Após furto de armas, ex-diretor de Arsenal de Guerra do Exército é transferido para Diretoria de Fabricação em SP

Tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista (reprodução EB)

Exército revogou transferência para o Ceará 4 dias após a exoneração e manteve tenente-coronel em função administrativa em órgão Comando do Sudeste.

Isabela Leite

O Exército Brasileiro decidiu manter o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, ex-diretor do Arsenal de Guerra, em Barueri, em funções administrativas no Comando Militar do Sudeste, com sede na capital paulista. O blog apurou que desde a semana passada ele ocupa função administrativa no escritório da Diretoria de Fabricação, em São Paulo.

A Diretoria de Fabricação tem como atribuição planejar e controlar as atividades do Exército relativas à manutenção, modernização e nacionalização de material de emprego militar (MAM), como armas e munições, e é o órgão responsável pelos arsenais de guerra do Rio, São Paulo e General Câmara, no Rio Grande do Sul, classificados como organizações militares diretamente subordinada (OMDS).

Batista foi exonerado do cargo de diretor do Arsenal de Guerra após o furto de 21 metralhadoras do quartel ao qual era responsável. Mesmo assim, ele segue na ativa do Exército e até o momento não é investigado pelo desvio das armas. Duas metralhadoras calibre .50 ainda não foram localizadas.

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Transferência para o Ceará revogada
Segundo publicação do Departamento-Geral de Pessoas (DGP) à qual o blog teve acesso, em 20 de outubro, um dia após a publicação no Diário Oficial da União com a exoneração do cargo de diretor do Arsenal de Guerra, o destino inicial do tenente-coronel era o Comando do Décimo. Regimento Militar, em Fortaleza (CE). Três dias depois, antes de Batista se apresentar em Fortaleza, outro boletim do DGP revogou a movimentação para o Ceará e formalizou a transferência para o Segundo Regimento Militar, em São Paulo.

Internamente, segundo apurou o blog, houve um constrangimento porque foi entendido por alguns militares de alto escalão que a ida de Batista para Fortaleza poderia ser encarada como uma promoção. Oficialmente, o Exército afirma que a revogação ocorreu por “necessidade do serviço”.

g1

2 respostas

  1. Em todo esse caso do arsenal, somente dois rostos estão sendo divulgados de forma exacerbada: o desse ex comandante e o do cabo “suspeito de transportar o armamento”.

    Cadê os outros? Por que somente estão expondo esses dois?

    Como dizem por aí: “alguma coisa errada não está certa”.

    P.S.: De certa forma me faz lembrar o “sumiço” do Cid-pai. Será que esconderam o antigo integrante do Alto Comando de forma proposital? Será? Por que?

  2. Certa vez, no inicio dos anos 2000, na OM onde servia, houve um roubo de um FAL 762, bandidos se utilizaram de uma bela loira para subtrair o fuzil das mãos do sentilena da guarda. Não houve reação, a guarda toda foi presa por 30dias, Do Of de dia ao mais moderno plantão. Meses depois a PM encontrou o fuzil

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