Lewandowski e Cláudio Castro discutem possibilidade de estender período da GLO no Rio

Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro. Na foto, militares da Marinha no entorno do Porto do Rio. — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

 

Operação em portos e aeroportos se encerra em maio
Eduardo Gonçalves

Brasília – O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, se reuniu no fim da tarde desta quarta-feira com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. O tema da audiência foi a possibilidade de manutenção da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos e aeroportos e da presença da Força Nacional no Rio.

O governador saiu do encontro sem uma decisão definitiva da parte do ministro da Justiça. Isso deve ser discutido nos próximos dias por Lewandowski e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. A GLO se encerra em maio e, para ser prorrogada, precisa de uma nova decisão do governo Lula. A palavra final cabe ao presidente.

Castro tem se manifestado a favor das operações que contam com efetivos da Marinha e Aeronáutica, além da Polícia Federal, patrulhando os aeroportos de Galeão (RJ) e Guarulhos (SP) e os portos do Rio de Janeiro, Itaguaí (RJ) e Santos (SP). Múcio também já se posicionou favorável à prorrogação, mas a posição de Lewandowski ainda não foi tornada pública. Pessoas próximas a ele dizem que o ministro vê a GLO como uma operação em que deve ficar claro quando será o fim.

A assessoria de Castro frisou que a reunião com Lewandowski foi apenas de uma visita de cortesia do governador para dar continuidade ao trabalho conjunto realizado entre a pasta e o governo do Rio.

Outra ação que foi discutida é se o Ministério da Justiça deve prorrogar ou não a presença da Força Nacional no Rio. A medida está em vigor até o dia 31 de março.

Em outubro de 2023, 300 agentes da Força Nacional foram enviados ao estado para atuarem no patrulhamento das rodovias do Rio. Na ocasião, a tropa foi pedida por Castro após o Rio sofrer com a escalada de violência na briga entre traficantes e milicianos. Em outrubro, dezenas de ônibus e um trem chegaram a ser incendiados como represália à morte de um líder miliciano.

Mais cedo, Castro teve uma reunião com presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. A pauta foi a negociação da dívida do estado do Rio de Janeiro com a União.

Na ocasião, Castro foi questionado pela imprensa sobre a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou ter assassinado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018. E disse esperar um “desfecho rápido” para o caso.

— A gente espera o desfecho o mais rápido possível. Só o que tem até agora são fofocas jurídicas e políticas. A gente espera que a colaboração que o Estado [Rio] deu prendendo os dois que fizeram a delação, tem que lembrar que quem prendeu foi o Estado. Eu sempre disse que não existe crime federal, estadual, municipal — afirmou ele.

A homologação da colaboração foi anunciada ontem pelo ministro Lewandowski como um trunfo da entrada da Polícia Federal no caso. A delação foi fechada pela PF e a Procuradoria-Geral da República e avalizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo na Corte.

O GLOBO

Uma resposta

  1. Li Aqui No Blog os problemas no Hospital Geral do Exército…

    No CMS, a comissária de voo esbarrou em um botão e piloto e copiloto foram ejetados. A tripulação Não sabe nada, Não se interessa e nem quer fazer nada, ou seja, o avião está sem comando, controle e os passageiros estão a própria sorte.

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