Mourão nega ter incitado militares a reagir com ruptura institucional à operação da PF

No RS os desfiles do Dia da Independência foram cancelados pelo governador Eduardo Leite (PSDB) | Foto: Rosi Boni / Divulgação

Na véspera, senador afirmou que país vive situação de ‘não normalidade’ e que Forças Armadas precisavam dar uma resposta
Camila Turtelli

Brasília – O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Jair Bolsonaro, negou nesta sexta-feira ter incitado militares a reagir com uma “ruptura institucional’ à ação da Polícia Federal (PF), que investiga a tentativa de um golpe de Estado. Na quinta-feira, mesmo dia da operação contra Bolsonaro e auxiliares, ele afirmou que o Brasil vive uma situação de “não normalidade” e que as Forças Armadas precisariam reagir ao que chamou de “arbítrios” e processos ilegais conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O discurso ganhou repercussão nas redes sociais e no noticiário. O PSOL também anunciou que iria ao Conselho de Ética do Senado pedir a cassação do mandato do parlamentar. Da tribuna do Senado, Mourão foi enfático:

— No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes ao largo da Justiça Militar. Existem oficiais da ativa sendo atingidos por supostos delitos, inclusive oficiais generais. Não há o que justifique a omissão da Justiça Militar — disse o senador, em plenário.

A nota divulgada nesta sexta-feira afirma que o senador é legalista.

“Mourão destacou que o País vive uma situação de não normalidade, mas que, mesmo neste cenário, é preciso ‘…afastar claramente qualquer postura que seja radical, de ruptura, mas temos que repudiar os fatos que estão ocorrendo…’; Quando afirmou que ‘os comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais’, não incitou, e nem se referiu, a nenhum tipo de ruptura institucional ou golpe”, diz a nota.

Mourão aproveitou para dizer que há a intenção de adversários de “difamar” a oposição.

“Quaisquer alegações e insinuações relacionadas às palavras proferidas pelo senador Hamilton Mourão no discurso de ontem (08/02) são totalmente descabidas e fazem parte do jogo político e das narrativas daqueles que tentam, a qualquer custo, difamar a oposição”, diz o texto.

O GLOBO

9 respostas

  1. Mourão o único esperto de todos aqueles que estiveram ladeando o falso meçias. Passou 4 anos se esquivando, enrolou os bolsonaristas Gaúchos e ganhou 8 aninhos para se Esbaldar do dinheiro público. Enquanto isso os demais é papuda na certa.

  2. Esse senador se deu bem por acaso. Os golpistas não o quiseram por perto, apesar de ele ser um simpatizante do golpe, e todos nós sabemos.

    Os motivos dessa rejeição podem ser o seu caráter pouco confiável, ou apenas por ter batido de frente com os filhos do Bolsonaro. Enfim, isso pouco importa. O resultado é o que vale.

    O que parecia ruim, ser “barrado na festa”, acabou por ter bônus. Como bom oportunista, quer se aproveitar do “rebanho desamparado” deixado por Bolsonaro.

  3. Alguém lhe soprou que ele pode ser levado também pela tsunami do generalato.

    Aí, desdisse o que disse.

    Agora, muito interessante ele insinuar que esses generais deveriam ser julgados pela justiça militar.

    Por que seria????

    Quem é militar sabe a resposta.

  4. Índio Mourão das bilhas azuis natural da serra gaúcha arregou mais uma vez.
    Índio quer apito e mordomia, pra não perder essa poupuda boquinha faz qualquer Negócio, volta atrás quantas vezes necessárias.
    Índio Mourão não é mais militar, político sem honra e sem qualquer pudor, desavergonhado volta atrás menos de 24 horas.
    Geraçãozinha medíocre desses atuais 4 estrelas, vergonha é pouco.

  5. As investigações não são contra a Instituição.
    Assim, político Mourão, que os envolvidos respondam por mal feitos, as FFAA não tem nada a ver com o que eu ou você faz fora muros do Quartel.

  6. RUPTURA INSTITUCIONAL:
    O que é?
    Quando houve?
    Seria assim , uma lei para ser lei e constitucional segundo a constituição da Republica
    federativa do Brasil, deve passar em Três etapas: 1. discutida e aprovada na Câmara dos deputados. 2. discutida e aprovada também no Senado Federal. 3. Após isso ter a sansão do Presidente da República.
    Passadas essas três etapas é LEI e é constitucional ponto final.
    Porque foi decidido por maioria de votos.
    Então quando um outro poder se arvora em dar outra interpretação aí sim ocorre uma Ruptura Institucional. e isso parece estar ocorrendo constantemente, principalmente quando minorias vencidas em votações no Legislativo, recorrem ao judiciário, pgr, agu ou tse para vencer no tapetão.

  7. Esse é mais um general cagão, fez o discurso, percebeu que ficou sozinho defendendo golpe. E ao perceber a Reação dos colegas pedindo Apuração de crime, e Possível perda de mandato colocou o galho dentro.

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