descobrir que só tem bombeiros nas Forças Armadas do Brasil, eles nem vão precisar se prepararem tanto para um conflito, nossos soldados estarão apagando fogo.
Aqui, o soldado recruta já não atira muito durante o serviço militar obrigatório.
Agora imaginem se essa ideia imbecil seja colocada em prática…
Não existem mais PSIQUIATRAS nesse País?
Creio estar precisando no judiciário, no executivo e também no leigislativo aqui, deve ser para tratar medo e pânico
Bomm é que se forem bombeiros Militares, continuam sendo militares….Kkkk agora se for bombeiros civis, daí a vaca vai para o brejo.
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