Forças Armadas não podem trabalhar sob suspeição, diz Múcio

Cúpula das Forças Armadas presta continência ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (Imagem: Centro de Comunicação Social do Exército)

 

O ministro comentou o inquérito aberto contra 4 militares por carta do golpe; afirmou que serão investigados e punidos

 

Mateus Maia
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse nesta 4ª feira (28.ago.2024) que as Forças Armadas não podem trabalhar sob uma “aura” de suspeição. Ele deu a declaração em resposta a uma pergunta sobre a abertura de inquérito contra 4 militares. Segundo a investigação, eles teriam cometido possíveis crimes ao elaborar uma carta e usá-la para pressionar o então comandante a impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Foram militares de alta patente que resolveram estimular, vamos dizer assim, o fracionamento do bom equilíbrio do Exército, desestimular o trabalho do general. Ele prontamente, competentemente, abriu inquérito, descobriu os culpados e serão punidos. As Forças Armadas para serem fortes não podem trabalhar sobre a áurea da suspeição”, afirmou.

São investigados Alexandre Castilho e Anderson Lima de Moura, coronéis da ativa. E Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso, oficiais (coronéis) da reserva.

Uma sindicância do Exército investigou a participação de 37 militares na produção, assinatura ou disseminação. Foram punidos 26 com penalidades administrativas, sendo 12 coronéis, 9 tenentes-coronéis, 1 major, 3 tenentes e 1 sargento.

Ao menos 11 militares não receberam nenhuma punição. Segundo o Exército, esses oficiais teriam apresentado justificativas consideráveis e, por isso, não foram punidos.

O ministro afirmou que buscou por consensos dentro das Forças Armadas quando assumiu o cargo para acalmar os ânimos daqueles frustrados com a vitória do presidente Lula. “A melhor ferramenta da vida pública é o consenso […] se nós conversarmos as coisas ficam mais fáceis”, declarou.

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6 respostas

    1. O consenso foi aprovado em 2014 pelo Congresso Nacional com aval do TSE e STF; urnas eletrônicas com voto impresso para contagem publica. De uma hora para outra, não se sabe por ordem de quem, se da China ou da Rússia, mudaram tudo e recuaram. Deu no que está dando, ruptura à vista ou à prazo, mas ruptura.

  1. Desafio qualquer jornalista esquerdista me dizer alguma carreira do serviço público que esteja sem reajuste desde 2016. E não me venham dizer que a restruturação contou e foi benéfica para toda tropa.

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