Mulheres nas Forças Armadas: Tem “generala”? Conheça as patentes mais altas entre militares femininas

Alistamento militar feminino foi autorizado em decreto a partir de 2025 — Foto: Divulgação Exército Brasileiro

 

Carla Lyrio Martins tornou-se a primeira Oficial-General das Forças Armadas de 3 estrelas ao assumir o cargo de Major-Brigadeiro em 2023

 

Brigadeiro Carla Lyrio, primeira mulher a assumir o posto na FAB
Imagem: Sargento Johnson/ Força Aérea Brasileira

Patrícia Dias e Carolina Brasil
Rio de Janeiro – Mulheres a partir de 18 anos poderão se alistar voluntariamente, ou seja, diferente do que acontece com os homens e construir carreira. É isso mesmo. Interessadas poderão se apresentar durante o período de janeiro a junho do ano em que alcançarem a maioridade.

Anteriormente, mulheres só entravam nas Forças Armadas após serem admitidas em cursos de formação de suboficiais e oficiais. Os critérios para seleção das voluntárias serão físico, cultural, psicológico e moral. Depois, vem a fase da incorporação, o ato oficial que incorpora a mulher ao serviço militar.

E quais são as patentes elevadas na carreira militar feminina? Hoje, as mulheres podem atuar como tenente, coronel, major e capitão.

Em 2018, 33 mulheres foram recebidas na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro: foi a primeira vez na história do Exército que elas puderam se tornar oficiais e, depois, poderiam chegar à patente de general e até ao comando do Exército.

Mulheres conquistam cargos altos na carreira

A contra-almirante Dalva Maria Carvalho Mendes em frente ao 1º Distrito Naval, na Praça Mauá, Rio de Janeiro (Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo)

Em 2012, Dalva Maria Carvalho Mendes foi promovida à patente de Contra-Almirante, posto mais alto ocupado por uma mulher entre todas as forças armadas até aquele ano. Já em 2023, a médica Carla Lyrio Martins tornou-se a primeira Oficial-General das Forças Armadas de 3 estrelas ao assumir o cargo de Major-Brigadeiro.

Mais de 34 mil brasileiras integram as Forças Armadas, mas a primeira vez que as mulheres puderam ingressar foi em 1980, quando a Marinha criou o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha (CAFRM).

É importante lembrar que não existe na língua portuguesa as formas femininas das patentes. Ou seja, é errado dizer generala, sargenta, coronela e capitã, por exemplo. A forma correta é usar a mesma denominação para homens e mulheres.

Como funciona a nova regra?
Com a nova regra, as mulheres selecionadas não adquirirão estabilidade no serviço militar e comporão a reserva não remunerada das Forças Armadas após serem desligadas do serviço ativo.

Elas poderão, assim como os homens, se alistar voluntariamente.

O GloboEdição: Montedo.com

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