Governo pressiona por avanço de PEC dos Militares, com troca de relatoria

 

Defesa não vê problema que os militares recebam salário proporcional ao irem para a reserva para poderem se candidatar


Por Agência O Globo
O governo tem pressionado senadores pelo avanço da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos militares. Uma ala chega a defender a mudança do relator do texto, atualmente o senador Jorge Kajuru (PSB-ES), uma vez que ele se nega a fazer mudanças, o que, para esse grupo, facilitaria sua aprovação. Kajuru diz não estar disposto a abandonar a relatoria e nem a fazer alterações no seu relatório, já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Nesta quarta-feira, o ministro da Defesa, José Múcio, idealizador da proposta, veio mais uma vez ao Senado para debater sobre o tema com o líder do governo Jaques Wagner (PT-BA).

— Vou ver se tem alguma dificuldade, se nós podemos conduzir. Agora, aqui é a casa da discussão. Para mim a PEC é importante se queremos despolitizar os militares. A nossa intenção é despolitizar, se o Congresso achar que sim— disse Múcio ao Globo.

Kajuru diz que não deve fazer qualquer alteração no seu texto e, segundo ele, a votação no plenário deve ocorrer em abril.

Atualmente, o texto obriga os integrantes das Forças Armadas a irem para reserva para poderem se candidatar a cargos eletivos. Caso o militar não preencha as condições de transferência a pedido, ele irá para a reserva não remunerada; caso preencha a condições, irá para a reserva remunerada.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), um dos principais representantes da categoria no Senado, se reuniu há duas semanas com Múcio e disse ao ministro que garantir a remuneração dos militares que optarem por ingressar para a política, sem condicionantes de tempo, seria um “meio termo aceitável”.

O Globo apurou que o Ministério da Defesa não vê problema que o pleito de Mourão seja atendido e os militares possam receber o salário proporcional ao irem para a reserva para poderem se candidatar. A decisão se a reivindicação será aceita caberá ao governo e isso ainda não aconteceu.

A PEC foi idealizada pelo próprio Múcio, e é uma maneira do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reagir ao que considera politização das tropas.

A interlocutores, Múcio tem dito que o primordial é que a proposta barre o retorno às Forças Armadas de militares que deixaram a corporação para fazer parte da política. Isso seria uma forma de impedir a politização dentro dos quartéis.

FOLHAdePERNAMBUCO

8 respostas

  1. Não tem problema diz a defesa…o brasileiro paga pela educação, Formação, aperfeiçoamento…dos oficiais e com meia Dúzia de anos, depois de formados, querem se aposentar como Capitão aos 25 anos de idade, para ser vereadores. Sim Defesa, não tem problema.

    1. Da mesma forma que o “brasileiro paga” para as universidades públicas formarem profissionaisdas mais diclversas áreas, que muitas vezes não retornam nada para a sociedade. Simples assim.

  2. Até militar temporário se canditará para ir para a reserva proporcional.

    “O Globo apurou que o Ministério da Defesa não vê problema que o pleito de Mourão seja atendido e os militares possam receber o salário proporcional ao irem para a reserva para poderem se candidatar. A decisão se a reivindicação será aceita caberá ao governo e isso ainda não aconteceu.”

    1. Misericórdia. Você deve ser da turma “na minha época” ou então só tem o ensino fundamental.

      Vamos por um de carreira. 2 anos de ESA e 8 e 3° sgt.

      10 anos de serviço/35 anos para reserva. Seria 28% de 2° sgt na melhor hipótese.

      Em termos bastante relativo seria uma “reserva remunerada” de 2.000 reais.

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