Governo, oposição e comandantes militares se articulam para tentar fazer avançar projeto que destina 2% do PIB à defesa nacional
Marcela Mattos
Uma união de esforços foi travada em torno da proposta que cria um parâmetro mínimo para o orçamento voltado às Forças Armadas. Nos últimos dias, representantes do governo, da oposição e da alta cúpula militar fizeram reuniões para discutir a medida, seguidas de acenos públicos com o objetivo de minimizar a resistência à matéria.A proposta, que altera a Constituição, estabelece que pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) auferidos no ano anterior devem ser destinados a ações de defesa nacional, que ficam sob a alçada do Ministério da Defesa.
O texto foi apresentado no final de outubro pelo senador Carlos Portinho, líder do PL, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que a proposta corresponde exatamente à demanda da pasta, mas ambos garantem que não houve uma articulação antes da apresentação do texto. Desde então, o ministro e o autor têm mantido contato.
Segundo Portinho, o projeto é uma “herança” do senador Arolde de Oliveira, que morreu em 2020 e ele, que era suplente, assumiu a vaga. O texto acabou ganhando o apelido de “PEC da oposição”, pecha que tanto os adversários do governo quanto os articuladores do Planalto tentam evitar. “É a PEC da previsibilidade”, disse Múcio na última segunda-feira, 11, durante um almoço no Comando da Marinha.
No encontro, o chefe da Marinha, almirante Marcos Olsen, lembrou que na primeira reunião com Lula, ainda durante a transição, o presidente indicou ser favorável ao reaparelhamento das forças. “As forças devem ser condizentes, compatíveis com a estatura política do país. E o Brasil possui extenso território, população e abriga recurso considerável. As forças devem ser compatíveis com a proteção desses interesses”, afirmou Olsen a jornalistas.
Líder do governo no Senado e ex-ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT-BA) também já tratou com o autor da matéria e sinalizou ser favorável à proposta. Como uma forma de tirar o peso oposicionista do projeto, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado do Planalto, foi indicado por José Múcio para ser o relator – o nome ainda não foi oficializado, e nos próximos dias o martelo deve ser batido.
Como vai ser a tramitação da PEC?
O próximo passo, agora, é fazer um trabalho de convencimento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De olho em cumprir a meta de zerar o déficit já no próximo ano, o ministro tem demonstrado resistência em aumentar os gastos e a “engessar” o orçamento. A VEJA, um militar de alta patente reclamou do que chamou de “ditadura” da Fazenda e afirmou que as forças sofrem de diminuição de efetivo, apesar de uma maior demanda na atuação.
“As pessoas precisam entender que não se trata apenas da defesa de território, muito embora há possibilidade de guerra na nossa esquina. As forças atuam em operações de GLO [Garantia da Lei e da Ordem], quando tem tragédias, e ainda há toda uma indústria que gera emprego. Isso demanda uma previsibilidade”, afirma Portinho, autor do projeto.
O texto ainda tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, e, diante do recesso, somente deve avançar em 2024.
16 respostas
Podem aumentar para 5% do PIB….mas isso não reflete Nos Salários Dos Praças….
Lula Continua Sendo O Pior Presidente para os Praças altas FFAA!!!
Exatamente 👎👎👎 galera desmotivada
E O SALÁRIO Ó
E O Salario Ó.
Comandantes estão preocupados em comprar brinquedinhos Flutuantes, terrestres e voadores.
puro embuste
Você que ficou aqui torcendo contra os QEs, que é uma pessoa mal amado, recalcado, invejoso. Quero lhe dizer que dia 16 de dezembro deve a comemoração do aniversário do deputado Lindenberg no RJ onde a presidente do partido a Gleice Hofman estava presente e recebeu os QEs uma turma. Quero dizer está bem encaminhado e provalmente o novo ministro da defesa deve ser o Aldo Rebelo para o ano que vem. Mas independente de quem seja, como já tinha anunciado que o governo não ia se indispor o primeiro ano de mandando e sim a partir de 2024 muito coisa vai acontecer. Agora a pergunta que não quer calar?? Vocês que julgaram os QEs? Seria melhor estado do lado deles ou contra?! Pois podiam pleitear auxílio moradia se não tivesse Pnr, o valor dos uniformes podiam ser o mesmo, a transferência tudo um valor só igual a todo mundo, promoções por lei e não portarias. Mas você prefere torcer contra os QEs,pois aqui como abandonados por seus Subordinados, simplesmente se foi buscar na política é a maior mentira do mundo dizer que a esquerda engana. Pois em toda a vida não houve tanta traição que no governo Bolsonaro com as baixas e Pensionistas. Sim não estudaram?!; E as filhas de oficiais com todos os direitos o que fizeram pelas forças armadas? Aqui é só para refletir antes de criticar. Pois os QEs podiam ajudar a sua pauta amanhã,mas se prefere descer comentários ofensivos e dizer que os QEs não merecem? Fica a dica você querendo ou não na política se consegue e você que desce esses comentários dos QEs prefere o que??! Sentar no colo do superior?! Ou tentar pedir ajuda aos QEs? Nada melhor que um dia após o outro. O tempo é o senhor absoluto da razão.
Concordo.
O que impressiona é que depois das inúmeras manifestações de incompetência por parte das três forças, esse aumento injustificado de participação no PIB, tendo em vista as inúmeras prioridades nos campos da educação, saúde, infraestrutura e segurança depois de uma pandemia. Nossos governantes precisam ouvir o povo, pois tenho plena certeza que definitivamente essa não é uma prioridade.
Meus instrutores na Escola eram Praças dos anos 70′ e 80′.
Todos já ouviam as mesma lamúria de seus ex-Comandantes, mesmo queixume:
– “falta tudo, estamos sucateados, tem que aumentar esse orçamento”.
Lembrar as viaturas que utilizavámos no início dos anos 80′ p/ transporte de pessoal p/ os os Exercícios de Campo é de dar pena (ultrapassadas/sucateadas).
Ainda a maciça maioria dos Fuzis do Exército são das décadas de 70′ e 80′.
A China não estava errada quando fez duras críticas às FFAA:
– classificando-as como “o exército mais falso e vazio do mundo”.
E como!
Aos poucos desavisados, Lembro que potencializar o orçamento a 2%:
– não significa “aumento” de salários.
Muito pelo contrário.
Espero que não aprovem, o dinheiro na mão de milico vira fumaça, são capazes de movimentar oficiais uma vez por ano, do Sul para Norte, do leste para oeste e vice-versa. Assim já é uma despesa sem precedentes! Não invento nada, tá lá no site da Sociedade Militar!😁
Podem anotar: Vai ser aprovada a lei e mesmo assim os bebês chorões vão ficar reclamando de falta de recursos.
o Real problema é que o profissional é um amador embusteiro que só quer esperar a aposentadoria mamando nas tetas do erário público.
Não se preocupem senhores, o recurso será bem destinado, aquisição de mais “Brinquedos” para as autoridades verem Funcionando no campo ou em formaturas, e Ganharem bem em Transferências (que para eles já ocorre de ano em ano ou no máximo 2 anos enquanto o Praça se lasca 4/5/6 anos em uma OM por que não chega Ninguém) representações, melhorar o rancho para eles
e
quem
sabe
em última
Prioridade sobre até para um aumento para o Praça (por tabela claro).
Para que aumento? basta umas visitas as unidades distantes para algumas diárias. Fácil! e o resto, haaa é resto.
Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.
Ayn Rand
Não adianta nada se o salario é ruim! Até Oficial de carreira pedindo arrego!!! Imagina o praça 👎👎👎👎