Moraes e Exército se aproximam em meio a investigações sobre militares

Cúpula das Forças Armadas concorda com punição a eventuais envolvidos em trama golpista

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a cúpula do Exército brasileiro se aproximaram nas últimas semanas em meio ao avanço das investigações contra militares envolvidos na chamada trama golpista.

A conversa mais recente ocorreu pessoalmente há cinco dias, no gabinete de Moraes no STF, que recebeu o comandante do Exército, general Tomás Paiva.

O encontro não foi registrado na agenda oficial de nenhum deles, mas foi confirmado à CNN pela assessoria do Exército. Procurado, Moraes não quis comentar.

A conversa, segundo relatos feitos à CNN, deu seguimento a conversas que ambos vêm tendo com certa frequência nas últimas semanas.

Tomás Paiva tem aproveitado a interlocução para tirar dúvidas próprias e da instituição sobre procedimentos judiciais envolvendo os militares nessas investigações e aproveitando para explicar a Moraes os procedimentos disciplinares internos do Exército.

Nas últimas semanas, além de Moraes, a cúpula do Exército tem conversado com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, responsável por apresentar a eventual denúncia do inquérito da trama golpista. Há conversas em curso também com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso.

No âmbito político, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, tem sido ainda um interlocutor frequente.

Pacheco inclusive participou de um almoço no dia 26 de fevereiro com o Alto Comando do Exército. O encontro entrou na agenda oficial do comandante.

Em linhas gerais, nessas conversas, o Exército tem passado a mensagem de que se algum militar infringiu a lei, deverá ser punido pela Justiça e, posteriormente, após o trânsito em julgado, internamente. Na semana passada, a CNN mostrou que a expectativa é de que eles sejam levados a tribunais de honra.

Além disso, tem sido demonstrado ainda incômodo com o que oficiais tem classificado de vazamentos seletivos das investigações que acabam expondo as Forças.

Nesse sentido, o pedido é por celeridade nas investigações para que possa ser “virada a página”, na expressão de uma alta fonte militar, desse episódio.

CNN BRASIL

6 respostas

  1. Simples. A “operação acordão” está em andamento para livrar os integrantes dos “estamentos superiores” que possuem “bordados na lapela” e deixar apenas para os rigores da lei a plebe.

    Simples assim.

    Aliás, sempre foi assim neste projeto de República.

  2. Quando a chave mudar….tudo pode acontecer. Infelizmente quando não se cumpre a Lei cria essa insegurança jurídica. tipo, vamos acelerar para não promover. Isso e perseguição .

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