PT espera que as novas regras entrem em vigor para as eleições municipais do ano que vem
Wesley Oliveira
Brasília – Com a volta dos trabalhos do Congresso Nacional, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalham com a expectativa de aprovar ainda neste ano uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limite a entrada de militares e policiais federais na carreira política. Integrantes do PT esperam que as novas regras entrem em vigor para as eleições municipais do ano que vem.
A ideia dos petistas é obrigar militares e policiais a abrirem mão de suas carreiras para disputar as eleições. Hoje, militares e policiais podem participar dos pleitos, mas eles têm que abrir mão de seus cargos apenas no caso de serem eleitos. A nova regra poderá tornar a empreitada muito mais arriscada e pode reduzir drasticamente as candidaturas de militares e policiais que vêm fazendo sucesso desde 2018. O objetivo principal do PT é que legendas de direita não tenham um bom desempenho nas próximas eleições.
A principal articulação ocorre dentro do Ministério da Defesa para costurar um acordo que viabilize a aprovação da PEC que obriga militares a se desligarem das Forças Armadas ou migrarem para a reserva caso pretendam disputar eleições ou assumir ministérios. Esse projeto já vinha sendo articulado pelo Planalto desde abril, mas os aliados de Lula aguardavam o momento oportuno para protocolar o texto.
Nessa estratégia, o Planalto pretende incorporar o seu texto ao projeto da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) que trata do mesmo assunto e que atualmente está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
De acordo com integrantes do governo, a ideia da proposta é “despolitizar” os quartéis do país depois da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas ela se baseia na ideia equivocada de que haveria atividades políticas dentro das organizações militares. Isso não só é proibido, como é punido com severidade por todas as Forças Armadas.
“É patente o objetivo do constituinte de afastar os militares de atividades político-partidárias se estão na ativa. Aprimora-se, dessa forma, o modelo constitucional de isenção e apartidarismo das Forças Armadas, bem como a natureza civil da ocupação política do Estado mediante eleições livres, universais e periódicas”, defendeu Perpétua Almeida.
Militares que realizaram atividades políticas nos últimos anos já estavam desligados de duas forças, salvo exceções como o general Eduardo Pazuello. O que realmente incomoda os petistas é que prevalecem na caserna valores como disciplina, hierarquia, patriotismo, fé na missão, espírito de corpo e preservação da estrutura da família.
Em linhas gerais, a PEC pretende proibir que militares que concorram a qualquer cargo eletivo, no caso de derrota, retornem à função. O mesmo deve ocorrer com aqueles que assumirem postos em ministérios do governo federal. O argumento é que, na volta à caserna, os militares mantêm o proselitismo político nos quartéis.
Ao menos 56 militares das Forças Armadas se candidataram na eleição do ano passado. Do total, pelo menos 30 voltaram às atividades após a disputa eleitoral. “O militar tem carreira, serve ao Estado brasileiro. Você sai para a política, tem insucesso [na eleição] e volta: você não é mais nem militar e fica sonhando com uma nova eleição”, defendeu o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho.
10 respostas
Essa medida irá extirpar as baixas patentes da política deixando os praças totalmente na mão dos generais!!!
Lula demonstra mais uma vez que tem antipatia pelos praças!
O Lula Mandela mais uma vez tentando separar as pessoas, separar a sociedade. Essa técnica de segregação é típica dos movimentos de esquerda que objetiva minar a organização social e política, causar o caos e chamar o “Estado forte e aparelhado” para conter a bagunça promovida por suas próprias ações.
Essa PEC, se for aprovada servirá somente para apartar os militares e os relegar constitucionalmente a cidadãos de segunda categoria.
Esse tipo de atitude é semelhante ao que o Lula fez com as escolas cívico-militares: extirpá-las para manter educação no curso sonhado pelos canhotos (sem rumo).
Se existem escolas adventistas, católicas, militares etc, não vejo problema em se ter mais opções de escolha. Mas na ditadura lulista não existe escolha. Será o que eles escolheram e é isso!
Deveriam obrigar também os servidores públicos em geral a abrirem mão de seus cargos para concorrerem numa eleição, em respeito ao princípio da isonomia.
Deveria obrigar também os políticos eleitos do legislativo, que se licenciam de seus cargos para compor o executivo a serem obrigados a deixar seus cargos…
Pode ser que isso enfraqueça a esquerda no Brasil…mas aí isso não vai acontecer…
Eleitores são elegíveis e teria que ser impedido o voto para não poder ser eleito ou caso se queira votar deveria deixar o serviço ativo. Ainda tem as demais categorias do serviço público que não se explica por que estão de fora desta preocupação. Todos sabemos que os grandes responsáveis por este estado de coisas são so chefes militares que mais uma vez ficarão de fora e isso se deve a incapacidade do governo de enfrentar o problema e cortar o mal pela raiz.
Não vejo problema, desde que professores, promotores, médicos, também o façam.
Prova de que o ex-presidiário não tem e nunca terá as FFAA nas mãos, como os seus amigos ditadores têm.
E assim espero que continue, mesmo com os atuais oficiais generais.
A base das FFAA é a última barreira para a venezuelização.
Agora chora e faz o L, bando de jum….
Faz arminha agora faz…
Ou seja, a “esquerda democrática” que “defende” o debate democrático de ideias não quer vencer nas eleições executando um bom programa de governo, por exemplo, mas dificultando a participação da oposição nas eleições.
Típico pensamento de Estados Totalitários que mantém apenas um partido político no Poder.
Linda democracia da esquerda caviar larino-americana.
Se der aposentadoria proporcional, estou lançando minha candidatura a vereador amanhã…
E o plano para o totalitarismo institucionalizado continua… e vindo do PCdoB, alguém ainda tem dúvida que eles não gostam de militares, a não ser para serem seus esbirros?