Comandante da FAB diz que caça indiano Tejas pode ser opção complementar ao Gripen

 

Brigadeiro Damasceno afirmou à imprensa indiana que “o Tejas é uma das opções para nosso segundo ou terceiro caça”

 

Fernando Valduga

Nova Delhi (Índia) – O Tenente-Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), revelou que o Brasil pode considerar a aeronave de combate leve HAL Tejas da Índia como uma possível adição à sua frota.

Damasceno se encontrou com o Marechal-Chefe do Ar Indiano V.R. Chaudhari e o Chefe do Estado-Maior do Exército, General Upendra Dwivedi, esta semana.

Em declarações à mídia indiana, Damasceno confirmou a exigência da FAB por “plataformas de caça adicionais” para complementar sua frota atual, particularmente o Gripen E.

A Força Aérea Brasileira opera o Saab Gripen E, mas com os jatos F-5 mais antigos se aproximando da aposentadoria até 2030, a necessidade de novas aeronaves se tornou urgente. Damasceno destacou que a FAB planeja colocar em campo uma frota composta por dois a três tipos diferentes de aeronaves de caça. Embora o Gripen continue sendo um componente central dessa estratégia, o Tejas está sendo considerado como uma das opções para preencher essa lacuna.

“O Tejas é uma das opções para nosso segundo ou terceiro avião de caça”, ele foi citado como tendo dito pelo Times Now.

Durante sua viagem, ele receberá uma demonstração em primeira mão do jato de combate indígena Tejas Mk1A da Índia, bem como do Helicóptero Utilitário Leve (LUH) e do Helicóptero de Combate Leve (LCH) Prachand nas instalações da Hindustan Aeronautics Limited (HAL) em Bengaluru.

Durante essa visita, ele inspecionará o Tejas e explorará o potencial de aquisição. O Tejas, um caça monomotor e multifuncional com extensos componentes indiano, já está em uso pela Força Aérea Indiana, que fez pedidos de mais de 200 unidades.

Além dos jatos de caça, os helicópteros são outra prioridade para o Brasil. Damasceno destacou a necessidade de cerca de 24 novos helicópteros para a FAB, incluindo alguns para operações na região amazônica e para esforços de alívio de enchentes. Helicópteros indianos, como o Dhruv e o Prachand, estão sendo considerados para atender a essa exigência. “Temos sete esquadrões de 12 helicópteros cada e estamos procurando mais, talvez 24 novos helicópteros… Consideraremos helicópteros indianos”, disse ele.

Helicópteros LCH Prachand.

Helicópteros LCH Prachand.
A visita do comandante brasileiro segue uma série de reuniões de defesa de alto nível entre a Índia e o Brasil. No início da semana, Damasceno se encontrou com o chefe do Estado-Maior do Exército Indiano, General Upendra Dwivedi, e o chefe do Estado-Maior Naval, Almirante Dinesh K Tripathi, para discutir o aprofundamento da cooperação bilateral em defesa. As discussões incluíram trabalho conjunto em drones, satélites espaciais e a potencial transferência de tecnologia.

O Brasil também está oferecendo sua aeronave de transporte Embraer C-390 Millennium para a Índia. O C-390, com dois Memorandos de Entendimento (MoUs) em vigor com a Mahindra para potencial fabricação na Índia, é visto como um concorrente do C-130 americano. Damasceno enfatizou a confiabilidade da aeronave, tendo registrado 15.000 horas operacionais com uma taxa de manutenção superior a 97%.

O avião de transporte e reabastecimento aéreo KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira em voo – Matti Blume/Wikimedia Commons

Uma delegação de alto nível da Embraer está concluindo uma visita à Índia para explorar a expansão de sua cadeia de suprimentos no país. Em uma declaração oficial, a empresa disse que vê fornecedores potenciais em áreas como aeroestruturas, usinagem e desenvolvimento de software.

Como ambos os países são membros do BRICS e compartilham interesses geopolíticos semelhantes, o fortalecimento da cooperação militar consolida ainda mais seu relacionamento estratégico.

CAVOK – Edição: Montedo.com

19 respostas

  1. Lá vem a política meter o bedelho onde não sabe…

    Vão empurrar essa Carniça na FAB da mesma forma que fizeram com aquelas tralhas Russas que não duraram 10 anos!

    1. Em 2030 sai de operação os AMX. O teua seria Para substituir esse vacuo.
      Entretanto eles devem compra 80 kc130.
      Fazendo parte da Produção em seu pais.
      E 9 brasil passaria a produzir helicópteros Indianos aqui. Bem como as expertise de manutenção do teja

  2. A opção agora é a caça ao arroz e o feijão que estão caros. Não é hora pra comprar armas de guerra. Ninguém vai guerrear com o Brasil vai destruir solo que dá comida? Essas licitações é só pra encher o bolso da alta igual a dos helicópteros russos que não servem pra nada mais. Vem pra cá Trump!

    1. Mas se compra F18, F16, F22 os EUA bloqueiam tudo. Sobretudo se entrar em conflito com aliados deles. Como a guerra das lagostas que os EUA proibiram o Brasil de usar os contratorpedeiros da classe Fletcher. Melhor seria mesmo caças chineses, russos.

  3. Fornecedor único significa dependência de somente uma nação. Isso significa fraqueza, pois nunca saberemos quem será o agressor.
    Obviedades, mas para quem acredita em terra plana, em gripezinga que mata 500 mil, e diz que o exercito é desnecessario, pois as milícias podem fazer a segurança nacional junto com as pms e escoteiros, obviamente são analfabetos funcionais e precisa desenhar um ensaio mínimo sobre geopolítica, pois com certeza nunca ouviram falar em estrategia nacional de defesa!!

    1. Cara vc é um tremendo idiota, vc acha que todo conservador acredita que a terra é redonda. Aliás a termo acima é pouco, jumennnnnttttooo seria melhor. O pior é você que acredita que o Luladrão é inocente.

  4. ‘Mundo só tem dois caminhos nos próximos anos: uma grande guerra ou uma nova pandemia’, diz Bill Gates

    Aos 69 anos, bilionário cofundador da Microsoft faz previsão sombria para as próximas décadas!!

    O descaso com as Forças Arnadas irá nos custar muito caro. E está muito perto isso…
    Aqueles que hoje são contra as Forças serão os primeiros a cair no campo de batalha!!!

  5. Que tal o jato sino-paquistanês J-10 ? Parece bem interessante !
    Quais os requisitos da FAB para o 1º caça ? Interceptador e ataque ?
    E para o 2º caça ? Bombardeiro ? E para o 3º ? Naval ? Algum especialista poderia esclarecer ?

  6. Meu Deus…… Porquê fazem isso com o Brasil? Essa pequenina aeronave nem a Índia os usa em grandes quantidades. É tão pequeno que acho que é menor que o “gripinho”. No dia que o Brasil tiver militares nacionalistas que realmente defendam os interesses deste país, jamais se falará em “comprar” essas porcarias. O Brasil, pelo seu gigantismo precisa de aeronaves de combate grandes, com grande capacidade de combustível para alcançar rapidamente qualquer ponto deste imenso território. Dizem por aí que antes do fx, a aeronave escolhida tinha sido os shukoi MAS, como sempre o controlador (eua) vetou a compra na hora. SU-34????? Nunquila…….com essas aeronaves vocês chegam fácil a maiami…fecham todo o atlântico sul…e por aí vai….. Se quiserem, autorizamos o gripinho e olhe lá…..

  7. Claramente uma decisão política, se pegar dos Chineses e do Russos vem embargo, vai vão átras dos indianos e pegar essa bomba.

    Isso é sinal que o projeto do Gripen está com problemas, são 36 caças e até agora só tem 7 operacionais. A FAB já estava átras das sucatas dos F-16. Um projeto sensacional que pelo visto vai por água abaixo, se invadirem hoje estamos lascados…

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