Eliziane Gama defende o indiciamento de generais na CPMI do 8/1

Senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI dos atos golpistas do dia 8 de janeiro (Rodrigo Bomfim/Rádio Mirante AM)

Relatora da CPMI do 8/1, Eliziane se disse confiante no encaminhamento do relatório na Procuradoria-Geral da República (PGR)

Bruno Nogueira
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) visitou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta sexta-feira (10/11), para apresentar e debater o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, que pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 60 pessoas, incluindo militares da reserva e ativa. A parlamentar pontuou que o documento foi bem embasado em fatos, e a sequência dos trabalhos agora depende dos órgãos de Justiça.
“Indicamos em cima de elementos muito concretos. Eles foram muito bem consolidados e respaldados, seja por documentos ou depoimentos. (…) O que nós estamos aguardando agora é a continuidade, porque é muito bom lembrar que a CPI é uma etapa do processo de investigação. Nós chegamos até o indiciamento, o aprofundamento se dá no âmbito da Justiça”, disse.

A relatora da CPMI ainda citou o golpe de 1964 e a ditadura militar para reafirmar a necessidade de responsabilizar os militares. A parlamentar, no entanto, afirma que o relatório não faz a separação entre militares e civis, assim como o colegiado não trabalhou nesse sentido.

“Não é porque é militar, um general quatro estrelas, um coronel, que eventualmente não tem de ser responsabilizado. A democracia é um bem que nós conseguimos a duras penas. Todos nós acompanhamos, seja vivenciando ou por registros históricos, o processo de um tempo tenebroso da história brasileira”, emendou.

O relatório final da CPMI pede o indiciamento de nove generais do exército. Entre eles, está o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em nomes como o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro, e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército.

O relatório de mais de 1,3 mil páginas faz uma reconstrução temporal que vai desde o segundo turno das eleições de 2022, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez ações nas estradas do nordeste, até os ataques de 8 de janeiro. Bolsonaro, por exemplo, foi acusado de quatro crimes. A parlamentar ainda se disse confiante para que a CPMI tenha o encaminhamento devido na Procuradoria-Geral da República (PGR), devido ao “acervo” probatório construído.

ESTADO DE MINAS

7 respostas

  1. Ela não quer acabar com os generais. não precisa eles mesmo estão acabando com a carreira. Já falei não precisa se mais Generais em tempo de paz. A economia agradece e também sei não precisa de tantos políticos é lógico tem que diminuir pela metade e os juízes também tem que ver como fazer. Pode se criar uma transição justa para todos e diminuir o custo no caso das forças armadas seria uma economia e tanto se colocar todas as mordomias no papel. Sou a favor que se cria uma escola de carreira desde de soldado até o máximo chega alguém devia ser major e a remuneração ser melhor para todos e é possível fazer tudo isso basta o povo querer.

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