Operação Taquari 2 – Exército volta a resgatar pessoas no RS

Paulo Roberto Bastos Jr.

Após um breve período de calmaria, que parecia que a tragédia ambiental no Sul estava chegando ao seu final, uma nova precipitação, que começou na madrugada desta quinta-feira, dia 23 de maio, atingiu a marca de mais 100mm em apenas 12 horas (volume normal para todo o mês de maio, de acordo com a meteorologia), que aumentou novamente o volume dos rios e voltou a inundar diversas regiões do Estado do Rio Grande do Sul.

Em uma ação coordenada pelo Comando Operacional Conjunto Taquari II, a Defesa Civil, Exército, Brigada Militar, Bombeiros, Guarda Civil e diversos voluntários entraram em operação e, mais uma vez, socorreram rapidamente as vitimas.
Vitimas sendo socorridas no bairro Restinga

Na zona Sul de Porto Alegre, uma região onde as pessoas estavam voltando para suas residências, foi uma das áreas mais atingidas, principalmente nos bairros Restinga e Cavalhada, onde centenas de pessoas ficaram ilhadas e o Exército utilizou diversas VBTP 6X6 Guarani em seus resgates.

No bairro Cavalhada, houve a necessidade da utilização dos blindados anfíbios Guarani

PASSADEIRAS DANIFICADAS

As fortes chuvas também causaram e do aumento expressivo da correnteza dos rios, causando o rompimento de duas passadeiras instaladas pela Engenharia do Exército: uma sobre o Rio Forqueta, entre Lajeado e Arroio do Meio; e outra sobre o Rio Pardo, no município de Candelária.

Estas passadeiras eram de alumínio, com capacidade de vão de até 144 metros, mas para uma correnteza de até 3,3m/s. Porém, quando a força das águas ultrapassa este limite se interrompe o uso da mesma, pois há possibilidade se rompimento. Devido à forte e rápida chuva, formou-se o que chamam de “tromba d’água” de forma muito repentina, não permitindo suas desmontagens e rompendo os cabos de aço que às sustentavam. Como o trafego de pessoas foi interrompido logo no inicio da chuva, ninguém ficou ferido (civis ou militares) e o material já está sendo recolhido.

Assim que a correnteza diminuir sua velocidade, as passadeiras serão novamente montadas, pois essas eram o único acesso por terra utilizado por diversas comunidades.

Esta passadeira, instalada em São João do Polêsine, é semelhante às que que foram rompidas (Foto: 12º BE Cmb Bld)

Imagens: Comunicação Social do Comando Militar do Sul

Tecnologia&Defesa

3 respostas

  1. Esse episódio demonstrou que não estamos preparados para a guerra tampouco para grandes catástrofes. E ainda cortam verbas destinadas às FAs. Lamentável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo