Aeronaves não foram enviadas por se tratar de período noturno, justificou o governo do Acre
Santa Rosa do Purus (AC) – O 3º sargento Paulo Toshio Yamashiro, de 23 anos, integrante do 7º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), morreu na madrugada desta quinta-feira, 18, ao ser atropelado por uma motoniveladora da própria unidade militar.
O militar chegou ao Hospital de Santa Rosa com vida. A direção da unidade hospitalar pediu uma aeronave, via Tratamento Fora do Domicílio (TFD), para transferir Paulo Toshio para Rio Branco. Mas, segundo relatos, nem o avião e nem o helicóptero da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) foram ao município.
“A Sesacre não mandou o avião para resgatar. O BEC iluminou toda a pista com os carros que tinha, para o avião pousar, porém, não veio”, citou um morador de Santa Rosa, que não quis se identificar ao ac24horas.
Por meio da Assessoria de Comunicação, a Sesacre diz que as aeronaves não foram enviadas por se tratar de período noturno.
“Segundo a coordenadora do Samu, Necila Fernandes, foi sim solicitada a aeronave do Estado para o transporte do paciente, contudo, as aeronaves do estado são não homologadas para fazer transporte no período noturno. Mesmo com carros fazendo iluminação da pista, elas não poderiam levantar voo e fazer o trajeto sem autorização judicial. A regulação chegou a solicitar ajuda de Manaus (AM) para conseguir uma aeronave, contudo, a única que estava homologada para o voo noturno estava sem o tanque e demoraria cerca de 6 horas para fazer a inserção, ou seja, não ia adiantar nada”, disse a assessoria de comunicação da Sesacre.
“O 7º BEC instaurou um Inquérito Policial Militar, a fim de apurar as circunstâncias do acidente e está adotando todas as medidas cabíveis para o translado do corpo e apoio à família do militar”, destacou o batalhão em nota.
Nota do Deracre
“O governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), informa que a pista de pouso e decolagem do aeródromo de Santa Rosa do Purus está temporariamente cedida ao Exército Brasileiro, representado pelo 7º Batalhão de Engenharia de Construção (7º BEC). Durante esse período, a pista tem passado por intensos trabalhos de manutenção.
O Estado apoia integralmente o trabalho do Exército no transporte de equipamentos e insumos necessários para a reconstrução da pista.
O novo projeto, desenvolvido pelo Exército, prevê uma pista de concreto armado, a primeira do estado com esse tipo de material, com capacidade de atender a demanda pelos próximos 50 anos. A estrutura terá 1,2 quilômetro de extensão, 30 metros de largura e 25 centímetros de espessura, proporcionando mais segurança, qualidade e menor custo de manutenção.
Presidente do Deracre
Sula Ximenes”
O comando do Batalhão publicou uma nota de pesar em que lamenta o ocorrido.
“Os integrantes do Batalhão Barão do Rio Branco e família militar solidarizam-se com os familiares e amigos do sargento Paulo Toshio Yamashiro, e expressam as mais sinceras condolências pela perda, agradecendo a dedicação e o trabalho prestado ao Exército Brasileiro, em especial 7° BEC”, diz a nota.
12 respostas
Cade o dinheiro do fusex?
Ah ja sei, ta sendo gasto com filha velha, pensionista que ganha salario do marido, sogra, cachorro, sobrinho…
E para os militares e beneficiários de primeira categoria (mulher e filho menor que 24 anos) sobra o SUS!!!!
Para de falar bobagem, o militar necessitava de evacuação imediata do local e não havia aeronave homologada para voo noturno, a que tinha de Manaus estava sem o tanque, leia a reportagem antes, a propósito meus sentimentos a família.
Que Triste! Ler uma ironia Desta em um momento de tristeza, ainda bem Que é anônimo, porque dá até vergonha alheia.
Triste isso, mas me pergunto: e o apoio de aeronaves das outras forças por que não solicitaram? Pêsames a família, militar é só um número mesmo. Depois sai uma nota dizendo que está prestando apoio psicológico a família.
Tinha que ter sido solicitado um helicóptero do Exercito, por se tratar de militar do exercito.
Exatamente isso que o primeiro comentarista quis dizer.
Acidente de servico mandam para o SUS????
Pediram justamente só governo estadual, pois não tinha meios próprios, no entanto havia meios da MB e FAB próximos e possivelmente disponíveis.
Se fosse um Gen a aeronave decorava de qualquer jeito. Mas como era um Sgt ai não pode
Se fosse oficial tinha aeronave.
Para de falar bobagem, praca
Faltou Comandante! Se em época de paz deixam o subordinado por conta do destino, imagine se entrarmos em um conflito bélico.
se fosse um general, ate a nasa iria ser acionada para o resgate