Carla Lyrio Martins tornou-se a primeira Oficial-General das Forças Armadas de 3 estrelas ao assumir o cargo de Major-Brigadeiro em 2023

Imagem: Sargento Johnson/ Força Aérea Brasileira
Patrícia Dias e Carolina Brasil
Rio de Janeiro – Mulheres a partir de 18 anos poderão se alistar voluntariamente, ou seja, diferente do que acontece com os homens e construir carreira. É isso mesmo. Interessadas poderão se apresentar durante o período de janeiro a junho do ano em que alcançarem a maioridade.
Anteriormente, mulheres só entravam nas Forças Armadas após serem admitidas em cursos de formação de suboficiais e oficiais. Os critérios para seleção das voluntárias serão físico, cultural, psicológico e moral. Depois, vem a fase da incorporação, o ato oficial que incorpora a mulher ao serviço militar.
E quais são as patentes elevadas na carreira militar feminina? Hoje, as mulheres podem atuar como tenente, coronel, major e capitão.
Em 2018, 33 mulheres foram recebidas na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro: foi a primeira vez na história do Exército que elas puderam se tornar oficiais e, depois, poderiam chegar à patente de general e até ao comando do Exército.
Mulheres conquistam cargos altos na carreira

Em 2012, Dalva Maria Carvalho Mendes foi promovida à patente de Contra-Almirante, posto mais alto ocupado por uma mulher entre todas as forças armadas até aquele ano. Já em 2023, a médica Carla Lyrio Martins tornou-se a primeira Oficial-General das Forças Armadas de 3 estrelas ao assumir o cargo de Major-Brigadeiro.
Mais de 34 mil brasileiras integram as Forças Armadas, mas a primeira vez que as mulheres puderam ingressar foi em 1980, quando a Marinha criou o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha (CAFRM).
É importante lembrar que não existe na língua portuguesa as formas femininas das patentes. Ou seja, é errado dizer generala, sargenta, coronela e capitã, por exemplo. A forma correta é usar a mesma denominação para homens e mulheres.
Como funciona a nova regra?
Com a nova regra, as mulheres selecionadas não adquirirão estabilidade no serviço militar e comporão a reserva não remunerada das Forças Armadas após serem desligadas do serviço ativo.
Elas poderão, assim como os homens, se alistar voluntariamente.
O Globo –Edição: Montedo.com