Medidas são uma resposta do presidente venezuelano aos protestos de oposição que tomaram o país contra o governo após sua vitória nas eleições. Forças de segurança vão às ruas a partir de quarta (31). Maduro responsabilizou seus principais opositores pelos protestos e disse que ‘a Justiça vai chegar’ para eles.
Por g1
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou o posicionamento das Forças Armadas e policiais nas ruas e comunidades do país a partir desta quarta-feira (31), em meio a protestos nacionais contra seu governo desde sua vitória nas eleições do último domingo (28).
Maduro anunciou a medida em uma reunião conjunta do Conselho de Estado e de Defesa com autoridades de seu governo na tarde desta terça (30) e a informou ao público venezuelano em pronunciamento horas mais tarde. O presidente disse que “quer ver os policiais nas ruas até que haja a consolidação do plano de paz”.
Maduro também convocou seus apoiadores para comparecerem nesta quarta para a frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo, para um protesto em seu favor.
As medidas são uma resposta do governo à onda de protestos de oposição que tomaram o país desde segunda-feira (29), com o anúncio da vitória de Maduro nas eleições com 51% dos votos, segundo dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Os números divulgados pela autoridade eleitoral são contestados pela oposição e pela comunidade internacional, que pedem a divulgação das contagens completas dos votos –um processo que Maduro chamou de “tentativa de desestabilização” do país.
Os protestos em todas as regiões do país, que se estendem até a noite desta terça (30), deixaram ao menos 11 mortos e dezenas de feridos, segundo ONGs venezuelanas. Maduro responsabilizou seus principais opositores, María Corina Machado e Edmundo González, pelos protestos e disse que “a Justiça vai chegar para eles”.
O presidente Maduro responsabilizou seus opositores, Edmundo González e María Corina Machado, “pela violência, pelos mortos e pela destruição” ocorridos no país desde as eleições e disse que “a Justiça vai chegar” para eles.
O procurador-geral venezuelano disse nesta terça que mais de 700 pessoas já foram presas. Nesta terça, Maduro prometeu penas de até 30 anos para os manifestantes presos: “passarão, no mínimo, de 15 a 30 anos na prisão e desta vez não haverá perdão.”
O presidente Maduro responsabilizou seus opositores, Edmundo González e María Corina Machado, “pela violência, pelos mortos e pela destruição” ocorridos no país desde as eleições. “A Justiça vai chegar”, disse Maduro disse Maduro nesta terça (30).
“A responsabilidade é sua, senhor Edmundo Gonzalez Urrutia, por tudo o que está acontecendo na Venezuela, pela violência criminosa, pelos delinquentes, pelos feridos, pelos falecidos, pela destruição. O senhor será o responsável direto, senhor Gonzalez Urrutia, e a senhora também, senhora Machado. E a justiça vai chegar”, afirmou Maduro.
Protestos da oposição tomaram a Venezuela desde a divulgação, na segunda (29), pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dos resultados das urnas, que deram a vitória ao atual presidente com 51,2% dos votos. A oposição e a comunidade internacional questionam os números do CNE e pedem transparência (leia mais abaixo).
As manifestações se espalharam por todas as regiões do país nesta terça e tiveram pelo menos 11 mortos e dezenas de feridos até o momento, segundo ONGs. Corina Machado e González lideraram um protesto em frente à sede da ONU em Caracas. Mais de 700 manifestantes foram presos no país desde as eleições, segundo o procurador-geral da Venezuela.
O presidente venezuelano afirmou também que o país está sofrendo uma tentativa de desestabilização.
“Estamos enfrentando uma investida mundial, do imperialismo estadunidense, de Elon Musk, da direita internacional extremista e do narcotráfico colombiano para se apoderar do país por meio da criminalidade, do caos, da violência, da manipulação e da mentira”, disse Maduro.
O presidente afirmou que a oposição, apoiada pela comunidade internacional, “pretende tomar o poder de maneira violenta” e alegou que diversas sedes do Conselho Nacional Eleitoral foram alvos de grupos criminosos, os quais ele chamou de terroristas. As sedes do CNE teriam máquinas queimadas e funcionários eleitorais agredidos.
Maduro também parabenizou o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Jorge Rodríguez, pela aprovação de um projeto de lei do legislativo que reconheceu o resultado das eleições divulgado pelo CNE.
“A batalha do 28 de julho é uma batalha definitiva contra o fascismo, o ódio, a intolerância, e aqueles que querem impor uma guerra civil na Venezuela, um golpe de Estado, e que querem fomentar a divisão no país”, afirmou o presidente venezuelano.
O presidente disse que “todo o narcotráfico” colombiano está apoiando González e chamou o candidato de oposição de “Guaidó 2.0”. Juan Gerardo Guaidó Márquez é um ex-presidente interino da Venezuela.
Maduro chamou González de covarde e o responsabilizou também pela derrubada de monumentos de figuras históricas venezuelanas, como Hugo Chávez. “Responda, covarde. Tem que haver Justiça neste país, e a Justiça é o caminho para a paz. E não descansarei até que haja Justiça e respeito à Constituição. Venezuela vencerá este facínora, vencerá os terroristas e o país terá paz e tranquilidade”, afirmou o presidente.
Ele também anunciou a criação de duas comissões especiais:
Uma para avaliar, com assessoria da Rússia e da China, o sistema de biossegurança da Venezuela e os ataques ao sistema de comunicação da CNE, ao qual acusou Elon Musk, dono do X, de estar por trás;
Outra, comandada pelo presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, e composta por especialistas em tecnologia e pela casa legislativa, para defender a opinião pública da Venezuela nas redes sociais.
Divulgação incompleta de resultado
A Venezuela foi às urnas no domingo, e, na madrugada de segunda-feira, o CNE declarou Nicolás Maduro vencedor com 51,2% dos votos. O principal candidato da oposição, Edmundo González, ficou com 44% dos votos, ainda de acordo com a Justiça eleitoral do país.
No entanto, o resultado foi anunciado com 80% dos votos apurados, e as atas de votação — documentos que registram o número de votos e o resultado em cada local de votação — não foram divulgadas pelo CNE.
A oposição venezuelana contestou o resultado e acusou o CNE de fraude. Na noite de segunda, a oposicionista María Corina Machado afirmou ter tido acesso a 73% das atas, que, segundo ela, dão vitória a Edmundo González.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) também disse que não reconhece o resultado das eleições.
O grupo oposicionista abriu um site com as atas às que a oposição teve acesso para provar sua versão.
Uma contagem rápida independente à qual o Blog da Sandra Cohen teve acesso nesta terça-feira aponta vitória de González sobre Maduro por 66.2% a 31.2%.
Na segunda-feira (29), nove países da América Latina pediram uma reunião de emergência da OEA para discutir o resultado divulgado pelo CNE. O pedido foi feito por Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Em uma carta conjunta, os países “manifestam profunda preocupação com o desenvolvimento das eleições presidenciais” na Venezuela e exigem uma “revisão completa dos resultados com presença de observadores eleitorais independentes que assegurem o respeito à vontade do povo venezuelano que participou de forma massiva e pacífica”.
Nesta terça, Brasil, México e Colômbia devem divulgar uma declaração conjunta cobrando a divulgação das atas eleitorais por parte do governo.
10 respostas
Igualzinho Bozónario queria fazer.
kkkkkk vamos ser coerentes, esse presidente é amigo do lulE.
Meu nobre, existem autocracias de esquerda e direita.
Vc parece que tem pouco senso crítico, seu Mictório (apoiador de Victor Órban) queria a mesma coisa, nosso ditadorzinho tupiniquim de extrema direita. Lula Molusko ( o da democracia “relativa”) e Mictório (apoiador de torturador) são faces diferentes da mesma moeda !
Só que Lula foi inocentado dos crimes atribuídos a ele. Já o Mito terá que prestar contas por seus inúmeros crimes.
O mais engraçado é o bozonaro ter se aproveitado da acusação do Maduro para atcara as nossas urnas novamente, logo ele que tá to atacou maduro e o mais engraçado lá na Venezuela o voto e impresso.
Acho que você tem um sério problema. Procure ajuda. Tenho pena de você.
Pena de mim? Que és tu na fila do pão? Vá você se tratar, maluco fica jogando sua patologia nos outros ao invés de reconhecer sua própria doença, procure um CAPS próximo de sua região.
Seria mera semelhança?????
Forças armadas, judiciário e parte do legislativo.
Viva a democracia. (eu quero, eu faço e eu despareço com quem for contra).
E assim segue, pois o povo é um mero detalhe necessario.
Quer só fazer uma pergunta? Mas lá que eu saiba a pessoa votaram e o voto foi impresso isso??! Mas aqui os Bolsonaristas não defendiam isso??? Então como agora os Bolsonaristas vão poder dizer que houve fraude se eles defendem essas urnas de imprimir o voto??? Para mim tanto faz quem ganha porque eu sempre estou de viagem para um lugar ou outro aí não consigo+ votar. Ou seria agora diferente??
Esse vagabundo, terrotrista, igual Lulee dilma que sequestrou embaixador, e ainda tem os vagabundos e noiadoos que apoiam esses lixos