General resiste a depor no caso Marielle e defesa do réu sugere alerta sobre condução coercitiva

 

Caso Marielle: General resiste a depor, e Rivaldo pede alerta sobre condução coercitiva

 

João Paulo Saconi
Chefe do Estado-Maior do Exército, o general Richard Nunes está sendo notificado para depor ao STF sobre episódios relacionados ao Caso Marielle, em 2018. O aviso parte da defesa do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio preso sob suspeita de ter ajudado a articular e acobertar o assassinato da vereadora. Rivaldo incluiu Nunes na lista de testemunhas a seu favor, só que o militar resiste ao chamado para falar mais uma vez sobre o tema. Motivo: a imagem das Forças Armadas.

O general Nunes foi o responsável por bancar a indicação de Rivaldo para a chefia da Polícia Civil, na véspera da morte de Marielle. O movimento na intervenção militar na segurança pública do Rio, seis anos atrás, e contrariou uma indicação em sentido contrário da inteligência da Civil. Cada um desses passos consta no relatório da PF sobre Marielle.

Durante a investigação, Nunes foi ouvido por policiais federais. Na versão dele, a indicação de Rivaldo foi responsabilidade sua. E o histórico de serviços do delegado teria se sobressaído à contraindicação feita pela área de inteligência. Costuras políticas, segundo Nunes, não estariam por trás da escolha. O delegado, por sua vez, nega envolvimento no crime.

Embora tenha falado à PF, Nunes está evitando comparecer diante do Supremo para repetir as alegações. Um auxiliar dele disse à defesa de Rivaldo ontem, por telefone, que o general entende já ter prestado esclarecimentos. Mais que isso: diz o subordinado que “o Comando do Exército entende que a presença do Chefe do Estado-Maior (no depoimento) poderá comprometer a imagem da Força”.

Negativa e justificativa foram repassadas a Alexandre de Moraes, relator do caso. Advogados de Rivaldo insistem que Nunes deponha, já que as declarações à PF não teriam poder testemunhal, devendo ser feitas perante Judiciário. Mais que isso: pedem que Moraes alerte Nunes sobre o risco de ser conduzido coercitivamente até a oitiva, por causa da recusa.

Quando depôs à PF, em 2023, Nunes ainda não estava à frente do Estado-Maior do Exército (órgão ligado ao comandante e responsável por planejar e empregar as forças terrestres). A chegada ao cargo aconteceu só em março deste ano, com nomeação assinada por Lula.
Lauro Jardim (O GLOBO) – Edição: Montedo.com

10 respostas

  1. Tomara quê vá sob vara.
    Ninguém tá acima da lei.
    E os 4,5% de reajustes nos soldos SÓ PRA BURROS.
    E o mais irônico é que vala a partir do dia da mentira 1° de Abril. É muita chacota com os milicozinhos.

  2. Se for isso mesmo (se negar a ir), está devendo.

    Preocupado com a imagem das FFAA? Sei.

    Se realmente ele indicou um bandido para tomar conta da ordem, a sociedade quer saber o porquê dessa escolha, simples assim. Não só o judiciário.

  3. A lei é igual para todos ou não? Quem não deve não teme. Imagem? Já está avacalhada a muito tempo, ninguém.mais liga pra Forças Armadas. Só os ribeirinhos, os desalojados, os vacinados, os desabrigados, os isolados ou seja, quando o estado é fraco os militares são fortes

    1. Esse tal de “José” deve ser um infiltrado para colher pareceres de militares. Aconselho que não devamos dar palpites neste Blog, em virtude de pessoas infiltradas. Hora, se o General já deu seu parecer, antes de ser o Chefe do Estado Maior do Exército, querer fazer um chefe de Estado Maior ser constrangido? podemos até desconfiar de Perseguição as Forças Armadas.

  4. Será que o receio do homem da guerra é desmaiar nos braços de Xandão ou de um PF?
    Nossa imagem basta observar nos desfiles de setembro.
    Nossa imagem basta observar como somos tratados pelo governo.
    Nossa imagem basta observar o reajuste pífio de 4,5% a partir do dia da mentira.
    Nossa imagem basta observar os cortes orçamentários feito pelo governo do amor.

  5. Ele foi avisado a subsecretaria de Inteligência “contraindicou o nome de Rivaldo”, mas que ele manteve a nomeação, “tendo em vista que a contraindicação não se pautava de dados objetivos”. O Rivaldo é um bandido e o Richard foi avisado, Rivaldo foi nomeado para o comando da Polícia Civil um dia antes ao assassinato de Marielle. Rivaldo foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de planejar os homicídios. Richard tem que explicar esta nomeação. Admiro muito o Ministro Alexandre de Moraes, homem de coragem, XANDÂO nele !

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