O texto que vai abaixo foi publicado no espaço de opinião da Folha de São Paulo. É inacreditável que o maior jornal do País abra espaço para um “troço” destes.
Alistamento feminino nas Forças Armadas é ilusão de igualdade
Decreto não concede às mulheres os mesmos direitos dos homens após a passagem para a reserva
Nina Rosa de Lima
Advogada, é especialista em direito administrativo e municipal e membro da Comissão da Mulher Advogada e da Comissão de Gestão Pública e Controle da Administração Pública da OAB-PR
O decreto 12.154, publicado no último dia 27 de agosto, regulamenta o alistamento militar voluntário de mulheres no Brasil e foi recebido por muitos como um avanço na igualdade de gênero. Uma análise mais aprofundada, contudo, revela que essa iniciativa está longe de ser um verdadeiro progresso.
Ao contrário: o decreto parece ser uma manobra midiática, projetada para criar a falsa impressão de que o governo federal está comprometido com a causa das mulheres, enquanto na realidade mantém e reforça disparidades entre os gêneros no âmbito militar.
O decreto, assinado pelo presidente Lula e pelo ministro da Defesa, José Múcio, permite às mulheres se alistarem voluntariamente aos 18 anos, sujeitando-se a um rigoroso processo de seleção que inclui critérios físicos, culturais, psicológicos e morais. À primeira vista, parece um passo importante para a inclusão. No entanto, as condições apresentadas mostram que o alistamento militar feminino, tal como proposto, não oferece as mesmas oportunidades que as concedidas aos homens.
Isso porque o decreto não concede às mulheres os mesmos direitos que para os homens após a passagem para a reserva. Enquanto os homens são integrados a uma reserva remunerada, as mulheres, após o desligamento do serviço ativo, passam a compor uma “reserva não remunerada”, sem garantia de direitos. Essa distinção reflete uma visão arcaica e discriminatória que ainda permeia as instituições de defesa.
Além disso, a seleção das mulheres é muito mais rigorosa que a dos homens. O decreto menciona avaliações física, cultural, psicológica e moral! Desde quando isso equivale aos padrões exigidos para os homens? Isso sugere que os requisitos foram desenhados para desestimular o ingresso de mulheres nas Forças Armadas.
Outro ponto importante é a obrigatoriedade do serviço militar feminino após a incorporação, uma vez que as voluntárias não poderão desistir sem sofrer penalidades. Trata-se de uma armadilha disfarçada de oportunidade, já que, após um processo de seleção exaustivo, as mulheres são obrigadas a cumprir um serviço que não oferece as mesmas condições de carreira ou benefícios concedidos aos homens.
O decreto busca mais acalmar a opinião pública do que promover uma verdadeira igualdade de gênero. Ao manter as mulheres em uma posição de inferioridade e sem os mesmos direitos após o serviço militar, o governo federal deixa claro que a defesa dos direitos femininos pode ser usada como bandeira política, mas está longe de ser uma prioridade.
Em vez de uma reforma que reconheça e valorize o papel das mulheres nas Forças Armadas, o que se vê é um ato político para mascarar a realidade. Trata-se de um esforço para silenciar a voz feminina que clama por igualdade real no serviço militar, mantendo-a subjugada por um sistema que ainda prefere deixá-las à margem.
Esse decreto não passa de um ato simbólico (assim como seu lançamento simbólico ocorreu na cerimônia de comemoração dos 25 anos do Ministério da Defesa), que, longe de promover a igualdade, perpetua as desigualdades de gênero em uma instituição que deveria ser um bastião da justiça e da igualdade. O que há, na realidade, é mera retórica vazia.
FOLHA – Edição: Montedo.com
Comento
A desinformação da autora sobre o assunto é tão escancarada, que prescinde maior análise.
A doutora Nina e eu concordamos quanto à manobra midiática. No mais, creio que faria um bem danado à nobre causídica um retorno aos bancos escolares.
13 respostas
O mesmo jornaleco que pública ataques e inverdades sobre a nossa previdência!!!
….bem que poderia ser incluído no inquérito das Fake News!!!
Você não sabe nada da carreira militar, o soldado do efetivo variável quando acaba o tempo dele, vai embora na reserva não remunerada, essa seleção física, psicológica tbm é feita para os homens, caso a mulher queira ingressar na carreira militar e ser realmente uma militar de carreira basta fazer os concursos que já existem faz algum tempo, estude mais pesquise mais!
Devaneio esse texto! Mas como um sd, independente de sexo, pode ir pra reserva remunerada?? Se entrou pela Lei do Serviço Militar (sem concurso), é óbvio, “Dra” Adovada, que irá pra reserva não remunerada como qualquer outro militar temporário!
“Pseudo jornalistas” opinando ou publicando mentiras propositadamente?
É Ridículo e preocupante uma advogada se dispor a escrever um artigo sobre um tema que desconhece TOTALMENTE e, nem procurou informações que lhe permitissem, pelo menos, NÃO escrever tanta bobagem. Kkkkk
Nina Rosa de Lima é a representação personificada de muitos advogados, os conhecedores da lei, mas nao conseguem nem interpretar.
Resultado da proliferação do curso de Direito em “uni-esquinas” da vida.
Hoje, temos “jurista-de-almanaque” em cada canto das cidades.
Nina Rosa de Lima é a representação personificada de muitos advogados, os conhecedores da lei, mas nao conseguem nem interpretar.
Assino embaixo, acontece em 101% dos casos de advoGADOS de porta de cadeia com menos de 10 anos de profissão, não sei se mentem propositalmente ou seria algum desvio moral grave a nível patológico.
Como chama a doença da mentira costumaz?
Que burra! Da um zero para ela!
Essa “adevogada” deve ter se formado na mesma faculdade que o tal do “Dura Lex”.
Desconhecimento ou mau-caratismo? Tire suas próprias conclusões…
Vocês estão preocupados com a reservera remunerada ou não ?
Estou é preocupado com o que essas futuras soldadas vão passar, já é dificil para as oficiais da saúde, isso que são OFICIAIS ! Imagina as praças…
Sou contra mulher no quartel, não pq elas são mulheres, mas por causa dos HOMENS !
Acreditam na esquerda