Presidente retornava a Brasília após passagem pela capital paulista para cumprir agenda como governador Tarcísio de Freitas na sexta
Luis Felipe Azevedo
Conhecido como “Aerolula”, o jato VC-1 Airbus A319CJ da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde deste domingo precisou abortar a decolagem no aeroporto de Congonhas (SP). O petista retornava a Brasília após passagem pela capital paulista para cumprir agenda na sexta.
A ocorrência foi posteriormente sanada e o voo prosseguiu normalmente, aponta a FAB. Imagens obtidas pelo portal especializado em aviação “Golf Oscar Romeo” mostram que o avião deu meia volta na pista e retornou ao pátio militar, cerca de 20 minutos antes de enfim decolar.
A concessionária Aena, que administra o Aeroporto de Congonhas, foi procurada pelo GLOBO, mas não respondeu aos questionamentos até a publicação da reportagem.
Na sexta-feira, Lula participou do evento de anúncio de uma parceria com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a construção do túnel submerso que vai ligar as cidades de Santos e Guarujá.
Segundo a Força Aérea Brasileira, o VC-1 é uma aeronave militar designada especialmente para cumprir a missão de transportar com segurança o Presidente da República para diversas localidades do Brasil e do exterior.
O vetor possui um desempenho que permite a operação em diferentes aeródromos, o que possibilita uma versatilidade no transporte presidencial, tanto por operar em pistas mais curtas e estreitas, bem como por realizar voos de longa duração.
O avião militar tem, no entanto, 18 anos de uso e se aproxima da metade do ciclo de vida, o que exigirá passar por um processo de reformulação.
Foi com o Aerolula que o presidente viajou ao Japão, no mês passado. Para este trajeto, ele precisou fazer duas escalas, em Guadalara (México) e no Alaska (EUA). A viagem foi considerada cansativa para Lula, que tem 77 anos.
Também por isso, ele deseja uma aeronave com maior autonomia de voo, que não exija muitas escalas para abastecimento e mais espaço para acomodar convidados, o que tem sido estudado pela FAB, conforme mostrou O GLOBO.