Investigadores tiveram acesso a novos vídeos de oferta de armas para traficantes da maior facção de drogas do estado e agora procuram também um fuzil FAL que não estava entre as buscas anteriormente. Quem oferta as armas diz que as imagens são gravadas em 8 de setembro.
Leslie Leitão, Marco Antônio Martins, g1 Rio
A Polícia Civil investiga a informação de que ainda há no estado duas metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri (SP), em poder da maior facção criminosa de tráfico de drogas do Rio de Janeiro.
No total, 21 armas foram furtadas: 11 metralhadoras de calibre ponto 50 e 6 MAGs, calibre 7,62 foram encontradas. As armas são capazes de derrubar aeronaves.
Chamou a atenção dos investigadores que entre as armas ofertadas há um fuzil FAL, de calibre 7,62. É a primeira vez que o Exército trabalha com a hipótese de desvio de um fuzil. Anteriormente, só se falava, entre os investigadores, no furto de metralhadoras (as MAGs e as ponto 50).
O Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, informou que houve o furto apenas de metralhadoras do Arsenal de Guerra.
Na quarta-feira (18) policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) auxiliaram o Exército a localizar oito armas na Zona Oeste da cidade. A polícia descobriu que as armas tinham sido oferecidas por até R$ 180 mil cada ao Comando Vermelho.
O material estava na mala de um Nissan Kicks que desviou sua rota e foi estacionado na praça do Gardênia. Ninguém foi preso. Mas os agentes investigam se a compra havia sido feita por um traficante conhecido como Dedé, da Cidade de Deus.
A troca de informações entre a Polícia Civil do Rio e a Inteligência do Exército havia começado 72 horas antes, quando os agentes da DRE tiveram acesso a um vídeo em que quatro metralhadoras MAG tinham sido oferecidas (por até R$ 180 mil cada) ao Comando Vermelho.
Um novo vídeo, obtido pelos investigadores, ao qual o g1 também teve acesso com exclusividade, mostra mais armas furtadas no arsenal sendo oferecido aos traficantes do CV. Na gravação, o homem questiona outro, identificado apenas como Capixaba, a data. Logo vem a resposta: 8 de setembro. O g1 apurou que as armas foram furtadas em 7 de setembro.
Por duas vezes, o interlocutor se pergunta como irá embalar o armamento considerado como “de guerra”.
Nas imagens aparecem metralhadoras ponto 50 e um fuzil FAL, calibre 7,62. Dados de inteligência indicam que as duas metralhadoras estariam no Complexo da Penha, na Zona Norte da cidade, e o fuzil, na Rocinha, na Zona Sul.
Nesta quinta-feira (26), quatro equipes da Polícia do Exército estiveram na Cidade da Polícia, sede das delegacias especializadas da Polícia Civil do RJ, na Zona Norte do município, para tratar do assunto.
As polícias de Rio e de São Paulo recuperaram, ao todo, 17 das 21 metralhadoras furtadas. Restam com criminosos, portanto, quatro armas.
Uma resposta
Restam apenas 4 armas. A grande mídia podre costuma afirmar que há 60 mil traficantes armados só no RJ, nas faixas de Gaza do RJ onde o Street View não entra. Na verdade, onde o Street View não entra é geralmente onde há conflitos de guerra civil, como em centenas de lugares pelo planeta, especialmente, no momento, na faixa de Gaza. Acessem o Maps para se certificarem.
Até quando serão condescendentes com toda essa anarquia em detrimento do povo trabalhador que sustenta todo aparato de serviços públicos e do aparelhamento do Estado por crimes contra o Estado de Direito? Não seria o momento agora de ir buscar essas armas nas mãos do crime? Não seria a hora de vasculhar as florestas em busca de poços, bunkers e depósitos de armas e munições?