MG: reconstituição da morte do skatista baleado por sargento do Exército é agendada

Daniel era artista plástico, skatista e eventualmente tocava como DJ (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Militar alegou tentar evitar que Daniel Carvalho agredisse a mãe, mas versão é contestada pela família

Juliana Netto, g1 Zona da Mata

Juiz de Fora – Um misto de luto, saudade e cobrança por explicações a respeito da morte de Daniel Carvalho de Andrade, conhecido também como ‘Daniel Monstro’. É assim que a família do servidor público e skatista tem vivido os dias desde o registro do caso, que completou 100 dias no dia 25 de junho.

Daniel foi morto a tiros no dia 17 de março, no prédio em que morava, na Avenida dos Andradas, no Centro de Juiz de Fora, pelo vizinho e militar do Exército Brasileiro Flávio Luiz Moreira de Souza.

Segundo o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) feito pela PM, Daniel estaria agredindo a própria mãe, de 73 anos, dentro de casa. O militar, de 41 anos, que mora um andar abaixo da família, contou que ouviu a idosa gritando por socorro, foi intermediar, entrou em luta com Daniel e atirou contra ele para “assustá-lo”.

O Samu foi acionado, tentou reanimar Daniel, mas ele morreu ainda no local. O militar foi preso, permaneceu dois dias no quartel, e depois solto. Ele aguarda o processo em liberdade.

Violência doméstica descartada
O documento policial, registrado logo após o crime, apresenta que Daniel “figura como autor de violência doméstica” e que havia “vários boletins de ocorrência registrados contra o mesmo, o qual tinha comportamento agressivo com sua própria genitora e com seus vizinhos”.

A família, no entanto, nega a versão apresentada no documento oficial da corporação:

“Já comprovamos que não há outros boletins de ocorrência contra ele [de violência doméstica]. Na verdade, tem dois boletins de ocorrência que o atirador fez, mas não tem nada a ver com violência doméstica”, explica Bárbara Martins, cunhada do rapaz morto.

“A minha sogra não estava sendo agredida, eles estavam tendo uma discussão, mas ela não estava sendo agredida e ela não pediu por socorro”.

O relato policial apresenta dois números de boletins que supostamente seriam de violência doméstica. Ao g1, a delegada Camila Miller, titular da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, responsável por investigar o caso, confirmou que não localizou boletins referentes à violência doméstica.

A reportagem questionou a Polícia Militar sobre o porquê do documento constar supostas agressões do rapaz à mãe, mas não recebeu retorno. O Exército Brasileiro foi procurado e também não enviou respostas.

Família pede pela reconstituição do crime
Além da queixa ao registro na PM, familiares de Daniel criticam condutas na investigação do caso, como a demora na realização do exame de corpo de delito da idosa, mãe da vítima.

g1 – Edição: Montedo.com

2 respostas

  1. Agora esse idiota vai aprender a velha lição, que está até na bíblia: …”aquele que passando se mete em questão alheia é como aquele que toma um cão pela orelha..”
    Se meter em briga de marido e mulher; pai , filho, família… é desperdício e puxar carma para si, cada um com seus problemas amigo, tá sofrendo com alguém? 190 sem ficha!!!
    Eu ando armado, posso ver qualquer situação na minha frente, passo reto e finjo que nem vi, acho que só me Meteria mesmo se fosse uma criança em perigo.
    Agora nosso amigo ( acredito na legítima defesa dele) vai gastar com advogados, a mãe vai ficar do lado dos parentes, (mesmo que tenha apanhado) vai negar a agressão e nosso amigo será condenado por homicídio, simples.

  2. Aqui no BR é assim, os caras xingam mãe e pai e qdo a dá o que esse tipo de gente merece vem um grupo de defensores de bandidos dizer que era um anjinho!!
    O cara que xinga pai e mãe é vagabundo e merece receber o pagamento das autoridades pela falta de carater e vergonha pois e ate na Bíblia esses lixos são vistos como AMALDIÇOADO!!!

    “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá.

    LEIA O CAPÍTULO COMPLETO: ÊXODO 20 vers 12

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